terça-feira, 25 de julho de 2017

E a indenização?

AFLITOS  Náutico não precisa da caridade de quem lhe deve judicialmente o que é de direito. Foto: José Gomes Neto/CTN
A novidade da semana é o secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco anunciar que o governo do estado quer ajudar o Náutico a recuperar os Aflitos. Ah, quer mesmo?!? Que ótimo! É muito fácil: paga a indenização que governo e Arena devem ao Náutico pela quebra unilateral de contrato.


Esse dinheiro dá não só para reformar os Aflitos, mas também garante um belo fôlego (talvez até com bastante folga) financeiro para o Clube. E nem é favor nenhum: é obrigação, já que o Timbu tem direito a essa indenização.


Mas não. O exemplo de ajuda que Felipe Carreras teve a cara de pau de citar é designar um setor da Arena de Pernambuco para o torcedor ocupar, com destinação de verba exclusiva para a reforma do Estádio Eládio de Barros Carvalho.


Não riam. O secretário estadual sonha que a torcida alvirrubra leve a proposta a sério.


A torcida não leva a sério, Carreras. O torcedor entende que o senhor está, mais uma vez, fazendo uma pilhéria com o Náutico. Dispensamos sua esmola.


A gente exige é o que a gente tem direito a exigir: indenização prevista em contrato. Não sei de quantos milhões estamos falando, mas sei que é mais do que a torcida jamais irá juntar pagando ingresso para assistir aos jogos do Náutico em um dos setores da Arena.


Nesta terça-feira (25), o presidente da Comissão Paritária, Luiz Felipe Batista, deu entrevista à Rádio Jornal sobre o assunto. Foi um alívio ouvir que a Comissão também não gostou da piada de Carreras. Luiz Felipe descartou a “ajuda” de Carreras/estado e cobrou a indenização. Certíssimo!


Se tem alguém que o leva a sério, Carreras, parece que são os dirigentes do Náutico que postergam o quanto podem a ação de cobrança de indenização. Como está a ação, alguém sabe? A última notícia é de que havia sido pago R$ 100 mil para um escritório de advocacia tratar do assunto. Depois, silêncio total.


Pelo menos para uma coisa serviu a frustrada ação marqueteira de Carreras. O assunto voltou à tona. Tá mais do que na hora do Náutico responder aos sócios e torcedores: afinal, como está a ação judicial da indenização?


Hein? Alguém sabe responder? Alguém se aventura a explicar o silêncio sobre a questão? Alguém se arrisca a palpitar o que leva o Náutico a não brigar pra valer para conseguir um recurso milionário que lhe é devido, mesmo passando por um perrengue financeiro como o atual?

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Há 49 anos, Náutico conquistava o HEXA

Sequência de títulos permanece inédita e é motivo de orgulho para alvirrubros



Equipe do Náutico que venceu Sport por 1 a 0, nos Aflitos, com gol de Ramos, e levantou o Hexa. Foto: Reprodução
Recife, domingo, 21 de julho de 1968. Pelo sexto ano seguido, o Náutico entrava em campo para buscar a então inédita conquista do Hexacampeonato pernambucano. Já havia ostentado duas marcas históricas em 1966 e 1967: havia sido o primeiro clube a chegar ao Tetra e ao Penta.


Os títulos de 1964 e 1967 foram conquistados de forma invicta pelo Timbu.
O Memorial Alvirrubro fica na Sede e contém acervo que trata da história do futebol do Náutico. Foto: José Gomes Neto/CTN

Aflitos lotado, mais de 30 mil torcedores presentes (23.320 pagantes). Expectativa geral por parte das torcidas alvirrubra e rubro-negra. No tempo normal, placar inalterado. Como uma alusão ao desfecho, o jogo fora decidido na prorrogação. A tarde já caía quando o atacante Ramos fez a torcida timbu explodir em emoção no Eládio de Barros Carvalho. Final: Náutico 1x0 Sport.


O tão ostentado HEXA do Náutico faz parte não somente da história do Clube, mas do agora centenário futebol pernambucano. Lembrar desta conquista é ressaltar o vermelho de luta e o branco de paz nos gramados pernambucanos.


