sexta-feira, 25 de maio de 2018

Há quatro anos, Aflitos sediava último jogo oficial do Náutico

Faz quase cinco anos que o Eládio de Barros Carvalho deixou ser a casa do Timbu. Mas o retorno será ainda em 2018
A torcida alvirrubra curtiu os Aflitos pela última vez há quatro anos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco
Quem lembra do último jogo oficial do Náutico, no Estádio dos Aflitos? Foi há quase quatro anos. Numa noite bastante chuvosa de terça-feira, em 27 de maio de 2014, pela Série B. O Timbu enfrentou o Avaí e perdeu por 1 a 0. O público foi de pouco mais de 9 mil espectadores. 

Na ocasião, a gestão do Clube promoveu a campanha: "Revivendo os Aflitos", com direito a camisa alusiva.

Isso porque a então Arena Pernambuco teve que ficar à disposição da Fifa para a realização de partidas da Copa do Mundo do Brasil, que começou em junho daquele ano.

Vale lembrar que havia um outro jogo do Náutico previsto para acontecer nos Aflitos, mas o Vasco da Gama mexeu os seus pauzinhos nos bastidores da CBF e conseguiu “se livrar” de atuar no Eládio de Barros Carvalho.

Mas, antes, no caso, a “despedida” oficial do Náutico do Caldeirão Alvirrubro fora pela Série A, contra a Portuguesa-SP, quando o Alvirrubro empatou por 2 a 2, num domingo, em 2 de junho de 2013.
A "despedida" dos Aflitos foi melancólica. Ainda bem que vamos voltar agora, em 2018! Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Nestes quase cinco anos de mandos de jogos oficiais do Náutico em São Lourenço da Mata, creio que uma das únicas boas lembranças para o torcedor alvirrubro seja a conquista do título de campeão pernambucano 2018, em 8 de abril passado. Com direito a recorde de público em jogos entre clubes: 42.352 espectadores.

Fora isso, tanto a torcida quanto o Clube só têm a lamentar. E muito. O alento é de que o acordo de 33 anos fora rompido, unilateralmente, por parte da atual Arena de Pernambuco, em 10 de junho de 2016, ou seja, já faz quase dois anos.

Sobre o assunto, o que se sabe é de que a arbitragem do processo será realizada aqui em Pernambuco. Quando? Bom, aí parece ser segredo de estado. Tal informação se mantém guardada a sete chaves. Só espero que o Náutico seja bem sucedido e resgate na justiça as perdas econômicas e morais que foram esses quase cinco anos de penitência em São Lourenço da Mata.

De lá pra cá, o Timbu já atuou como mandante no Arruda, na Ilha do Retiro, e até mesmo no Luiz Lacerda, em Caruaru. E permanece no local que não tem uma estação de metrô; onde as inúmeras dificuldades já conhecidas por todos para se deslocar até mesmo de veículo próprio é uma afronta; onde prevalece a ausência de segurança (agora agravada pelo caos social pelo qual passa o país), e preços exorbitantes são praticados contra todos.

Porém, a grande expectativa da torcida do Náutico é voltar a jogar na sua única e própria casa: o Estádio Eládio de Barros Carvalho.

O ano de 2018 começou com grandes expectativas, de mudança de paradigma e perspectivas de conquistas e avanços à instituição que completou 117 anos de fundação.

O resgate do Clube está em pleno andamento, só não pode ser acelerado, atropelado. As etapas precisam ser cumpridas. Dentre elas, destaque para a comissão paritária de retorno aos Aflitos.

É público e notório de que as obras de reforma para o devido retorno ao Caldeirão Alvirrubro estão em andamento. Não no ritmo que se desejava e até mesmo fora anunciado. 

 As obras de reforma para o retorno aos Aflitos estão sendo realizadas. O mando será retomado em 2018. Foto: Alexandre 'Doca' Morais Maia/Cortesia

Lançado em fevereiro, o portal www.voltandopracasa.com.br é o canal de informação da comissão para com a torcida. Tudo o que se precisa saber está ao alcance de todos. Mas agora, depois de dois prazos anunciados e não cumpridos, não haverá mais a divulgação de uma data específica.

O fato é que o Náutico voltará a jogar nos Aflitos. E ainda em 2018. Continuemos a apoiar e colaborar para que esse sonho seja conquistado, pelo esforço conjunto de todos nós.

E, de preferência, junto com o acesso do Náutico à Série B!

