terça-feira, 29 de agosto de 2017

Os caminhos que levaram à renúncia de Ivan Brondi

O fato é que a gestão Ivan Brondi cometeu falhas cruciais. Foto: José Araújo/Cortesia
O estopim, a nebulosa negociação do meia-atacante Erick para o futebol português.


Após 60 dias do então anunciado Pacto pela Paz Alvirrubra, o agora ex-presidente Ivan Brondi renunciou ao cargo, nesta terça-feira (29).


Junto com ele, toda a diretoria do Clube.


Após oito meses e dez dias como presidente executivo do Náutico (http://centraltimbudenoticias.blogspot.com.br/2016/12/muita-sorte-e-saude-presidente-ivan.html), ele deixa oficialmente o cargo.


Ao longo desse período, o Náutico literalmente definhou em termos administrativo-financeiros. O Clube degringolou e o futebol seguiu a sina de vexames sequenciados. As eliminações do Timbu no Pernambucano,  Copa do Brasil e Copa do Nordeste foram inaceitáveis. Eu diria até mesmo injustificáveis.


O abandono do patrimônio, como o Centro de Treinamento Wilson Campos, garagem de Remo, bem como a demora em aderir à reforma e retorno aos Aflitos também pesou negativamente para a gestão Ivan Brondi.


A rigor, há quem considere que o ex-jogador e ídolo alvirrubro não geria o Náutico de fato, apenas "ratificava decisões" importantes para a instituição.


Talvez por isso todos devam ter deixado os seus respectivos cargos agora. Vale lembrar que, após os retumbantes fracassos no futebol nesta temporada, a diretoria já havia sido desfeita, com a renúncia de outros membros, ainda no primeiro trimestre deste ano.


Em tempo: A gestão Marcos Freitas/Ivan Brondi que venceu a eleição no Clube, em dezembro de 2015, com 10 votos de diferença, se caracterizou por renúncias. O processo teve início com o presidente, que só teve quatro meses de cargo. Agora, foi a vez do vice, que assumiu o cargo após 15 meses na presidência. 

Na sequência, já no primeiro semestre de 2017, houve a renúncia do então candidato a vice. Depois, do candidato a presidente (chapa da situação), com menos de uma semana.


Para quem ainda não sabe ou esqueceu, vale a pena recapitular tudo desde o início desse processo.


Capítulo 1:

Náutico segue sem rumo nem planejamento



Capítulo 2:

No Náutico, a cor da mentira é azul



Capítulo 3:
  
De volta à estaca zero




Capítulo 4:

Náutico começa o ano “sangrando”





Capítulo 5:

A culpa é do mordomo?



Capítulo 6:

Quando a história não se repete

Ex-jogador e ídolo do Náutico, Ivan Brondi faz péssima gestão


http://centraltimbudenoticias.blogspot.com.br/2017/05/quando-historia-nao-se-repete.html



Capítulo 7:

Quem vai pagar a conta do desmantelo?






Capítulo 8:

Escudo às avessas retrata gestão



Capítulo 9:

O Náutico de todas as apostas


http://centraltimbudenoticias.blogspot.com.br/2017/06/o-nautico-de-todas-as-apostas.html


Capítulo 10:

A prioridade deveria ser o Náutico



Capítulo 11:

Pacto pelo Náutico: um gesto de bom senso



http://centraltimbudenoticias.blogspot.com.br/2017/06/pacto-pelo-nautico-um-gesto-de-bom-senso.html

Capítulo 12:

E a indenização?



Capítulo 13:

O sonho acabou?


terça-feira, 22 de agosto de 2017

O sonho acabou?

Após apresentarem suas razões, Edno Melo e Diógenes Braga podem deixar seus cargos, no final do mês. Foto: Clube Náutico Capibaribe
O que era para ser um pacto em prol do Náutico, se tornou em futuro problema administrativo-financeiro para o Clube. E o processo de união não durou sequer 60 dias.  


Os futuros presidente e vice executivos, Edno Melo e Diógenes Braga, respectivamente eleitos para o biênio 2018-2019, anunciaram em carta direcionada ao presidente executivo Ivan Brondi (e vazada à imprensa) que não devem fazer mais parte da atual gestão.


Eles admitiram que vão entregar seus cargos de transição, caso não haja resolução apontada aos problemas citados, como entreveros quanto a destinação de verbas e prioridade.


O conteúdo está devidamente relatado e, por não estarem satisfeitos com a condução do processo de transição na instituição, o presidente executivo Ivan Brondi terá até 29 de agosto para se posicionar. Do contrário, eles vão deixar seus cargos de vice-presidente financeiro e diretor de futebol, respectivamente.  


