terça-feira, 25 de agosto de 2020

Há dois anos, o Náutico voltava a fazer um treino aberto nos Aflitos

 

O episódio marcava o reencontro da torcida timbu com um antigo querido: o Estádio Eládio de Barros Carvalho



Era uma manhã de sábado ensolarada naquele 25 de agosto de 2018. O ambiente nos arredores do Estádio dos Aflitos respirava a presença da torcida do Náutico, agora de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído.


O vermelho e branco davam o tom do evento e eram vistos de maneira marcante no entorno do antigo e querido Estádio Eládio de Barros Carvalho. 




A fiel e apaixonada torcida alvirrubra vivia a expectativa da reabertura oficial dos Aflitos, que aconteceria menos de quatro meses depois, numa programação que durou um dia inteiro. Apresentações musicais na Sede e entorno do estádio; uma preliminar com o jogo de despedida do ex-atacante Kuki e culminando com um amistoso internacional.


Naquela “prévia”, o clima de euforia tomou conta de corações e mentes  de cada alvirrubro e alvirrubra presentes ao treino aberto. Afinal, desde junho de 2013 que o Náutico não reunia a Nação Timbu nos Aflitos, pois havia transferido seus jogos oficiais para São Lourenço da Mata, onde jogou até agosto de 2018. 

 

 

 

 


É bem verdade que houve uma exceção, em maio de 2014, quando o Timbu teve que realizar uma partida oficial pelo Campeonato Brasileiro da Série B daquela temporada, pois a Arena estava à disposição da Fifa para a Copa do Mundo.


Vale lembrar que seriam duas partidas, caso o Vasco não tivesse corrido da raia para não encarar o Caldeirão Alvirrubro. A diretoria do time vascaíno interferiu junto a CBF para só jogar com o Náutico depois da Copa do Mundo, já no campo neutro da Arena de Pernambuco. Mas isso é outra história.

 

 

 

De volta ao treino aberto nos Aflitos, a diretoria do Náutico decidiu por cobrar ingresso simbólico para assim poder controlar o acesso do público ao estádio. Um quilo de alimento não perecível garantia a presença. Era uma forma de colaborar com a base do Clube, pois esse fora o destino daquela ação.


Por volta das 9h, a movimentação na Sede já era intensa. Como se fosse um dia de jogo oficial do Timbu mesmo. Os gritos de N-Á-U-T-I-C-O eram ecoados e ouvidos de forma intensa. Camisas, bandeiras, faixas, instrumentos musicais, reencontro com amigos, parentes, colegas ou conhecidos da torcida… Novamente, a Sede voltava a ter aquela vida pulsante.

 

 


A entrada do público ocorreu pelo portão que fica ao lado da quadra poliesportiva, por dentro da Sede. A concentração massiva do público dava o tom de ansiedade e satisfação por estarmos de volta ao velho e querido Estádio dos Aflitos.


Durante o treino, muita festa e euforia dos presentes, num simples jogo treino, chamavam a atenção dos jogadores que estiveram naquela movimentação. E que não haviam vivido o clima do Caldeirão Alvirrubro fervendo em vermelho e branco. Mas eles tiveram um ideia de como é.


Enfim, aquele foi mais um dia marcante para ficar registrado na memória afetiva da Nação Timbu.


Saudações alvirrubras! 

 

 GALERIA CTN

 

Confira mais fotos daquele memorável 25 de agosto de 2018:

 

Fotos de José Gomes Neto/CTN















segunda-feira, 3 de agosto de 2020

O dia em que o Náutico foi recebido pelo Presidente da República

Timbu foi jogar em Brasília em busca da liderança da Série B, mas antes teve uma agenda no Palácio do Planalto
O dia em que a delegação do Náutico foi recebida no Palácio do Planalto pelo Presidente da República. Foto: Acervo pessoal/CTN

Poderia ser apenas mais uma rodada do Campeonato Brasileiro da Série B 2004, mas essa entrou para a história do Náutico de forma inusitada. Isso porque a delegação alvirrubra foi recepcionada no Palácio do Planalto, em Brasília, pelo então Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), há exatos 16 anos.


Naquela manhã de 3 de agosto, o chefe de estado brasileiro Lula (torcedor declarado do Timbu), fez questão de recepcionar o seu time do coração em Pernambuco antes do importante confronto do Náutico contra o então líder da Série B, o Brasiliense.


Campeão pernambucano de 2004, o Náutico aproveitou a agenda oficial com o presidente Lula para lhe entregar a sua faixa.


Quem esteve presente naquele histórico evento foi o ex-jogador e ídolo Silvio Luiz Borba. Atualmente preparador de atacantes do clube, Kuki lembra com muito orgulho o fato de poder conhecer o Palácio do Planalto, por intermédio do futebol.