Avante Náutico!

terça-feira, 22 de maio de 2018

Doze jogos e um destino: quartas de final da Série C


O desafio está lançado para o técnico Márcio Goiano, que terá que remotivar elenco alvirrubro


O desfio de Goiano é ter apenas 12 jogos e um objetivo: recolocar o time no caminho do acesso. Foto: Léo Lemos/Clube Náutico Capibaribe
 
Motivado por mais um revés na Série C, o Náutico enfim contratou o seu segundo treinador nesta temporada. O técnico Márcio Goiano vem aos Aflitos com a difícil missão de recolocar o time do Náutico no rumo do acesso à Série B.


Assim, o técnico interino Dudu Capixaba, que viveu os seus dois jogos de fama na competição nacional (vitória contra o Salgueiro e derrota para a Juazeirense-BA), volta para a vaga de auxiliar dos profissionais, e titular do Sub 20 Alvirrubro. Melhor assim.


Como bem deixou claro a direção executiva, ainda na posse, em janeiro deste ano, que a principal competição da temporada para o Timbu era/é a Terceira Divisão nacional. E sair dela é o grande objetivo. De preferência, pra cima!


Bom, como bem sabemos, os desafios são vários. A começar pela própria posição do time na tabela. Após seis rodadas, o Náutico está na lanterna do Grupo A, com apenas 4 pontos e uma vitória. Será preciso remotivar o grupo de jogadores.



Goiano conversou com o elenco timbu no primeiro dia de atividades no CT do Náutico. Foto: Léo Lemos/Clube Náutico Capibaribe



Parece até que depois da conquista do Pernambucano 2018 ficaram todos anestesiados. Embebecidos com a empolgante festa da torcida timbu, que teve direito a recorde de público em jogos entre clubes, na Arena de Pernambuco e tudo mais…


Pagar em dia é obrigação trabalhista. Mas é fato cada vez mais raro no combalido futebol brasileiro. E como a direção timbu tem feito muito bem a sua parte, agora cabe aos atletas honrarem a sua parte do contrato. Como diria o ex-técnico Muricy Ramalho: “jogador de futebol tem que estar motivado a partir do momento em que pega o material e vai para o gramado treinar”.  
Depois, futebol é dinâmico e essa conquista já faz parte do passado. Assim como as eliminações do Náutico das Copas do Nordeste e do Brasil.


É preciso lembrar que o foco agora é apenas e simplesmente a Série C. Diferentemente das outras séries do futebol brasileiro (A e B), não haverá intervalo de paralisação por conta da realização da Copa do Mundo. Isso implicará numa concorrência desleal em paralelo, e o desafio só aumenta.


Outro lembrete necessário é o de que a temporada 2018 será encerrada em setembro. Isso mesmo! Para os quatro melhores times, que vão ascender à Segunda Divisão, o encerramento será 23 de setembro.


Não há muito o que esperar de 2018, exceto o acesso.


Em tempo: o retorno aos Aflitos também é uma meta que será atingida pela atual gestão. O Náutico precisa voltar a mandar os seus jogos no Estádio Eládio de Barro Carvalho e nada como uma grande reviravolta completa: de volta à Série B e ao velho Caldeirão Alvirrubro!!!

O Caldeirão Alvirrubro está ficando pronto para a sua reestreia. Foto: Alexandre 'Doca" Morais/Cortesia

Hoje faz exatos cinco anos que a Arena de Pernambuco está em atividade. No que diz respeito ao Náutico, e na minha opinião, a exceção do título do Pernambucano deste ano, e o recorde público da torcida timbu, não há o que comemorar. Só lamento. Unilateralmente, o contrato fora rompido por eles, no dia 10 de junho de 2016.


Avante NÁUTICO!!!  

terça-feira, 8 de maio de 2018

“Os medalhões, os inovadores, estão fora de contexto”

“O que estamos buscando é um nome (técnico) que tenha referência de comando, mas dentro do que já está estabelecido”, garante membro do futebol do Náutico
O novo técnico do Náutico tem que ter um perfil de comando, mas que adapta-se ao que já está planejado. Foto: José Gomes Neto/CTN
As especulações de nomes e perfis não param de ocorrer desde o desligamento do técnico Roberto Fernandes do Náutico, no domingo (6).


Porém, o fato é que Dudu Capixaba assumiu interinamente o Timbu e deu início aos trabalhos com o grupo alvirrubro para a sequência da Série C.


Treinador do Sub 20, e auxiliar do Clube, ele está respaldado e tem a confiança do pessoal do futebol alvirrubro.


Pelo menos foi o que garantiu uma fonte da Central Timbu de Notícias, em entrevista nesta terça-feira (8).


A justificativa é de que, de acordo com a nova mentalidade no futebol do Náutico, o conceito de trabalho, que se utilizou de alguns pilares, dentre os quais a análise de desempenho, credencia Dudu Capixaba ao cargo.


