quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Pioneirismo da base do Náutico no Nordestão

 

Pela primeira vez, o Sub 20 conquista a Copa do Nordeste de forma invicta e com goleada na final


Com informações do blog de Cassio Zirpoli

O primeiro título a gente nunca esquece. E de forma invicta então… Pois é, o Náutico conquistou a Copa do Nordeste Sub 20 com propriedade: foram seis vitórias em sete partidas. 

 


 


Não bastasse a campanha destacável, o troféu do Nordestão veio com uma inédita goleada numa final da competição regional: 5 a 1 ante o Fortaleza (duas vezes campeão da Copa do Nordeste, numa delas contra o próprio Náutico, em 2005).


 

 

Detentor de um ataque avassalador, o Timbuzinho balançou as redes 19 vezes, enquanto a defesa sofreu apenas 4 gols. 

 


 


Confira a CAMPANHA INVICTA do Náutico na Copa do Nordeste Sub 20:


Fase preliminar


Náutico 2 x 0 Ferroviário-CE 


(8 de dezembro - Aflitos)


Fase de grupos (Grupo E)


Náutico 5 x 1 Moto Club-MA


(12 de dezembro - Arruda)


Náutico 1 x 0 Vitória-BA


(14 de dezembro - Arruda)


Náutico 4 x 1 CRB-AL


(16 de dezembro - Arruda)


Quartas de final


Náutico (6) 0 x 0 (5) Ceará


(18 de dezembro - Ademir Cunha)

Semifinal


Náutico 2 x 1 CRB-AL


(20 de dezembro - Arena de Pernambuco)


Final


Náutico 5 x 1 Fortaleza-CE


(22 de dezembro - Arena de Pernambuco)

 


 

O artilheiro do Náutico foi Walisson, que marcou 5 gols. Depois vieram Júlio, com 3 tentos; Edgo, Juninho Carpina e Wanderson (cada um com gols; e Carlão, Leonardo, Luciano, Luis Felipe e Vellaske (1 gol cada).

 

O meia Juninho Carpina foi o destaque da Copa do Nordeste.

 


 


 

 


FOME DE TROFÉU


O Náutico tem 22 títulos pernambucanos e vai em busca do 23º contra o Retrô, na decisão do Pernambucano 2020. O Timbuzinho ainda chegou a uma semifinal do Brasileiro Sub 20. 

 

Saudações alvirrubras!

 

Fotos: Marlon Costa

 

Arte: CNC

 

Foto do vestiário: divulgação/CNC  

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Reabertura dos Aflitos resgatou identidade do Clube

Há dois anos, o Náutico voltava ao Estádio Eládio de Barros Carvalho em grande estilo

 


 


 


 


O tempo não para. Aliás, dizem até que ele voa. Mas o fato é que já se vão dois anos que a Nação Timbu comemorou em grande estilo o retorno do Náutico ao Estádio Eládio de Barros Carvalho.


No ensolarado domingo, 16 de dezembro de 2018, a celebração foi intensa. Na prática, um dia todo para celebrar o retorno do Timbu à velha e aconchegante toca.


A programação movimentou a Sede e consistiu de apresentações musicais, com direito a preliminar com jogo em homenagem ao ex-atacante e ídolo Kuki, e depois um amistoso internacional entre Náutico e o Newell’s Old Boys da Argentina.

 


 


Enfim, voltamos para casa (clique aqui e leia a cobertura completa)


Com renda recorde no futebol de Pernambuco (R$ 1,5 milhão), os Aflitos foi elevado à categoria de Patrimônio Imaterial de Pernambuco, ou seja, Imóvel de Preservação Especial,em maio de 2019.


Estádio dos Aflitos é Patrimônio Imaterial de Pernambuco (clique aqui e leia a matéria na íntegra)

 

Saudações alvirrubras!

 

Fotos: José Gomes Neto/CTN  

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Futebol é momento, resultado, conquistas. Nada é definitivo. Exceto o próprio Náutico

 Desabafo de um alvirrubro, que é e irá continuar NÁUTICO acima de tudo!




Relutei ao máximo, em respeito a todos que hoje ocupam cargos diretivos no Executivo e no Conselho Deliberativo do Náutico, mas é preciso entender que resultados estão atrelados a cobranças. E futebol, além de momento, é acima de tudo resultado.


Os fracassos acumulados pelo futebol do Clube ao longo da temporada 2020 são mais do que apenas preocupantes: são catastróficos. Não bastassem as pífias campanhas no Pernambucano, Copas do Brasil e do Nordeste, o time habita o Z-4 durante a maior parte desta Série B.

