sábado, 23 de junho de 2018

Náutico tem que resgatar a tradicional Corrida da Fogueira

A mais antiga corrida de rua do Recife envolvia a participação direta do Estádio dos Aflitos

A versão noturna do Corrida da Fogueira trazia corredores com chamas alusivas à época do ano: o São João. Foto: Blog de Fernando Machado

A Corrida da Fogueira é uma das mais tradicionais corridas de rua do Brasil. E é autenticamente alvirrubra. Seria interessante o Clube Náutico Capibaribe resgatar uma tradição que completa 78 anos e faz parte até mesmo da história do desporto pernambucano, sendo a mais antiga corrida de rua do Recife.


A alusão ao nome da prova vem da época do ano, o São João. A última edição oficial da Corrida da Fogueira aconteceu em 8 de junho de 2014 e foi a 51ª versão:


http://www.nautico-pe.com.br/noticias/233/51a-corrida-da-fogueira-movimenta-manha-de-domingo-no-recife


http://www.nautico-pe.com.br/noticias/234/corredores-e-corredores-na-corrida-da-fogueira


Naquela época, trabalhava na assessoria de imprensa do Náutico e tive a oportunidade de fazer a cobertura da Corrida da Fogueira. O evento movimenta a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, e demais ruas ao redor dos bairros vizinhos aos Aflitos, na Zona Norte do Recife.


Assista a largada da 51ª edição da Corrida da Fogueira:

https://www.facebook.com/nauticope/videos/711116538931513/



Destaque para as participações de atletas profissionais e demais corredores apaixonados pelo desporto. Aliás, hoje em dia, o que não falta é corrida de rua no Recife. Um incentivo ao pedestrianismo local.


É interessante observar que nos anos 1980, mais precisamente na segunda metade daquela década, a Corrida da Fogueira tinha como mote principal a chegada dos atletas (amadores e profissionais), no Estádio Eládio de Barros Carvalho.


Isso mesmo! O Estádio dos Aflitos também fazia parte do contexto da tradicional Corrida da Fogueira. O percurso final consistia numa volta olímpica antes de cruzar a linha de chegada.


Na 50ª edição, em 2013, houve esse registro fantástico de um corredor torcedor do Náutico nos Aflitos. Foto: Clube Náutico Capibaribe



Portanto, nesta véspera de São João, desejo à Nação Timbu um ótimo festejo, com a chama da fogueira aquecendo nossos corações e, em especial, o nosso glorioso Náutico, pelo resgate de suas histórias e tradições no desporto pernambucano e brasileiro!


Viva São João! Viva o NÁUTICO!!!

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Apesar da Copa do Mundo, prefiro focar no Náutico

Timbu precisa reagir na Série C e não terá recesso devido ao mundial
Foto: José Gomes Neto/arquivo CTN

Às vésperas de se iniciar a Copa do Mundo da Rússia 2018, as expectativas de torcedores pelo país se dividem entre a Seleção Brasileira e o clube do coração. Particularmente, eu estou muito preocupado com a situação do Náutico na Série C.


Primeiro porque o time ainda está se encaixando na competição - que foi tida como a principal da temporada, segundo a própria diretoria executiva ao anunciar o planejamento do futebol, em janeiro deste ano.


A mudança de treinador, ocasionada por maus resultados, atrelada a saída de alguns jogadores além de outros indo para o departamento médico, provocou toda essa desestabilização na equipe.


Depois, após nove rodadas, o Timbu ocupa um decepcionante 8º lugar, com apenas 10 pontos e três vitórias. É muito pouco para quem gerou uma enorme expectativa, em relação à Terceirona.


Dentre as novidades da semana, que começou fora da zona de rebaixamento para a Série D, duas contratações anunciadas: um lateral e um zagueiro. (acesse e saiba mais:
http://www.nautico-pe.com.br/noticias/3167/nautico-anuncia-contratacao-do-lateral-esquerdo-assis-e-do-zagueiro-sueliton)

Posições, aliás, muito reclamadas pelos torcedores. Em especial dos que conseguem acompanhar o campeão pernambucano em São Lourenço da Mata.


Por falar em mando de jogo, a situação se complica ainda mais. A cada rodada, o Náutico toma um prejuízo que varia de R$ 20 mil a R$ 30 mil, segundo depoimento do vice-presidente de futebol do Clube, Diógenes Braga.


