domingo, 3 de janeiro de 2021

Há 20 anos, Kuki chegava no Náutico para entrar na história do Clube

 

Terceiro maior goleador do Timbu, o ex-jogador e ídolo, Silvio Luiz Borba é auxiliar técnico



“Tenho muita gratidão ao clube que me projetou e feliz por cada dia que vivo ali dentro”, garante o hoje auxiliar técnico. Tudo teve início no dia 4 de janeiro de 2001. O então desconhecido Sílvio Luiz Borba da Silva, ou simplesmente Kuki, de baixa estatura, apesar de forte fisicamente, era apresentado nos Aflitos. Nascido no Ceará, ele viveu praticamente na Região Sul, de onde veio da segunda divisão do futebol catarinense, com 29 anos e 32 gols no currículo.


Motivo de chacota entre torcedores do Náutico, rivais e até mesmo da crônica esportiva, por conta do apelido, o ex-atacante entrou para a história do Náutico não apenas como o atleta que mais vezes vestiu a camisa do Clube (387 jogos), mas também por se tornar o terceiro maior artilheiro do Timbu, com 184 gols. 


O primeiro é Bita (da década de 1960, com 223 gols) e o segundo é Fernando Carvalheira (da década de 1930, com 185 gols).

 


 

Campeão pernambucano em três temporadas, na primeira em 2001 (quando evitou o Hexa do arquirrival), Kuki ainda foi o artilheiro, com 14 gols. Ergueu o troféu também em 2002 e 2004. Kuki também foi artilheiro de outras duas edições do estadual (2003 e 2005), além de artilheiro do Campeonato do Nordeste em 2001, com 12 gols.


Sobre curiosidades, Kuki foi jogar no futebol da Coreia do Sul, em 2002, e defendeu o rival Santa Cruz, na Série B de 2007, quando fez apenas seis gols. “Não lembro quantos jogos fiz”, confessa.


Há pouco mais de dois anos, ele teve o seu jogo de despedida que coincidiu com a volta do Náutico aos Aflitos. “É minha segunda casa”, definiu Kuki, referindo-se ao Estádio Eládio de Barros Carvalho, palco de grandes jogos, vitórias, títulos e gols, claro.




 

 

CONFIRA MAIS SOBRE KUKI NESTE BATE-BOLA COM A GENTE:

 


Central Timbu de Notícias (CTN): Nesta segunda-feira (4) faz 20 anos que você desembarcou no Recife? Relembra como foi a sensação e qual a tua expectativa?


 

Kuki: Eu estava chegando para uma nova jornada, nunca tinha saído do Sul e chegava como um desconhecido, sabia que teria que trabalhar muito, para dar sequência no que eu tinha feito no ano anterior.



CTN: Certo, o que havia sido feito no ano anterior? Aliás, como foi o convite/contato para vir ao Náutico?


Kuki: Fiz 32 gols numa competição. O convite foi através de um empresário que tinha uma fita com meus gols.



CTN: Sim, mas com quem ele conversou no clube, quem foi o dirigente?


Kuki: Não sei não. Até porque chegou o nome em Julio Espinosa (técnico do Náutico na época) e ele me viu jogar lá em Santa Catarina e aprovou.



CTN: Bom, e a estreia com a camisa do Náutico? Foi numa partida contra o Vitória, o Timbu ganhou de virada por 2 a 1, nos Aflitos.


Kuki: Teve um amistoso com a Cabense antes, nos Aflitos, e o Náutico ganhou por 3 a 1. Eu fiz um gol.



CTN: Fala do jogo da estreia?


Kuki: Ganhamos de 2 a 1 com um jogador a menos. Relato do jogo não tenho.



CTN: Mas, e sua expulsão? O então árbitro Wilson Souza foi muito rigoroso?


Kuki: Foi um erro que até hoje Wilson não admite. Deu cartão para o meu colega. E depois expulsou ele. Aí veio e deu vermelho direto pra mim, quando seria amarelo.



CTN: Por qual motivo? Comemoração do gol da vitória?


Kuki: Sim.



CTN: E depois vieram outras competições, como Campeonato do Nordeste, Copa do Brasil e o título do Pernambucano após 11 anos. O que mais te marcou?


Kuki: Pernambucano.



CTN: Uma curiosidade, Kuki: Você defendeu o rival Santa Cruz na Série B de 2007. Fez quantos jogos? E gols?



Kuki: Só lembro que foram 6 gols. Não sei quantos jogos fiz.




CTN: O jogo oficial de despedida demorou, mas aconteceu em 2018. E num momento especial para todo alvirrubro: com o retorno aos Aflitos. Qual a sua opinião?


Kuki: Foi muito bom, momento especial de rever companheiros que foram importantes na minha trajetória no clube, os jogadores mesmo falam até hoje do evento, dá saudade de rever o torcedor…



CTN: E a polêmica sobre a quantidade de gols com a camisa do Náutico, Kuki? Você é o terceiro maior goleador da história do clube. 


Kuki: Foram 184 gols. Não tem polêmica.



CTN: E hoje, passados 20 anos, qual o sentimento dessa relação com o Náutico?


Kuki: Tenho muita gratidão ao clube que me projetou e feliz por cada dia que vivo ali dentro. 

 


 

 


 Fotos: José Gomes Neto/CTN 

 

Saudações alvirrubras!

#CTN  





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