A Central Timbu de Notícias presta uma homenagem e agradece a cada jogador que escreveu esse capítulo inédito e exclusivo da história do Clube Náutico Capibaribe. Por consequência, do nosso futebol.


Saudações alvirrubras!



LEGADO ESQUECIDO

Falar do Hexa é falar do passado, da história do Náutico. De maneira equivocada, há uma corrente que incute que se deva “esquecer”. Mas a vida nos ensina que devemos, sempre, lembrarmos até dos revezes. Justamente para sabermos discernir os erros dos acertos.


Nos últimos 13 anos, o Náutico está na fila. Mas o problema no Clube vem paradoxalmente após aquela memorável conquista.


Até 1974, quando evitou que o Santa Cruz igualasse o feito - e quando surgiu o slogan “Hexa é Luxo”, na final ante o rival, nos Aflitos -, foram cinco anos sem conquistas.


Depois, mais dez anos até a seguinte, em 1984. Veio então o bicampeonato de 1985, e um novo hiato ocorreu, dessa vez até 1989.


Em 1988, o Náutico ficou perto de um título nacional da Série B (seria o primeiro), mas acabou em 2º lugar.


A partir de então, foram 11 anos sem títulos. Apesar de o Náutico ter ido às finais do estadual de 1991 a 1995.


Em 2001, a redenção em grande estilo: campeão do centenário de fundação (também é o único entre os grandes do Recife) e, mais uma vez, evitou-se que um rival igualasse a exclusiva conquista - o Sport nem foi à final.


Após um novo bicampeonato, em 2002, pausa do ano seguinte para novamente ostentar o primeiro lugar no Pernambucano, em 2004.


Porém, de lá pra cá, os fracassos são retumbantes. Os dirigentes esqueceram de olhar para a base do Clube, com o devido cuidado. A receita estava lá: organizar uma base sólida, com jogadores oriundos do estado e da região, mesclado com talentos experientes. Assim o Náutico conseguiu chegar ao Hexa.


Se considerarmos que desde 1999 o Náutico iniciou as obras de construção do Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, essa situação atual jamais seria cogitável. Imagine ocorrendo.


Vale lembrar que em 1998, a temporada acabou com o fracasso de uma queda para a Série C.


Que a lição dos equívocos administrativos e financeiros seja assimilada, e que a futura gestão não se permita a repeti-los, sob hipótese alguma.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Domingo de democracia e esperança no Náutico

Eleição dos futuros presidente e vice executivos para o biênio 2018-2019 movimentou Sede

Mesmo com chapa única (Resgate Alvirrubro), pleito ocorreu e legitimou futuros gestores do Náutico. Foto: José Gomes Neto/CTN
O domingo (16) será marcado na história do Náutico como um dia marcado pela democracia e esperança em dias melhores para a instituição.


A antecipação das eleições dos futuros executivos do Clube, de dezembro para julho, traz um alento aos associados e torcedores alvirrubros.


É que a equipe de transição já começa a trabalhar oficialmente nesta segunda (17), por intermédio dos profissionais Juliana Moreira, Fábio Lins, Luciano Leonídio e Ricardo Mello.


No entanto, o presidente eleito Edno Melo e o vice Diógenes Braga já estão integrados nos setores financeiro e no futebol, respectivamente, há duas semanas.


Com isso, a futura gestão terá tempo apto para conhecer o que está a ocorrer com o Clube. Serão mais de cinco meses para se inteirar na íntegra sobre como está, quais as dificuldades e necessidades, e, principalmente, quais as decisões que serão preciso para mudar a realidade do Náutico.


Apesar da discreta presença do associado para legitimar o pleito de chapa única, de oposição (Resgate Alvirrubro), a Sede teve um dia movimentado. Houve 366 votantes, dos quais 362 confirmaram a eleição. Dois votos foram anulados e outros dois foram deixados em branco.

Esta foi a quarta eleição direta para presidente e vice executivos, na história de 116 anos do Clube Náutico Capibaribe.

