Convite do presidente da FPF para ex-presidente do Náutico soa como impacto de um meteoro na Terra
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A sensação é de que houve uma ruptura com o futuro promissor do futebol de Pernambuco. Foto: Internet |
Em meio ao momento de recesso do futebol do Náutico na temporada, o mote dos noticiários foca nos bastidores. Renovações, saídas, possibilidades de contratações de novos jogadores…
Natural que haja uma certa pasmaceira. Porém, mesmo que tivesse avançado à fase final da Série C 2018, a atual temporada encerraria no próximo final de semana para o campeão pernambucano.
Dito isso, nenhum outro assunto me chamou mais a atenção do que o convite feito pelo atual presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, ao ex-presidente do Náutico, Paulo Wanderley.
A proposta é de compor uma das três vice-presidências daquela entidade, composta pelos três grandes clubes da capital, segundo o próprio mandatário da FPF alega ser uma “tradição”.
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Pois bem, como a grande maioria da torcida alvirrubra já sabe, e desaprova, o ex-presidente alvirrubro, que presidiu o Náutico nos anos 2102/2013, deixou-nos um legado nada tragável.
Com a maior receita da história, o Náutico obteve um dos piores desempenhos. Desproporcionalmente, o que de fato “evoluiu” foi o passivo do Clube: a maior dívida da sua história.
Para completar o pacote, em maio de 2013 começa a desventura do time alvirrubro em São Lourenço da Mata.
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Destaque-se que ele não é o único culpado do processo de perda da identidade do Náutico (refiro-me a ida para a então Arena Pernambuco). É sim um dos responsáveis, junto com seus pares de desatinos administrativos.
Pois bem, há sete anos que Evandro Carvalho está à frente da FPF. Cargo que alçou após a morte do ex-presidente, Carlos Alberto Oliveira, em agosto de 2011.
Sua reeleição, ou melhor, aclamação, será fruto de um conformismo sem precedentes. No dia 25, ocorrerá o “pleito”. Mesmo sem chapa de oposição inscrita. O regulamento também não colabora, ou facilita, para quem assim se prontifique a um pensamento contrário. Seria preciso o apoio de um mínimo de dez agremiações.
Contudo, a insatisfação por parte de torcedores do trio de ferro da capital, devido ao atual momento do futebol pernambucano, parece não incomodar a quem de fato deveria. Não há uma mobilização em prol dos clubes. Não se vê atitudes que viessem a mudar o panorama. E isso não é bom para o futebol de Pernambuco.
Sinceramente, gostaria de vislumbrar algo promissor para o nosso futebol. Mas não dá. Fica muito difícil ser otimista com alguém que defende piamente a figura de José Maria Marin.
O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi condenado pela justiça norte-americana por crimes cometidos entre 2012 e 2015, e está cumprindo prisão domiciliar.
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Definitivamente, o que é bom para uns, é péssimo para a grande maioria. E isso inclui os clubes.
Vejamos qual será o resultado dessa conjunção de valores.