 


Se vier a ser rebaixado (ou voltar para Série C, como quiser), o Náutico terá mais um ano terrível em 2021. O que era para ser uma grande festa pela passagem dos 120 anos de fundação da instituição, pode significar angústia e frustração para a fiel e apaixonada torcida timbu.

Não se admite falar mal ou cobrar de uma torcida que, por ventura de gestões temerárias ou irresponsáveis, a obrigou a passar por situações constrangedoras. Desrespeitar a torcida é não considerar o Clube, ou seja, o seu maior patrimônio.

 

E resgatar o Clube passa por respeitar e admitir erros cometidos ao longo do caminho também. As vitórias e conquistas são, e devem, ser comemoradas por todos. Eu disse todos. Sem exceção. Mas, quem está no comando precisa manter a humildade. Ter a consciência de que todos passam.

  

O Náutico é maior do que qualquer um. Ninguém é mais alvirrubro do que ninguém. Até porque, na hora do vamos ver, o único a manter-se firme na causa é o torcedor. Por favor, sejamos NÁUTICO acima de tudo! Ainda e sempre!

 


 


Tenho dito.


Saudações alvirrubras!

 

Fotos: José Gomes Neto/CTN  

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Garagem de remo do Náutico agora é imóvel especial de preservação

 

Conselho de Desenvolvimento Urbano do Recife aprovou decisão nesta sexta-feira (27) 


Com informações do site do Conselho Deliberativo do Náutico

 

 


 Foto: José Gomes Neto/CTN


A garagem de remo do Náutico agora é imóvel especial de preservação. De acordo com decisão do Conselho de Desenvolvimento Urbano da Cidade do Recife, aprovada nesta sexta-feira (27). 


O pleito nasceu a partir de debates do Conselho Deliberativo do Náutico com a Câmara dos Vereadores e foi formalizado pelo vereador Aderaldo Pinto, que o apresentou à prefeitura do Recife.


A Coordenação Técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), apresentou o relatório nº 2323176/2020, assinado por Renata Duarte Borba, sobre a relevância das sedes do Remo do Náutico e também do Barrozo, ambas localizadas na Rua da Aurora, área central do Recife.


Desde a década de 1940, o Náutico tem sua sede de remo instalada no número 1193 da Rua da Aurora. “Apesar do fortalecimento do futebol como esporte de destaque do Clube, é simbólica e representativa a permanência da sede/garagem associada à prática do remo na Rua da Aurora. Além disso, como citado no Parecer da DPPC, no escudo do time continuam presentes os remos, em referência ao esporte de sua origem”, diz o parecer.


E complementa: “Os valores que se destacam e justificam sua classificação são de natureza essencialmente imaterial: a permanência do uso histórico, que remete à prática do remo no Recife, a memória dos diversos eventos sociais ligados à atividade, assim como a relação com a Rua da Aurora”.


O parecer técnico nº 002/2020 da DPPC apresenta que: “O reconhecimento do valor cultural e do consequente valor patrimonial presentes nas sedes de remo do Clube Náutico Capibaribe e Clube Esportivo Almirante Barrozo entende as relações intrínsecas entre os valores imateriais e as edificações que são seu suporte – assim como o lugar da cidade em que se inserem - a Rua da Aurora -, mesmo que nessas edificações não seja predominante o valor artístico”.



Na opinião do presidente do Conselho Deliberativo do Clube, Alexandre Carneiro Gomes, o remo do Náutico é testemunha da história do Recife. “Nos cumpre a obrigação de preservá-lo de forma a honrar a memória do nosso povo, e manter o interesse vivo sobre o esporte náutico que ajudou a transformar nossa cidade e trouxe tantas alegrias para a população. O amor ao esporte fez com que surgissem, há mais de 100 anos, clubes de relevância inestimável para os recifenses. Desse esporte nasceu o Clube Náutico Capibaribe. Enquadrar a sede de remo do Náutico como imóvel especial de preservação é uma atitude de compromisso não apenas com o passado, mas também com o futuro”.


Ao defender a preservação da sede do Remo, o Conselho Deliberativo do Náutico buscou reverenciar a história e a grandeza do Náutico, além de proteger o imóvel da especulação imobiliária e garantir o futuro do remo alvirrubro. 


Ao longo da história do Náutico, a instituição perdeu ou negociou patrimônio em tempos passados, como o imóvel do Country Clube, na Avenida Rosa e Silva, e do Caça e Pesca, em Jaboatão dos Guararapes.


