quarta-feira, 8 de novembro de 2017

De volta à estaca zero: Náutico terá de renascer das cinzas deixadas como legado

Assim como a fênix, o Timbu terá que renascer das cinzas e voltar a ocupar o espaço perdido no futebol. Foto: Internet
São Lourenço da Mata, sábado, 26 de novembro de 2016. Esta data pode ser considerada como o início da infeliz jornada do Náutico até o fatídico desfecho, na noite desta terça-feira, 7 de novembro de 2017, também no mesmo endereço, quando praticamente caiu para a Série C do futebol brasileiro.

No ano passado, o Timbu ficou a uma vitória de subir para a Série A. Ao invés de serem feitos ajustes para se buscar objetivos como a conquista de um título, por exemplo, houve uma irresponsável administração. Especialmente no futebol.

Já nesta temporada de 2017, os fracassos foram acumulados, competição a competição, até se chegar ao fundo do poço. Mais uma vez, o Clube terá que ser reerguido, reconstruído pelos únicos que ficam neste momento: os sócios e torcedores.

Quem provocou a situação deve está a observar. De longe, como se nada tivesse acontecido. Talvez, satisfeito. Ou mesmo só a espreitar uma nova oportunidade para reaparecer e tentar acabar de vez com a instituição.

Sim, não é o momento de apontar culpados. Mas deixá-los impunes é sentenciar apenas o Náutico. Que os erros bizarros e gritantes sirvam de aprendizado de uma vez por todas, e não de aniquilamento do nosso amado Clube.

Desta vez, a terra arrasada é o legado deixado por uma gestão pífia, irresponsável e até certo ponto malévola ao Clube. Não ganharam nada, não tiveram consideração com o patrimônio do Náutico. Desvalorizaram o Centro de Treinamento; atletas da base; a Sede e quase se desfazem dos Aflitos.

Não fosse pela obstinação, determinação e coragem de bravos alvirrubros, empenhados em manter a ferro e fogo as obras de reforma para o retorno ao Estádio Eládio de Barros Carvalho, nem isso teríamos.

Os motivos de fracassos retumbantes são vários. Falta de planejamento e critério nas contratações de treinadores, jogadores e nos investimentos na instituição; antecipação de receitas e despesas a se perder de vista. 

Um aspecto destacável foi o nomadismo do Náutico, sem ter um mando de campo fixo para jogar. Isso também contribuiu, e muito, para esse desfecho estarrecedor.

Assim como na lenda do pássaro fênix, o Timbu terá que renascer das cinzas que o levaram à Terceira Divisão do futebol nacional, após 19 anos.

Aos jovens alvirrubros, fica aqui o registro de resignação e coragem de que é possível sim soerguermos, juntos, o Clube Náutico Capibaribe.

Comecemos pelo retorno ao Caldeirão Alvirrubro, previsto para abril de 2018. A casa de todos os torcedores do Náutico.

Nada é impossível!

“Sonho que se sonha junto é realidade” (Raul Seixas, cantor e compositor brasileiro)

Saudações alvirrubras!

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Náutico pretende embargar execução de ex-diretor de futebol do Clube

Onde não há transparência sobra especulação. Pior. Falta critério e cada um pode fazer o quiser. Como quiser. Quando quiser. A instituição é um detalhe e serve apenas para se tirar vantagens indevidas.


O episódio envolvendo um ex-diretor de futebol do Náutico, que, diga-se de passagem, fez uma gestão pífia e irresponsável, com a anuência do ex-presidente Ivan Brondi, explicita muita bem essa questão.   


Após causar um prejuízo sem precedentes ao Clube, junto com outros pares igualmente incompetentes e irresponsáveis, agora ele quer exigir na justiça uma indenização. Soa contraditoriamente irônico.


Porém, os planos do ex-diretor podem ir por água abaixo. De acordo com o presidente executivo do Náutico, Ivan Pinto da Rocha, existe uma citação de uma ação de execução por parte da empresa Multi Diagnóstico, que provavelmente pertence ao ex-diretor de futebol, Marcílio Sales.


Na defesa do embargo da execução, ainda segundo Ivan Pinto da Rocha, será alegado a ilegitimidade do Clube com base no estatuto do Clube Náutico Capibaribe. As tais provas seriam os cheques passados pelo ex-presidente.


“O Náutico vai pedir a exclusão do processo. O ex-presidente do executivo do Clube, Ivan Brondi, não tinha poderes para fazer nenhuma operação de crédito sem a prévia autorização do Conselho Deliberativo. É uma questão estatutária”, explica Ivan Pinto da Rocha.


O presidente do Náutico explicou ainda que se precisasse pegar empréstimo num banco, não poderia fazê-lo sem o devido consentimento do Conselho Deliberativo. “Marcílio Sales terá que provar que o Clube se beneficiou com o dinheiro dele”, informa Ivan Pinto da Rocha.


Uma vez o Náutico fora do foco da questão, a causa irá enquadrar os ex-dirigentes Ivan Brondi e Sérgio Lopes. Este último era vice-presidente administrativo financeiro na gestão de Brondi.  


Bom, o fato é que fica mais uma drástica lição para o Náutico: é preciso cobrar comprometimento e responsabilidade por parte de quem está à frente dos cargos diretivos da instituição.