sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Náutico e o efeito revertério

Não ter vencido nos Aflitos gerou cobranças pesadas por parte da torcida timbu

NA BRONCA Torcida alvirrubra não gostou nada dos jogos do Náutico sem vitória nos Aflitos. Foto: José Gomes Neto/CTN



Vencer é bom e eu gosto. A temporada 2020 promete. Não apenas pela expectativa gerada por parte da torcida, após o acesso à Série B e o inédito título brasileiro conquistado pelo Náutico. Mas principalmente porque o time estreou em duas competições nos Aflitos, na mesma semana, e ficou em dois frustrantes empates.


Em especial na partida pela Copa do Nordeste. Depois de mais uma vez apresentar (?) um sofrível futebol, o Náutico deixou escapar preciosos dois pontos ao desperdiçar uma cobrança de pênalti no final do jogo ante o River-PI.




A pressão imposta pela torcida alvirrubra à diretoria, treinador e equipe é compreensível e pertinente. Afinal de contas, na hora de convocar os “titulares das arquibancadas” para se associar ao Clube e comparecer aos jogos, o pessoal acima citado fez muito bem os seus papéis. 


Agora, chegou a vez do retorno. Se proporcional ou não é outra questão. A diretoria executiva vem fazendo a sua parte e trazendo reforços de peso, dentro do possível, como o do atacante Kieza, que re-estreou sem deixar a sua marca, para frustração geral da Nação Timbu.


Vale ressaltar que existem atletas no elenco que significativa parte da torcida digeri a pulso, como o zagueiro Fernando Lombardi e o volante Josa, por exemplo. Aliás, nem vou aqui afirmar que parte da grande maioria, apesar das vaias contundentes e notórias ao defensor.

Com duas estreias em casa, o Náutico ainda não venceu em nenhuma competição nesta temporada. Foto: José Gomes Neto/CTN




O treinador Gilmar Dal Pozzo teve seus méritos quanto ao acesso e o próprio título nacional, em 2019. Mas a dinâmica do futebol não permite uma contemplação de sala de troféus. Os 180 minutos oficiais do Náutico em 2020 que o digam.


Alguns atletas precisam entender que cada jogo tem uma história própria. Falhar, errar e principalmente acertar são situações pertinentes ao jogo. E errar é humano, mas persistir é burrice. A repetição é necessária no futebol. Mas a que busca os acertos. 

Em duas partidas oficiais, o ataque do Náutico fez apenas dois gols, sendo um deles, contra. Foto: José Gomes Neto/CTN



Se quando há um mérito ele é de todos, então que nos equívocos, estes também sejam devidamente creditados. As falhas do atacante Salatiel não o descredenciam a fazer parte do grupo. Mas deixa o alerta ligado de que é preciso trabalhar mais em busca de corrigi-las.

Por conta dos resultados e rendimento da equipe, o técnico Gilmar Dal Pozzo começa a ser questionado pela torcida. Foto: José Gomes Neto/CTN



Da mesma forma o seu comandante direto. Questionado por parte significativa da torcida em redes sociais, e nas dependências dos Aflitos também, é preciso Gilmar Dal Pozzo refletir sobre os seus erros nas escalações e definições táticas dos jogadores.


Quanto à diretoria, “exagero” é não enxergar que a tabela das competições oficiais não espera por ninguém. Oportunidades desperdiçadas como a da Copa do Nordeste pode sim custar uma classificação à próxima fase da competição regional.


Ainda há tempo de recuperação. Mas também há tempo de cada um dos envolvidos refletir e trabalhar para corrigir os erros que limitaram a pontuação da equipe e a paciência da torcida.


Tenho dito.


Saudações alvirrubras!       

2 comentários:

  1. Se o Náutico não ganhar do Petrolina domingo, Dal Pozzo dança. A pressão vai ser enorme.

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