quinta-feira, 15 de junho de 2017

O Náutico de todas as apostas

Novo treinador alvirrubro irá acompanhar o Náutico em Varginha-MG, mas só assume equipe na 9ª rodada da Série B. Foto: Jornal Pioneiro/RS
Trocar de ares sempre faz bem a qualquer um. Assim sendo, após mais um revés - a quinta derrota em sete jogos na Série B 2017-, a diretoria de futebol do Náutico resolveu ouvir o clamor das arquibancadas: substituir o treinador.

Mas isso não é problema para quem não faz planejamento, não tem visão de longo prazo, dinheiro e nem compromisso para com o Náutico. De técnico em técnico (Waldemar Lemos foi o sexto, em 18 meses da gestão Marcos Freitas/Ivan Brondi), o time (?) vai se afundando para o desfecho trágico que vem sendo essa gestão: a Série C.

A temporada de 2016 começa com a contratação de Gilmar Dal Pozzo. Para quem não sabe, ou lembra, o seu contrato foi encerrado em dezembro de 2015. Depois, Dal Pozzo fora sucedido por Alexandre Gallo, que fora substituído por Givanildo Oliveira (assumiu o time para as 15 rodadas finais da Série B 2016).

Contratado ainda em dezembro de 2016, Dado Cavalcanti iniciou a temporada 2017. Após fracassos, veio o seu substituto, Milton Cruz, que teve que dar lugar ao atual ex-treinador Waldemar Lemos.

Os erros cometidos na temporada passada só se repetem. Agora, com mais intensidade. O Náutico sequer se tem um time pronto para disputar uma Série B. Enquanto chega mais um treinador, outros jogadores vão indo embora, mais uma vez.

O novo treinador vem lá do Rio Grande do Sul, Beto Campos. Respaldo de uma boa passagem no Novo Hamburgo, onde foi campeão gaúcho de 2017. Porém, lá ele contribuiu para compor o grupo.

Mas, e aqui no Náutico, o que esperar dele? Será sua primeira passagem por um clube fora daquele estado sulista. Pedir ainda mais paciência à torcida? Aguardar o período de conhecimento do grupo e adaptação? A tabela não vai esperar pelo Náutico.

Faltam 31 jogos. É muito? Sim e não. Nos sete iniciais, foram 21 pontos disputados e apenas dois conquistados. Em dois empates em casa. Digo, em São Lourenço da Mata. Nenhuma vitória e nem futebol convincente.

Não bastassem as pífias participações do Náutico nas três competições anteriores: Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Pernambucano; agora existe esse fato novo. Dirigentes foram convidados a deixar suas funções e outros assumiram.

Mas a conduta previsível e sem resultados novos permanece.  Há quem fale em união, chegar junto para ajudar. Mas, como? De que forma?

É preciso haver um planejamento. Se ter critério nas contratações de jogadores. A base deve servir de suporte, e não de solução emergencial - sendo desprestigiada e banalizada.

Se é para apostar, que se abra um cassino. Futebol é jogo. Mas, o profissional, requer o mínimo de planejamento. Obedecendo o orçamento disponível. Com critério e responsabilidade. Além do comprometimento dos envolvidos, é claro. De todos!

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