É preciso os alvirrubros entenderem que a transição se faz necessária para que os futuros dirigentes tomem conhecimento de como está hoje a instituição. E de como vão precisar agir, a partir de janeiro de 2018. Para isso houve a antecipação do processo eleitoral.


Para quem ainda não se deu conta, a antecipação da eleição no Clube ocorreu em 16 de julho. Com chapa única, a ideia era fomentar um equilíbrio administrativo-financeiro ao Náutico para evitar justamente o que está a acontecer.


Após um período de trégua e de olharem juntos para a mesma direção, ou seja, uma perspectiva de futuro e evolução, eis que surge uma negociação de jogador promessa no meio do caminho.


As pessoas que hoje ainda estão na gestão - sim, muitos já abandonaram o navio devido a fracassos sucessivos e retumbantes ao longo de pouco mais de 18 meses -, parecem não se importar com o Náutico.


O estranho comportamento de alguns fere diretamente aos interesses do Clube.


É preciso que o Conselho Deliberativo também reaja e tome partido pela instituição. Não é possível admitir que, mais uma vez, veremos o Náutico sair dilacerado de uma disputa de egos.


Ou seria uma disputa pelo dinheiro e poder no Clube?   


A comunidade alvirrubra tem o direito de saber o que de fato se passa no Náutico. Só se lembram do sócio e/ou torcedor na hora de pedirem algo.


Que tal uma satisfação do que realmente está a ocorrer?



Confira abaixo a carta, na íntegra:

Recife, 21 de agosto de 2017


Exmo. Sr. Presidente Executivo do Clube Náutico Capibaribe,
Dr. Ivan Brondi


No dia 29/8, terça-feira próxima, estaremos completando 60 dias desde que, firmado o Pacto pela Paz no Náutico, assumimos, a convite da atual gestão, os cargos de Vice-Presidente Administrativo Financeiro e de Diretor de Futebol do nosso clube. É do conhecimento de todos os envolvidos neste entendimento que estas missões específicas, a nós demandadas, não faziam parte da nossa pauta, visto que dedicávamo-nos ao Conselho Deliberativo e, em particular, à Comissão Paritária, responsável pela fundamental campanha da volta aos Aflitos. Já ali, inclusive, havíamos apresentado à comunidade alvirrubra um novo projeto de gestão, diferente do atual, intitulado Resgate Alvirrubro e traduzido em um Plano de Metas. Fomos eleitos no pleito do último dia 16/7, mas este trabalho terá início efetivamente apenas em janeiro de 2018. No momento, estaríamos nos dedicando às tarefas citadas e ao planejamento do próximo biênio (o que efetivamente vem sendo executado por um grupo de alvirrubros, sob nossa coordenação).


No entanto, falou mais alto – como sempre – o desejo de colaborar com o Náutico, de unir forças para enfrentamento imediato da grave crise que o clube atravessa. Daí o convite aceito, sendo este, a partir de então, o nosso compromisso no acordo pactuado: exercer estas funções. Mas, buscando exemplo no esporte que nos deu origem, quando só uma metade do barco rema, ou se todos não o fazem em absoluta sintonia, dificilmente a equipe completará a prova, muito menos como vencedora. No nosso caso, ainda mais crítico, estamos em meio à travessia de uma tempestade. Nosso barco é o próprio Clube Náutico Capibaribe. E somos comandantes, presentes ou futuros, é fato, mas dentro da embarcação estão milhares de torcedores e mais de cem anos de história e de amor.


O senhor, estimado presidente Ivan Brondi, é um ilustríssimo representante deste legado, que merece o respeito e a confiança de todos os alvirrubros. E quis o destino que tivesse nas mãos um desafio de tal magnitude. Fazer o Náutico alcançar mais uma conquista, mesmo que seja colocar-se no prumo novamente e apontar para o futuro, ou naufragar, desta vez com remotas perspectivas de retomada, diante da gravidade do quadro que vive, hoje. Por tudo isso, pelo amor ao Náutico e pelo senso de responsabilidade que nos move, certos de que, dadas as condições (já acordadas entre nós), poderíamos contribuir, resolvemos apresentar um último apelo diretamente ao comandante executivo, compartilhando o mesmo com o exmo. sr. Presidente do Conselho Deliberativo do clube, Dr. Gustavo Ventura, partícipe do já referido pacto.


Em aproximadamente 60 dias, período que vamos completar brevemente, é mais do que possível observar imprescindíveis correções de rumo a adotar, financeira e administrativamente. Há procedimentos inadiáveis a implementar, sob risco de se deixar a instituição caminhar irremediavelmente para o caos e a insolvência. Muitos dos problemas são antigos, outros mais recentes, todos impondo ao nosso centenário clube o descrédito, a desorganização, a quase inviabilização, o afunilamento de prazos e possibilidades de reversão e, gradualmente, de recolocação do náutico no lugar merecido, localmente e nacionalmente. Não é justo com os alvirrubros, nem é aceitável.