“O que estamos buscando é um nome que tenha referência de comando, mas dentro do que já está estabelecido. Não há interesse em trazer medalhões ou inovadores”, afirmou a fonte, que acrescentou: “O clima no Náutico hoje é de tranquilidade quanto a isso”, garantiu.


Ainda segundo a nossa fonte, como o Náutico tem uma categoria de base muito ativa e que produz muito, com muita gente, se fez necessário o conceito de que a análise de desempenho é o principal eixo.


“Diferentemente de grande parte dos clubes participantes da Série C. Até mesmo dos times de mesmo peso, como o Santa Cruz. Os times têm uma média de idade acima da grande maioria dos demais, se comparadas com as outras séries nacionais, A e B por exemplo. Isso porque as agremiações apostam em jogadores com mais experiência, que podem se recuperar entre um jogo e outro, devido ao calendário (uma semana de intervalo)”, comentou.


Com isso, potencializar o trabalho que é feito na base, juntamente com a pesquisa de mercado foi a solução encaminhada pelo Náutico.


“Trouxemos as peças quase que pontuais. Jogadores antes desconhecidos da torcida, mas que, passados alguns meses, se tornaram fundamentais para o atual elenco. Em boa parte deles a gente acertou. Como o atacante Ortigoza” comemorou a fonte.


“Estamos buscando um nome no mercado. Mas nós temos um trabalho já construído e que terá de ser continuado”, reiterou a fonte.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Náutico muda para buscar reação na Série C

A ideia é de que o Náutico mude da água para o vinho e reverta a situação na Série C. Foto: Internet
O mundo roda e o tempo não para. No futebol, tal lógica não é diferente. A dinâmica é comprovada a cada dia. E a experiência adquirida não deixa dúvidas.

Senão, vejamos. Há quase 30 dias, a torcida do Náutico vivia um momento mágico. Depois de quase 14 anos na fila, a conquista do Pernambucano voltava a ser uma realidade.

O time vinha de sequências de superação, em três competições: Copa do Nordeste, Copa do Brasil e o próprio estadual.

Nem mesmo as eliminações nas Copas (do Nordeste e do Brasil), abalaram a confiança dos alvirrubros, que tinham plena convicção de que a principal competição da temporada, a Série C, seria disputada rodada a rodada pelo Timbu, em busca do acesso.

Porém, os bons ventos mudaram de rumo e os problemas começaram a se acirrar nos Aflitos. O primeiro deles veio com uma estreia decepcionante no Campeonato Brasileiro.

Empate num Clássico das Emoções, como mandante. Depois, o pior: nas três rodadas seguintes, três derrotas, sendo duas fora de Pernambuco e outra, a mais recente, em São Lourenço da Mata.

O Náutico tem apenas 1 ponto em 12 disputados. Amarga a lanterna do grupo A e está com vários jogadores entregues ao departamento médico. Isso sem falar nos que estão suspensos (expulsão ou terceiro cartão amarelo).

Além disso, o técnico Roberto Fernandes, que por sinal vinha sendo muito questionado por considerável parte dos torcedores, foi demitido.

Agora, a diretoria executiva e a de futebol partem em busca de um novo comandante técnico para iniciar uma reviravolta na Série C. Se o objetivo do Náutico é o acesso à Série B, e ainda há tempo para isso, chegou o momento decisivo.

Não adianta trazer apenas alguém de nome, mas sim de atitude. O prejuízo está aí e será preciso revertê-lo a todo custo. E com a competição em andamento. Caso contrário, as consequências serão irreversíveis.

Os jogadores serão os mesmos e pouca coisa deve mudar, dentro das quatro linhas. Aliás, espero que o próximo comandante técnico saiba como conduzir a Nau Alvirrubra.

Se antes os jogadores davam o máximo de si durante os 90 minutos, agora parecem exauridos, no limite. Ou até mesmo descompromissados com o objetivo da equipe.

Sei que conquistar títulos tem um preço. E se não se paga por ele, as consequências são terríveis. Até mesmo catastróficas. Espero que esse não seja o real problema em questão, no Náutico.

Bom, um outro problema, no meu modo de enxergar os fatos, é ter que jogar uma Série C em campo neutro. Se uma Série B jé é difícil, imagina numa Terceira Divisão?!

O retorno aos Aflitos seria mais um fator favorável ao Náutico neste contexto. Mas parece que a volta ao nosso estádio não será possível ainda neste neste primeiro semestre de 2018. Uma pena.

Mas, vamos em frente porque só com trabalho e atitude é que vamos reverter a situação. Que por sinal já esteve bem pior do que agora. Basta lembrar do legado deixado pela gestão anterior.

NÁUTICO ACIMA DE TUDO!