sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Trinta anos e oito segundos depois

Gol mais rápido do Brasileirão foi marcado nos Aflitos pelo ex-atacante Nivaldo
Ex-atleta Nivaldo mostra com orgulho a barra onde fez história no Estádio dos Aflitos. Foto: José Gomes Neto/CTN
 E assim se passaram três décadas. Nesta sexta-feira (18), está fazendo exatos 30 anos que o gol mais rápido da história do Brasileirão foi marcado. O ex-ponta-direita Nivaldo abriu o placar num jogo entre Náutico x Atlético Mineiro pela Primeira Divisão de 1989, no Estádio dos Aflitos. Com apenas oito segundos de partida.
O jogo terminou 3 a 2 para o Timbu numa partida eletrizante. Bizu tirou o centro e tocou para o meia Augusto. O ex-meio-campista alvirrubro driblou dois adversários e deu lançando na medida para Nivaldo, pela direita. O ex-atacante só teve o trabalho e fuzilar as redes do ex-goleiro atleticano João Leite. 

  


O histórico episódio foi tão rápido que nem o campeão mundial e olímpico dos 100 metros rasos, o jamaicano Usain Bolt, quando estabeleceu o novo recorde na Olimpíada de Londres, em 2012, conseguiu fazer o percurso em menos de oito segundos: ele o fez em 9 segundos e 63 milésimos de segundos.




“Estou muito feliz e contente com tudo isso. É uma sensação sem igual”, revela o ex-jogador Nivaldo Soares de Oliveira Filho, em relação ao recorde de três décadas, em entrevista por telefone ao blog #CTN. Atualmente, Nivaldo trabalha na secretaria de esportes de Catende - município pernambucano que fica a 142 quilômetros do Recife.


Oriundo do Paulistano, clube que ele defendeu em 1988, foi de lá que veio a dupla (Augusto-Nivaldo), que originou o gol mais rápido do Brasileirão. 


Uma curiosidade sobre como Nivaldo foi parar nos Aflitos. Quem o levou para o Náutico foi o saudoso ex-diretor de futebol do Timbu, Herbert Harrop. De acordo com Nivaldo, ele foi para o Clube da Avenida Conselheiro Rosa e Silva como contra-peso. 


“A contrapartida exigida pelo Náutico era de que só compraria o passe do meia Augusto caso o Paulistano liberasse também a minha pessoa”, recorda. 


“Sou muito feliz porque joguei no Náutico. Sou muito grato ao Paulistano, mas foi o Náutico o clube que me projetou nacionalmente. Agradeço também aos colegas Bizu, Augusto, Erasmo, Mauri, Levi Gomes, Müller e todos os demais com quem joguei no Náutico naquele ano de 1989”.


VOLTA AOS AFLITOS
Na opinião de Nivaldo, o retorno do Náutico aos Aflitos foi crucial ao acesso à Série B 2020. Foto: José Gomes Neto/CTN



Nivaldo conta que a temporada de 2019 foi muito para o Náutico, “em especial por conta da volta aos Aflitos”. “Voltar aos Aflitos foi um passo importante do Náutico para superar as inúmeras dificuldades enfrentadas ao longo da temporada. Essa diretoria é de tirar o chapéu” disse Nivaldo.


Mas o melhor mesmo foi comemorar no antigo Eládio de Barros Carvalho o acesso à Série B 2020, acompanhado da filha Ellen Samira, 17 anos, fervorosa torcedora do Náutico. 


“Esse ano foi muito bom para gente. Pudemos acompanhar os jogos do Náutico nos Aflitos. No jogo do acesso estávamos lá, choramos muito de emoção. Depois, ver o Náutico campeão brasileiro apesar de toda a dificuldade que é jogar uma Série C. A volta aos Aflitos foi muito importante.” 


Além de Ellen, Nivaldo tem mais duas filhas (Beatriz e Katiane) e um filho jogador. Caíque é lateral esquerdo, tem 26 anos, e vai jogar no futebol no Norte do país. 


COMEMORAÇÃO


Para fechar as celebrações dos 30 anos do gol mais rápido do Brasileirão, Nivaldo disse que haverá uma partida alusiva na manhã deste domingo (20), no campo da Cohab, em Catende, sua cidade natal. 


O confronto matinal será entre os veteranos do Náutico de Catende x Quarentão de Maceió-AL. 

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