Para deixar de ser "campo neutro", a Arena tem que comportar mais de 40 mil espectadores. Foto: José Gomes Neto/CTN

Isso porque jogar na Arena de Pernambuco (há mais de cinco anos que todos já vimos, vivemos e sabemos de cór e salteado), com esses dias, preços e horários é historicamente deficitário. Depois, ali é um campo neutro. Do governo do estado. Não há o que discutir sobre o assunto.


Voltar ao Caldeirão Alvirrubro é parte de solução financeira, em termos de fontes de receitas ao Clube. Foto: José Gomes Neto/arquivo CTN

A solução é apenas uma: voltar ao Estádio Eládio de Barros Carvalho! O mais breve possível. Houve atrasos nas duas datas marcadas para o retorno, mas agora o foco é manter o ritmo, ou mesmo acelerar, para o Timbu voltar ainda em 2018 à sua única e verdadeira casa: os Aflitos.


Voltando a falar sobre Copa, diferente de outras divisões nacionais, a Série C não vai parar. Ou seja, a competição mundial será uma concorrente direta. Mesmo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tirando os jogos da Terceira Divisão da reta do Mundial.


Diante de tantos fatores-obstáculos, a proposta é o treinador acertar no esquema tático e o Náutico voltar a vencer na Série C. Dos quatro jogos seguidos em Pernambuco, 25% está garantido. A vitória sobre o Remo abriu o caminho para a reviravolta do time na competição. 

Próxima parada, Arruda! E vamos torcer para que tudo ocorra bem para o Náutico.


À vitória, Náutico!!!

sábado, 2 de junho de 2018

O efeito Gilmar

Da última vez que esteve no Frasqueirão, Náutico venceu ABC




O futebol quando abordado de maneira convencional por vezes cansa. Fica até chato, há quem considere. Indo além de bordões e frases feitas, muitas vezes ultrapassadas, sem criatividade e fora de contexto chegam a irritar a paciência de quem busca algo novo, estimulante.


Que tal nos atermos a detalhes e circunstâncias? Sim, são elementos que também temperam o futebol e dão aquele gostinho especial, que, singularmente, somente este esporte oferece.


Estatísticas, prognósticos (palpites) ou simplesmente a história dos confrontos. Tabus então, nem se fala… O que mais é interessante na abordagem fora do convencional no futebol?


Ora, se pensarmos sem muitos rodeios, nos depararemos com a superstição. O torcedor brasileiro é cheio de mandingas. Folclórico e criativo, personagens surgiam ao longo do tempo, das dependências dos estádios pelo Brasil afora.


Hoje em dia, nem tanto. Porém, a crença de que aquele resultado virá por essa ou outra razão, independe apenas da análise técnica. Ou melhor, nem faz a mínima diferença.


Há quase 11 meses, o ABC recebeu o Náutico pela 19ª rodada da Série B 2017, no Frasqueirão, em Natal-RN. Fazia 18 jogos que o Timbu não vencia na Segundona. Mas a vitória veio com um gol do atacante Gilmar, de cabeça.


Aquela foi a primeira vitória do Alvirrubro na competição nacional. Mas, onde eu quero chegar com essa lembrança? Simples: em determinado momento, a maré muda de rumo. E acreditar é o papel da torcida.


Não apenas em abstracionismos, mas em fatos concretos. O Náutico mudou de treinador, depois de um início catastrófico de competição e parece ter aprumado o barco rumo à classificação.


Se hoje o ABC está sendo apontado como favorito, por ostentar uma sequência invicta de 14 jogos no Frasqueirão, sendo 13 vitórias e um empate, parabéns para eles!


Se atendo à tabela, a diferença entre os times é de 4 pontos, apesar da distância (ABC, 11 pontos ganhos, em 3º lugar do grupo A, enquanto o Náutico tem 7, e está em 9º).


Então, a “zebra” Náutico pode aprontar, novamente, lá em Natal. Até porque, da última vez, no dia 4 de julho de 2017, quem foi mesmo que venceu?!?


Então, a estatística a que vou me ater será essa! Cada um acredita no que quiser, e comigo não será diferente.


À vitória, Náutico!!!