Não ter vencido nos Aflitos gerou cobranças pesadas por parte da torcida timbu
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NA BRONCA Torcida alvirrubra não gostou nada dos jogos do Náutico sem vitória nos Aflitos. Foto: José Gomes Neto/CTN |
Vencer é bom e eu gosto. A temporada 2020 promete. Não apenas pela expectativa gerada por parte da torcida, após o acesso à Série B e o inédito título brasileiro conquistado pelo Náutico. Mas principalmente porque o time estreou em duas competições nos Aflitos, na mesma semana, e ficou em dois frustrantes empates.
Em especial na partida pela Copa do Nordeste. Depois de mais uma vez apresentar (?) um sofrível futebol, o Náutico deixou escapar preciosos dois pontos ao desperdiçar uma cobrança de pênalti no final do jogo ante o River-PI.
A pressão imposta pela torcida alvirrubra à diretoria, treinador e equipe é compreensível e pertinente. Afinal de contas, na hora de convocar os “titulares das arquibancadas” para se associar ao Clube e comparecer aos jogos, o pessoal acima citado fez muito bem os seus papéis.
Agora, chegou a vez do retorno. Se proporcional ou não é outra questão. A diretoria executiva vem fazendo a sua parte e trazendo reforços de peso, dentro do possível, como o do atacante Kieza, que re-estreou sem deixar a sua marca, para frustração geral da Nação Timbu.
Vale ressaltar que existem atletas no elenco que significativa parte da torcida digeri a pulso, como o zagueiro Fernando Lombardi e o volante Josa, por exemplo. Aliás, nem vou aqui afirmar que parte da grande maioria, apesar das vaias contundentes e notórias ao defensor.
Com duas estreias em casa, o Náutico ainda não venceu em nenhuma competição nesta temporada. Foto: José Gomes Neto/CTN |
O treinador Gilmar Dal Pozzo teve seus méritos quanto ao acesso e o próprio título nacional, em 2019. Mas a dinâmica do futebol não permite uma contemplação de sala de troféus. Os 180 minutos oficiais do Náutico em 2020 que o digam.
Alguns atletas precisam entender que cada jogo tem uma história própria. Falhar, errar e principalmente acertar são situações pertinentes ao jogo. E errar é humano, mas persistir é burrice. A repetição é necessária no futebol. Mas a que busca os acertos.
Em duas partidas oficiais, o ataque do Náutico fez apenas dois gols, sendo um deles, contra. Foto: José Gomes Neto/CTN |
Se quando há um mérito ele é de todos, então que nos equívocos, estes também sejam devidamente creditados. As falhas do atacante Salatiel não o descredenciam a fazer parte do grupo. Mas deixa o alerta ligado de que é preciso trabalhar mais em busca de corrigi-las.
Por conta dos resultados e rendimento da equipe, o técnico Gilmar Dal Pozzo começa a ser questionado pela torcida. Foto: José Gomes Neto/CTN |
Da mesma forma o seu comandante direto. Questionado por parte significativa da torcida em redes sociais, e nas dependências dos Aflitos também, é preciso Gilmar Dal Pozzo refletir sobre os seus erros nas escalações e definições táticas dos jogadores.
Quanto à diretoria, “exagero” é não enxergar que a tabela das competições oficiais não espera por ninguém. Oportunidades desperdiçadas como a da Copa do Nordeste pode sim custar uma classificação à próxima fase da competição regional.
Ainda há tempo de recuperação. Mas também há tempo de cada um dos envolvidos refletir e trabalhar para corrigir os erros que limitaram a pontuação da equipe e a paciência da torcida.
Tenho dito.
Saudações alvirrubras!