Reafirmamos: por princípios éticos e morais, só entendemos um caminho possível a seguir: o da lisura, da transparência, do respeito aos colaboradores e aos integrantes da equipe, o trabalho que sirva ao Náutico, pois ele não sobreviverá caso, por descuido ou má-fé, tentem se servir dele, como parece já ter sido feito no passado. De nossa parte, só poderemos ser suporte para a presidência executiva, que, temos plena convicção, desconhece e não seria conivente com práticas equivocadas, caso sejam assegurados - de fato e de direito - os requisitos para tal. A confiança recíproca, portanto, atestada nos documentos que permitam ao vice-presidente administrativo-financeiro desempenhar o seu papel. Porque estão definidas e claras as atribuições. Falta poder exercê-las.


Reconhecidas e assinadas pela presidência executiva, e associadas a algumas medidas administrativas pontuais, renovarão nosso pacto e a nossa disposição para cumpri-lo exemplarmente, como rege nossa conduta pessoal e profissional. Caso não seja possível esta contrapartida, desde sempre pactuada, cuja ausência nos impede de realizar o trabalho necessário, reduzindo a tarefa à de um observador do cotidiano, restará a nós a alternativa de aceitarmos a realidade, devolvendo ao executivo, ao final dos 60 dias, os cargos apenas formalmente assumidos, mas com pouca resolutividade, pelas razões apresentadas, reassumindo os papeis no Conselho Deliberativo, na Comissão Paritária e dedicando ainda mais tempo ao planejamento do biênio 2018/2019.


Fique certo, senhor presidente, que esta nossa frustração seria reunida à preocupação que temos externado com a situação do nosso clube, que inquieta conselheiros, sócios, torcida e desportistas em geral. Não seria justo com a vitoriosa trajetória de um herói alvirrubro este peso a carregar, e por isso tantos clamam por providências. Se não for possível executar, desde já e dentro da gestão, os movimentos urgentes pela salvação do Clube Náutico Capibaribe, estaremos prontos a seguir na mesma luta em todas as instâncias possíveis. E no executivo, a partir de janeiro. Pelo bem do Náutico, por respeito e compromisso com a nação alvirrubra, ávida por boas notícias, merecedora há muito de novas alegrias. E de tudo o pudermos fazer, nós que nos propusemos a assumir a honrosa missão de representar milhares de pessoas e fazer da história, futuro.


Respeitosamente,


Edno Melo


Diógenes Braga

 

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

O reforço que vem de fora de campo

O Náutico precisa da colaboração do máximo possível de alvirrubros para dar a volta por cima. Foto: José Gomes Neto/CTN
Se existe um “incentivo” fora de campo que estimule o jogador profissional é o seu pagamento em dia. Além de ser uma obrigação trabalhista é um requisito para poder haver cobranças devidas. Seja por parte da diretoria como também do torcedor.

Pois bem, para a estreia do técnico Roberto Fernandes, o Náutico vai contar com um reforço primordial: os atletas receberam nesta quinta-feira (3) o mês de junho. Além de 50% dos direitos de imagem, relativo ao mesmo período.

De acordo com informações apuradas pelo blog, a folha do futebol gira em torno dos R$ 350 mil.

Os demais funcionários do futebol também receberam os salários de junho. Com isso, no total, cerca de R$ 450 mil perfazem toda a folha de pagamento relativa ao futebol do Clube.

A partir desta realidade, os jogadores terão tranquilidade e foco apenas no adversário direto da 19ª rodada da Série B, a Luverdense. O time do Mato Grosso está na 17ª posição, com 20 pontos.

O Timbu precisa vencer e engendrar a tão propalada reação na competição. A vitória sobre o Vila Nova (então vice-líder do campeonato), no Serra Dourada, em Goiânia-GO, traz um relativo alívio. Mas a solução será conquistada jogo a jogo.

Depois, vencer a primeira em São Lourenço da Mata será outro desafio. Tanto para time como treinador. É que o sangue alvirrubro Roberto Fernandes fará dupla estreia nesta sexta-feira (4). A rigor, ele reestreará no Náutico (será a sua quarta passagem pelo Clube).

Sabedores desta relevante informação, os torcedores devem agora fazer a sua parte e chegar junto para apoiar o Náutico. É superar as adversidades de tempo, mobilidade ao local da partida e situação de tabela do time para incentivar o Timbu a somar mais três pontos na Série B.

Enfim, e de fato, juntos somos mais fortes!