“Lembro que fiquei vislumbrando os quadros que contam a História do Brasil e a galeria dos Presidentes da República. Aquele episódio foi muito importante para todos nós. Nunca imaginei que pudesse estar ali, através do futebol, do Náutico. Depois, nunca imaginava estar frente a frente com um chefe de estado. Aquele experiência foi única”, relatou Kuki, em depoimento por celular ao Blog Central Timbu de Notícias.  

O ex-diretor de futebol Rubens Barbosa, ao lado direito do ex-presidente Lula, e o lateral Marquinhos (autor do gol do Náutico no jogo). Foto: Reprodução/acervo pessoal/Rubens Barbosa


O diretor de futebol da época, Rubens Barbosa, também relembrou daquela experiência como única. “Nós fomos jogar contra o Brasiliense, mas antes, pela manhã, tivemos uma visita no Palácio do Planalto. Houve todo aquele protocolo e tal. Porém fomos recebidos diretamente na sala do presidente Lula. Havia um fotógrafo oficial que registrou nossa visita Todos fomos muito bem recebidos e gostamos muito daquela visita”.

Ele lembra ainda que quem quem articulou a visita foi o então Ministro da Saúde, o atual senador Humberto Costa, que é torcedor do Náutico, junto ao presidente executivo do Clube, Ricardo Valois.

E, convenhamos, não é todo dia que um clube de futebol tem uma agenda oficial no Palácio do Planalto, antes de um jogo importante, né?





O INUSITADO PRESENTE


Eu estava de férias na capital federal, mas antes de viajar, não descuidei de observar a tabela para poder acompanhar o Náutico fora do estado. A partida aconteceu na cidade satélite de Taguatinga, no famoso Estádio Boca do Jacaré.


A alcunha do lugar é referente ao mascote do time candango, o Brasiliense, que completou 20 anos de fundação neste sábado (1º). 


Para ir ao jogo, havia combinado com a amiga também jornalista e alvirrubra Flávia Filipini (que mora em Brasília) para irmos apoiar o Náutico. De pronto, ela topou a ideia e ainda convidou uma amiga pernambucana e alvirrubra (não me recordo o nome dela), também radicada na capital federal.


Naquela tarde, fui à Esplanada dos Ministérios para encontrar com Flávia na redação do Ministério da Saúde, onde ela trabalhava. Sairíamos de lá ao final do expediente. 


Antes, no caminho, e por estar trajando a bandeira oficial do Náutico como uma capa, tive a sorte de ser abordado por um fotógrafo que trafegava de moto e me perguntou se eu queria uma foto de recordação daquele histórico encontro. 


De pronto, respondi que sim. Ele sacou a foto do envelope, havia outras, e me presenteou. Agradeci a gentileza e guardei a fotografia até hoje. 


O JOGO 

RELÍQUIA Canhoto do ingresso que guardo até hoje como recordação daquele dia histórico ao Timbu. Foto: Reprodução



Em Taguatinga, nos reunimos à torcida do Náutico que foi ao jogo pela liderança da Série B 2004. O Timbu tinha 44 pontos, enquanto o Jacaré, 45. Havia muita empolgação por rever antigos colegas de trabalho da Folha de Pernambuco e até mesmo alguns políticos torcedores alvirrubros.


A bola começou a rolar às 20h30 daquela terça-feira. E o jogo prometia. Duas equipes que faziam as melhores campanhas da competição e lutavam pela ponta da tabela. A fórmula de disputa era diferente da atual (pontos corridos).


Classificavam os oito melhores times da 1º fase, e depois havia o sistema de dois quadrangulares semifinais. Na sequência, um quadrangular final.


O time da casa abriu o placar. Porém, nem o Náutico e muito menos a torcida presente desanimou. Até que o Timbu conseguiu o empate, por intermédio do lateral-esquerdo Marquinhos, cobrando falta.


Ao final, o placar igual manteve as posições e seguimos para a resenha no Beirute para resenhar e falar sobre a jornada histórica envolvendo o nosso Náutico.


CONFRARIA TIMBU COROADO

Eu a a amiga alvirrubra Flávia Filipini, no Bica do Jacaré, presentes na torcida pelo Náutico. Foto: Acervo pessoal/CTN



Com o intuito de acompanhar os jogos do Náutico em Brasília - e em outras localidades do Centro-Oeste -, alvirrubros que moram no Distrito Federal fundaram a Confraria Timbu Coroado. 


Por coincidência, a data de fundação foi justamente naquele partida entre Brasiliense x Náutico, no Estádio Boca do Jacaré. 


Parabéns, confrades!


Saudações alvirrubras!