“A aprovação pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano da Cidade do Recife foi um passo importantíssimo. Ainda é preciso que o prefeito decrete e conceda à nossa sede do remo essa nova classificação de preservação. Depois, nós do Conselho continuaremos a trabalhar para conseguirmos melhorias para o imóvel e para a equipe de remo”, informou Alexandre Carneiro Gomes.



quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Náutico vence e reage na Série B

Depois de seis jogos sem ganhar, o Timbu enfim respira. Mas desafio continua e domingo já tem o Cruzeiro, nos Aflitos  

 

Atacante Kieza fez o gol da vitória do Náutico, após seis jogos. Foto: Reprodução/SportTV
 

Depois da tempestade, enfim veio a bonança. É que o Náutico conquistou um resultado positivo depois de seis rodadas. A suada porém importante vitória por 1 a 0 (há cinco jogos que o time nem gol fazia) ante o lanterna Oeste-SP, no interior paulista, recoloca o Timbu no caminho de melhores perspectivas na Série B 2020.


O Náutico mostrou poder de superação e conseguiu apresentar vontade e disposição para vencer o limitado Oeste. Se não foi um primor de técnica e qualidade tática, o time ao menos dá um alento ao técnico Gilson Kleina. Apesar das dificuldades para colocar em campo o melhor, em termos de opção de atletas, pelo menos o fator psicológico pela pressão da ausência de gols e vitórias já está do seu lado. 


Mas o desafio continua e não há muito tempo a perder. O adversário agora será o Cruzeiro. A Raposa está na zona de rebaixamento e será um confronto direto com o Timbu, na briga para escapar da degola.  


DESDOBRAMENTOS DA CRISE


O futebol do Náutico entrou em rota de colisão na semana passada. Como consequência, houve mudanças no elenco (com empréstimos e rescisão de jogadores), além da demissão do executivo de futebol, Ítalo Rodrigues, que estava há nove anos no Clube. 


Após o freio de arrumação, o time voltou a corresponder em campo, com um resultado positivo. Vejamos se não foi apenas um acidente de percurso ou um rumo consistente. O Náutico precisa de uma regularidade para, no mínimo, buscar a permanência na Série B.


Conquistada essa regularidade, então será possível pensar em algo maior, como o acesso à Série A.


Por enquanto, tudo segue como especulações de futebol. Só a tabela pode balizar o que de fato interessa.

domingo, 20 de setembro de 2020

Um Náutico de todos e para todos

Pela primeira vez na sua história de 119 anos, o Timbu jogou com um padrão preto



Um fato histórico, num confronto inédito no futebol brasileiro. Um ato de coragem e dignidade de quem quer resgatar a sua imagem diante de um grave erro cometido no passado. Assim pode ser definida a inusitada noite desta sexta-feira, 18 de setembro, nos Aflitos. 

 


 


Em jogo válido pela 10ª rodada da Série B 2020, o Náutico empatou com a Chapecoense por 1 a 1. Mas as atenções se voltaram especialmente ao uniforme do Timbu. É que pela primeira vez na sua centenária história, o Náutico entrou em campo com um padrão preto.

 

Foto: Caio Falcão/CNC

 

 


 


A ação de marketing fez parte da campanha “Vidas negras importam” e trouxe à tona uma necessária reflexão e autocrítica por parte da instituição, que cometeu um erro grave no passado: a prática de racismo.


Até o início da década de 1960, o Clube não aceitava o ingresso de profissionais negros nas suas equipes. O treinador Gentil Cardoso foi o pioneiro a quebrar essa terrível escrita.

 

 


“Gostaríamos de apagar esses casos do racismo em nosso passado. Mas isso não possível. Um pedido de desculpas não é suficiente. O que a gente pode, e vai fazer, é contribuir cada vez mais no combate ao racismo estrutural e a violência contra os negros”, garante o texto na peça institucional.





Para isso, o Clube criou mecanismos internos para que casos de racismo sejam mais rapidamente denunciados e apurados. 

 

 

FATÍDICO EPISÓDIO


Quando aconteceu o fatídico e deletério episódio por parte de torcedores na arquibancada dos Aflitos, no Campeonato Pernambuco de 2002, eu estava lá. 

 

Perplexo fiquei e desaprovei de pronto aquele ato horrendo e não condizente com a dignidade humana. Como uma forma de hipnose coletiva, alguns insanos começaram a ecoar de forma intensa os urros imitando um macaco. De repente, o coro foi se tornando mais forte, a cada tiro de meta cobrado pelo então goleiro do Santa Cruz.


