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O Náutico sofre com os desmandos administrativos da atual gestão. Temporada 2017 está comprometida. Foto: Reprodução/Internet |
Até que ponto uma má gestão pode afetar os destinos de um clube?
No caso específico do Náutico, estamos numa situação muito delicada. E ainda não acabou sequer o mês de março.
Eliminados precocemente da Copa do Brasil e Copa do Nordeste - as duas principais competições do primeiro trimestre da temporada, em termos de arrecadação -, o Náutico está seriamente ameaçado de permanecer na “fila” do Pernambucano.
Isso porque a notícia de que os jogadores estão com os salários atrasados há dois meses veio à baila, e agora a direção de futebol não tem mais como esconder a realidade.
Aliás, o atraso salarial também atinge, de forma até mais violenta, os funcionários do Clube. Não é à toa que atletas e funcionários já cogitaram até entrar em greve.
Os fracassos acumulados até aqui não podem ser jogados exclusivamente nas costas dos atletas. O jogador entra em campo e faz a parte dele. Ou não. O treinador, menos ainda.
Mas a falta de planejamento e a contratação do técnico Dado Cavalcanti se configuraram numa grande perda de tempo e dinheiro para o Clube.
Quando disseram ao final de novembro de 2016 que o Náutico havia fechado “no azul”, esqueceram de esperar pelo mês de dezembro, 13º salário e férias. Os direitos de imagem não foram pagos, desde outubro. Até aqui, só quitaram janeiro, em relação ao salário de carteira.
Além do mais, a atual temporada traria dificuldades financeiras já alertadas à direção executiva do Clube. A falta de dinheiro era esperada, visto o derrame que houve em 2016.
Onde estava a cabeça dos dirigentes, que continuaram agindo como se tudo realmente estivesse "no azul"? Acreditaram na própria mentira?
Retrocedemos, mais uma vez, em termos administrativos. O Náutico vinha num rumo de equilíbrio. Porém, a interrupção do processo pode custar muitas conquistas significativas.
Até quando o Náutico viverá, ou sobreviver, a essas aventuras irresponsáveis?