domingo, 8 de dezembro de 2019

O Náutico e o processo democrático

Eleições no Clube neste domingo (8) apresentam “convergências divergentes” 
A Nau Alvirrubra seguirá seu rumo. E esperemos que seja em águas tranquilas, no caminho das vitórias! Foto: José Gomes Neto/CTN
Nada como poder escolher os representantes para dirigir um clube de futebol. Aliás, a democracia ainda é o melhor regime, apesar do País estar numa rota de colisão diária com o estado democrático de direito.


No caso específico do Clube Náutico Capibaribe, a “convergência” numa única chapa inscrita para o Executivo trouxe uma situação no mínimo curiosa. 


Como existem três chapas a concorrer ao Conselho Deliberativo, todas garantem apoiar o necessariamente aclamado Executivo ao biênio 2020-2021, encabeçado por Edno Melo e Diógenes Braga. E ambos, por sua vez, já declararam pública e notoriamente que estão a apoiar um lado: o da situação.


Como o carro chefe é o futebol, e por intermédio dele os balizamentos são feitos, resultados emblemáticos dentro dos gramados determinaram o êxito da gestão. Pelo menos no lugar comum da maioria esmagadora da torcida do Náutico. E o fato pôde ser comprovado tanto pelas redes sociais quanto pelo contato presencial entre os torcedores. 


Porém, cabe ao associado timbu o direito de voto. Diante dessa realidade, o universo de votantes fica restrito a um colégio eleitoral de menos de 4 mil pessoas aptas a fazer essa escolha.


E é justamente aí que começam a aparecer as divergências. Mais precisamente quanto ao Conselho Deliberativo. Ora, o papel de fiscalizar não é novidade. É pra isso que existe um conselho. Fato novo mesmo é o atual sistema de ocupação daquele órgão, tido como regulador da gestão Executiva.


Portanto, cabe lembrar que, há não muito tempo, ficou evidente que os interesses dos poderes no Náutico estiveram divididos em alguns anos. Como se houvesse dois clubes. Um clássico cheio de rivalidade. E, na prática, isso foi vivenciado.


E, independente do meu ponto de vista, o resultado dessa disputa interna ocasionou prejuízos de várias naturezas. O mais comum deles, até hoje atordoa a instituição: os passivos trabalhistas.


Fruto da inabilidade em administrar um clube de futebol, ou até mesmo da irresponsabilidade sobre o mesmo, eles ocasionaram situações vexatórias ao Náutico. As dívidas cresceram e incompatibilizaram o Timbu. Dentro e fora das quatro linhas.


Talvez se houvesse de fato havido fiscalizações isso não tivesse ocorrido. É impossível garantir resultados em campo, durante as competições, mas administrações austeras e comprometidas, que planejam e estabelecem metas, geralmente galgam êxito.


Por fim, o direito de escolha é livre e cada um tem o seu. Mas a responsabilidade e a cobrança vão sempre estar atreladas ao processo de continuidade. Nada é estático. O jogo democrático é dinâmico e a roda não para de girar.


Que o associado que for à Sede neste domingo (8) lembre-se de engrandecer, sempre, o Náutico. Independente de quem quer que seja ou esteja.


Às urnas, Nação Timbu!


Saudações alvirrubras! 

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