DIA DE NÁUTICO Sócios e torcedores foram à Sede para votar pela quarta vez na história do Clube. Foto: José Gomes Neto/CTN



Vale salientar que o atual presidente Ivan Brondi permanece no cargo até o final de dezembro.


DIA DE NÁUTICO


Os presentes aproveitaram o dia para rever amigos, visitar o Clube e principalmente conferir as obras de retorno aos Aflitos.


Após a divulgação do resultado da eleição, Edno Melo e Diógenes Braga fizeram questão de ressaltar que o torcedor timbu vai sim retornar ao convívio do Eládio de Barros Carvalho, no próximo ano.    
  
“Vamos voltar aos Aflitos, que é a nossa casa”, afirmou Edno Melo.

AFLITOS Gramado e estrutura do Eládio de Barros Carvalho em pleno processo de reforma. Foto: José Gomes Net/CTN



AFLITOS 2 Em ritmo lento, o centenário estádio vai sendo preparado para o seu retorno, previsto para 2018. Foto: José Gomes Neto/CTN







quinta-feira, 13 de julho de 2017

Náutico terá duas decisões neste final de semana

Família alvirrubra está convocada a participar das duas decisões do Náutico neste final de semana. Foto: Internet
Das duas decisões, uma já está garantida. Como a eleição para presidente e vice ao biênio 2018-2019 será de chapa única (Resgate Alvirrubro), bastará aos sócios comparecerem na Sede, neste domingo (16) e exercerem o seu direito ao voto.


Aliás, esta será a quarta eleição direta na história de 116 anos do Clube Náutico Capibaribe. Diante deste fato, se faz necessário aos sócios ratificarem a futura gestão da nossa centenária instituição.


Desde já, parabenizo aos futuros chefes do executivo timbu, Edno Melo e Diógenes Braga, e que tenham serenidade, discernimento e muita austeridade para reconduzir o Clube ao caminho do equilíbrio financeiro, bem como das conquistas em vários setores.


Vale destacar que a presença do máximo de alvirrubros e alvirrubras se faz necessário para soerguermos o Clube. Ninguém chega a lugar nenhum sozinho. E sei que unanimidade, além de utopia, é burrice - como diria Nelson Rodrigues.


Contudo, um assunto em especial me desperta o interesse, a volta aos Aflitos. É preciso que a comunidade alvirrubra entenda o tamanho da necessidade do nosso retorno ao Eládio de Barros carvalho.


Primeiro, por se tratar de uma identidade, do nosso DNA. Depois, por ser, de fato e de verdade, a nossa casa, com a nossa cara e a nossa centenária história ali escrita (sim, os Aflitos completou 100 anos de existência em 2017).


Abraçar essa causa é abraçar o Náutico. Ter um mando de campo próprio, uma referência, faz muita falta ao Timbu. Está mais do que provado que o torcedor sente muita falta do nosso estádio. Em especial nos jogos noturnos, no meio da semana.


O projeto anda a passos lentos e precisa ser impulsionado para, enfim, ser alavancado com força máxima por todos nós: desde os poderes instituídos do Clube até o mais humilde torcedor timbu.


Toda contribuição será importante e bem-vinda. Sem restrições ou segregações econômico-financeiras.


SÉRIE B


Apoio do torcedor será fundamental para reação do time do Náutico. Foto: Nauticonet
Uma outra decisão se fará presente dentro das quatro linhas. Como já é sabido por todos, o futebol é feito em detalhes. E nada melhor do que vencer um clássico contra um tradicional rival para elevar o moral do grupo de jogadores e da própria torcida.


O Clássico das Emoções, no sábado (15), em São Lourenço da Mata, serve como um estímulo a mais para a tão esperada reviravolta do time na competição.


Com quatro pontos conquistados nas duas últimas rodadas (12ª e 13ª) da competição, o momento pede uma vitória para o Náutico seguir firme em busca da saída da zona de degola.


Portanto, o nosso apoio neste final de semana, mais do que nunca será de fundamental importância aos rumos do Clube, daqui por diante. Depende de nós. De todos nós.


À vitória, NÁUTICO!