Com razão, Nilson se irritou e pediu providências ao árbitro. Porém, naquela época, há pouco mais de 18 anos, nada poderia ser feito contra a atitude nefasta.


Mas hoje, creio que o assunto esteja sendo definitivamente passado a limpo.



 

 

A CORAGEM DA AUTOCRÍTICA 


Não é novidade para quem acompanha futebol de que a arquibancada é uma espécie de território “sem dono e sem lei”. É o divã informal da brutalidade e estupidez humana, onde se descarrega frustrações, e se agride verbalmente, e também com gestos, torcedores, jogadores, árbitros… 

 

Além do racismo, o machismo, a homofobia e até mesmo a misoginia ainda são praticados num estádio de futebol. E aí eu me volto para os cenários nacional e até mesmo internacional. 


É preciso seguir o exemplo do Náutico e se fazer uma tomada de atitude por parte de todos que fazem o futebol, até mesmo o desporto como um todo. Pois ainda há muito no que se avançar em relação ao combate ao racismo em todos os âmbitos da vida humana. 

 

 


 

 Fotos dos jogadores: Caio Falcão/CNC

 

Foto de Gentil Cardoso: Náutico em fotos

 

Artes e vídeo: CNC

 

 

 

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Há dois anos, o Náutico voltava a fazer um treino aberto nos Aflitos

 

O episódio marcava o reencontro da torcida timbu com um antigo querido: o Estádio Eládio de Barros Carvalho



Era uma manhã de sábado ensolarada naquele 25 de agosto de 2018. O ambiente nos arredores do Estádio dos Aflitos respirava a presença da torcida do Náutico, agora de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído.


O vermelho e branco davam o tom do evento e eram vistos de maneira marcante no entorno do antigo e querido Estádio Eládio de Barros Carvalho. 




A fiel e apaixonada torcida alvirrubra vivia a expectativa da reabertura oficial dos Aflitos, que aconteceria menos de quatro meses depois, numa programação que durou um dia inteiro. Apresentações musicais na Sede e entorno do estádio; uma preliminar com o jogo de despedida do ex-atacante Kuki e culminando com um amistoso internacional.


Naquela “prévia”, o clima de euforia tomou conta de corações e mentes  de cada alvirrubro e alvirrubra presentes ao treino aberto. Afinal, desde junho de 2013 que o Náutico não reunia a Nação Timbu nos Aflitos, pois havia transferido seus jogos oficiais para São Lourenço da Mata, onde jogou até agosto de 2018. 

 

 

 

 


É bem verdade que houve uma exceção, em maio de 2014, quando o Timbu teve que realizar uma partida oficial pelo Campeonato Brasileiro da Série B daquela temporada, pois a Arena estava à disposição da Fifa para a Copa do Mundo.


Vale lembrar que seriam duas partidas, caso o Vasco não tivesse corrido da raia para não encarar o Caldeirão Alvirrubro. A diretoria do time vascaíno interferiu junto a CBF para só jogar com o Náutico depois da Copa do Mundo, já no campo neutro da Arena de Pernambuco. Mas isso é outra história.

 

 

 

De volta ao treino aberto nos Aflitos, a diretoria do Náutico decidiu por cobrar ingresso simbólico para assim poder controlar o acesso do público ao estádio. Um quilo de alimento não perecível garantia a presença. Era uma forma de colaborar com a base do Clube, pois esse fora o destino daquela ação.


Por volta das 9h, a movimentação na Sede já era intensa. Como se fosse um dia de jogo oficial do Timbu mesmo. Os gritos de N-Á-U-T-I-C-O eram ecoados e ouvidos de forma intensa. Camisas, bandeiras, faixas, instrumentos musicais, reencontro com amigos, parentes, colegas ou conhecidos da torcida… Novamente, a Sede voltava a ter aquela vida pulsante.

 

 


A entrada do público ocorreu pelo portão que fica ao lado da quadra poliesportiva, por dentro da Sede. A concentração massiva do público dava o tom de ansiedade e satisfação por estarmos de volta ao velho e querido Estádio dos Aflitos.


Durante o treino, muita festa e euforia dos presentes, num simples jogo treino, chamavam a atenção dos jogadores que estiveram naquela movimentação. E que não haviam vivido o clima do Caldeirão Alvirrubro fervendo em vermelho e branco. Mas eles tiveram um ideia de como é.


Enfim, aquele foi mais um dia marcante para ficar registrado na memória afetiva da Nação Timbu.


Saudações alvirrubras! 

 

 GALERIA CTN

 

Confira mais fotos daquele memorável 25 de agosto de 2018:

 

Fotos de José Gomes Neto/CTN