Sequência de títulos permanece inédita e é motivo de orgulho para alvirrubros
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Equipe do Náutico que venceu Sport por 1 a 0, nos Aflitos, com gol de Ramos, e levantou o Hexa. Foto: Reprodução |
Recife, domingo, 21 de julho de 1968. Pelo sexto ano seguido, o Náutico entrava em campo para buscar a então inédita conquista do Hexacampeonato pernambucano. Já havia ostentado duas marcas históricas em 1966 e 1967: havia sido o primeiro clube a chegar ao Tetra e ao Penta.
Os títulos de 1964 e 1967 foram conquistados de forma invicta pelo Timbu.
O Memorial Alvirrubro fica na Sede e contém acervo que trata da história do futebol do Náutico. Foto: José Gomes Neto/CTN |
Aflitos lotado, mais de 30 mil torcedores presentes (23.320 pagantes). Expectativa geral por parte das torcidas alvirrubra e rubro-negra. No tempo normal, placar inalterado. Como uma alusão ao desfecho, o jogo fora decidido na prorrogação. A tarde já caía quando o atacante Ramos fez a torcida timbu explodir em emoção no Eládio de Barros Carvalho. Final: Náutico 1x0 Sport.
O tão ostentado HEXA do Náutico faz parte não somente da história do Clube, mas do agora centenário futebol pernambucano. Lembrar desta conquista é ressaltar o vermelho de luta e o branco de paz nos gramados pernambucanos.
A Central Timbu de Notícias presta uma homenagem e agradece a cada jogador que escreveu esse capítulo inédito e exclusivo da história do Clube Náutico Capibaribe. Por consequência, do nosso futebol.
Saudações alvirrubras!
LEGADO ESQUECIDO
Falar do Hexa é falar do passado, da história do Náutico. De maneira equivocada, há uma corrente que incute que se deva “esquecer”. Mas a vida nos ensina que devemos, sempre, lembrarmos até dos revezes. Justamente para sabermos discernir os erros dos acertos.
Nos últimos 13 anos, o Náutico está na fila. Mas o problema no Clube vem paradoxalmente após aquela memorável conquista.
Até 1974, quando evitou que o Santa Cruz igualasse o feito - e quando surgiu o slogan “Hexa é Luxo”, na final ante o rival, nos Aflitos -, foram cinco anos sem conquistas.
Depois, mais dez anos até a seguinte, em 1984. Veio então o bicampeonato de 1985, e um novo hiato ocorreu, dessa vez até 1989.
Em 1988, o Náutico ficou perto de um título nacional da Série B (seria o primeiro), mas acabou em 2º lugar.
A partir de então, foram 11 anos sem títulos. Apesar de o Náutico ter ido às finais do estadual de 1991 a 1995.
Em 2001, a redenção em grande estilo: campeão do centenário de fundação (também é o único entre os grandes do Recife) e, mais uma vez, evitou-se que um rival igualasse a exclusiva conquista - o Sport nem foi à final.
Após um novo bicampeonato, em 2002, pausa do ano seguinte para novamente ostentar o primeiro lugar no Pernambucano, em 2004.
Porém, de lá pra cá, os fracassos são retumbantes. Os dirigentes esqueceram de olhar para a base do Clube, com o devido cuidado. A receita estava lá: organizar uma base sólida, com jogadores oriundos do estado e da região, mesclado com talentos experientes. Assim o Náutico conseguiu chegar ao Hexa.
Se considerarmos que desde 1999 o Náutico iniciou as obras de construção do Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, essa situação atual jamais seria cogitável. Imagine ocorrendo.
Vale lembrar que em 1998, a temporada acabou com o fracasso de uma queda para a Série C.
Que a lição dos equívocos administrativos e financeiros seja assimilada, e que a futura gestão não se permita a repeti-los, sob hipótese alguma.
As más administrações se sucederam. Os grupos se dividiram. A desunião impera até hoje. Os grandes nomes alvirrubros envelheceram e se afastaram. Muitos morreram e não deixaram herdeiros. A tendência, hoje, é a falência de um ex-grande clube. É um caminho sem volta...
ResponderExcluirO problema é simples, o náutico afastou-se da torcida.Virou trampolim para enriquecimento ilícito de dirigente que, muitas vezes, nem eram alvirrubros.
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