Hora da virada

Depois de estrear com derrota em casa, Náutico encara Sergipe de olho nos primeiros 3 pontos na Copa do Nordeste

É vencer ou vencer para o Náutico nesta terça, fora de casa, pela Copa do Nordeste 2019. Foto: José Gomes Neto/CTN

O Náutico ainda “não estreou” nesta temporada. Depois de dois jogos e duas derrotas em cada competição oficial em 2019, chegou a hora do Timbu começar a virar essa situação.

Na sua segunda partida pelo grupo B da Copa do Nordeste, o campeão pernambucano estará em ação em Aracaju, onde vai enfrentar o Sergipe, às 21h30 desta terça-feira (22), no Estádio Batistão.

Último colocado do seu grupo, o Alvirrubro de Conselheiro Rosa e Silva necessita dos três pontos a todo custo. Primeiro para conquistar a reabilitação e entrar firme na disputa por uma das quatro vagas à fase seguinte.

Depois, em caso de nova derrota, a situação em termos de classificação à próxima fase da competição regional começa a se transformar em pesadelo. Da mesma forma, a permanência do treinador timbu à frente da equipe.

O trabalho do técnico Márcio Goiano já começa a ser questionado pelos torcedores, que não estão nem um pouco satisfeitos com o pífio desempenho do Náutico até aqui. Por sinal, já há quem defenda a degola do treinador timbu devido aos erros cometidos em dois jogos oficiais: Fortaleza (Copa do Nordeste) e Central (Pernambucano).

Mesmo com a defesa dos dirigentes alvirrubros quanto à sua permanência no cargo, externada por intermédio de matérias em vários veículos de comunicação do Recife, existe uma preocupação procedente por parte da torcida.

Jogadores como o zagueiro Camutanga e o goleiro Luiz Carlos são os destaques negativos, de acordo com as críticas mais contundentes oriundas das redes sociais de torcida do Náutico.

Da minha parte, entendo as limitações e, principalmente, as ausências no time, nessas duas partidas oficiais. Mas a temporada segue e não perdoa os equívocos cometidos pela coletividade, ou seja, comissão técnica e diretoria executiva do Clube.

O crédito de confiança pelo bom trabalho desempenhado até aqui pelos dirigentes do Clube, está a cada mais ameaçado pelo péssimo desempenho do time em campo. Pelo menos no que diz respeito aos resultados das competições.

E, no futebol, a experiência mostra que o desempenho da equipe possa até ser questionável, contanto que atinja os objetivos. Em especial os resultados favoráveis. O que de fato dá a devida tranquilidade a todos para dar sequência ao trabalho nos Aflitos.  

Vamos vencer, NÁUTICO!

Festival de incompetência e terror nos Aflitos

A noite do retorno oficial aos Aflitos foi marcada pelo despreparo dentro e principalmente fora de campo

O que era para ser uma noite de festa da torcida alvirrubra pelo retorno oficial ao Estádio dos Aflitos acabou sendo um festival macabro de incompetência e terror por parte do Náutico e da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), na noite desta terça (15), pela Copa do Nordeste. Muitas falhas primárias e despreparo marcaram a primeira partida oficial do Timbu na temporada.

Destaque negativo para a conduta amadora da PMPE, que "trouxe" a torcida adversária para frente da Sede do NÁUTICO, onde ocorreu uma briga inacreditável e generalizada. Isso tirou muita gente do estádio, que resolveu ir embora ou nem chegar mais ao local da partida. Apesar do público total de quase 10.700 torcedores.

Testemunhei a tudo com angústia e um certo desespero, da Rua Barão de Contendas, uma transversal da Avenida Conselheiro Rosa e Silva, e que fica exatamente em frente à Sede timbu. Estava a conversar com amigos e conhecidos sobre a expectativa da partida, por volta das 19h30.

Os torcedores que estavam nas imediações corriam sem rumo para tentar se proteger do caos generalizado que assombrou e entrada da Sede do Náutico. Pânico e muitos prejuízos materiais, como vidros de carros quebrados e parte da vidraça da loja oficial do Clube, por exemplo, foram o resultado de todo um quadro desfavorável, que era para ter como protagonista uma noite de festa com a família alvirrubra.

Como consequência nefasta, o lamentável episódio desmobilizou a "Avenida Alvirrubra" na Avenida Conselheiro Rosa e Silva. 

Depois, já dentro do Estádio Eládio de Barros Carvalho, no segundo tempo de jogo, a PMPE ainda reprimiu a torcida do Náutico, e quase gerou um problema muito maior de segurança com a ameaça à integridade dos presentes. Patéticos. Como resposta, ouviu um coro de: “despreparados!!!, despreparados!!!”

O pior de tudo é que havia todo um cenário previsto e articulado desde a semana passada. Todo mundo sabia sobre. Menos quem tinha que se antecipar e fazer o seu trabalho, ou seja, a PMPE.

FUTEBOL (?) DO NÁUTICO

Em relação ao jogo em si, que terminou ofuscado devido aos acontecimentos fora das quatro linhas,  o futebol aguerrido, porém limitado, apresentado pelo Náutico é um capítulo à parte.

Creio que o ônus da derrota vá diretamente para a conta do volante  Josa, uma vez que o jogador conseguiu ser expulso por reclamação (apesar da notória cera do goleiro adversário). Isso pesou definitivamente contra o Timbu. Lamentável…

O treinador Márcio Goiano terá muito trabalho a fazer para colocar o time nos eixos da competitividade. Os atletas ausentes fizeram falta. Ao final, a torcida ficou dividida entre aplausos e vaias ao time.