segunda-feira, 24 de maio de 2021

Campeão por mérito, Náutico ergue troféu nos Aflitos ante arquirrival

Timbu dobrou Leão nos pênaltis e conquistou seu lugar de protagonista em Pernambuco 

Momento histórico em que o Náutico voltou a erguer o troféu nos Aflitos. Foto: Olívia Leite/FPF


Enfim, o Náutico exorciza numa só conquista memorável, dois grandes fantasmas que atormentavam gerações de alvirrubros. Na linguagem popular do futebol “acabou o caô”. Ao vencer o Sport nas cobranças de pênaltis por 5 a 3, neste domingo (23), nos Aflitos, o Timbu voltou a erguer um troféu no Estádio Eládio de Barros Carvalho, dar uma volta olímpica e superar o arquirrival em decisões de Campeonatos Pernambucanos.

 


 


A última vez (agora penúltima) havia sido em 1968, justamente quando o Náutico conquistou o emblemático e inédito Hexa, até hoje não alcançada pelos principais adversários. Em 1974, por sinal, o Timbu impediu que o Santa Cruz, então penta, igualasse a marca. Foi quando surgiu o slogan: “Hexa é luxo”.

 


 


Melhor campanha: oito vitórias, três empates e apenas uma derrota em 12 jogos. Melhor ataque: 28 gols. Artilheiro e vices da competição: atacante Kieza, 10 gols; atacantes Erick e Vinícius, ambos com 5 gols cada. E ainda melhor aproveitamento nos jogos em casa, sendo seis vitórias e dois empates, em oito partidas, ou seja, terminou invicto. 

 

Atletas e membros da comissão técnica do Náutico no jogo final nos Aflitos. Foto: Tiago Caldas/CNC

 

 

Com isso, o Náutico emplacou uma sequência de invencibilidade nos Aflitos que vem desde a Série B do ano passado, mais precisamente desde 12 de outubro de 2020 que o Timbu não sabe o que é perder como mandante. Agora, são 17 jogos sem ser derrotado no Estádio Eládio de Barros Carvalho.

 


 


Fora das Copas do Nordeste e do Brasil, o Pernambucano era a única competição nestes primeiros cinco meses da temporada do Náutico. E o título coroou o bom desempenho da ofensiva equipe comandada pelo vibrante e exigente técnico Hélio dos Anjos. Com regularidade, intensidade, empenho, competitividade e comprometimento de todos que estiveram focados e presentes nesta histórica conquista. 

 

 

A festa da entrega da taça e das medalhas aos campeões estaduais. Foto: Olívia Leite/FPF


Agradeço e parabenizo a cada jogador, cada membro da comissão técnica, cada diretor, cada funcionário do Clube, seja da Sede, do CT Wilson Campos e da garagem de remo, cada conselheiro, cada sócio e cada torcedor em geral, de forma direta ou indireta, seja de maneira física ou virtual, tem sim a sua participação também neste momento histórico para a instituição, que completou no mês de abril 120 anos de fundação.


Parabéns a todas e todos pelo sangue, suor e lágrimas de alegria e emoção por mais um troféu conquistado pelo Clube Náutico Capibaribe, em pleno Estádio Eládio de Barros Carvalho.


Salve o campeão pernambucano 2021!!!

Saudações Alvirrubras!

#VermelhoeBranco23 #CTN 





CAMPANHA VITORIOSA DO NÁUTICO NO PERNAMBUCANO 2021


Fase de classificação

 

NÁUTICO 5 x 0 Central - Aflitos


Sete de Setembro 0 x 1 NÁUTICO - Luiz Lacerda - 7 de março


Salgueiro 2 x 3 NÁUTICO - Cornélio de Barros


NÁUTICO 4 x 1 Desportiva Vitória - Aflitos


NÁUTICO 3 x 1 Vera Cruz - Aflitos


Retrô 1 x 4 NÁUTICO - Arena de Pernambuco 


NÁUTICO 2 x 2 Afogados - Aflitos 


NÁUTICO 2 x 1 Santa Cruz - Aflitos 


Sport 3 x 0 NÁUTICO - Ilha do Retiro - 2 de maio 


 

Semifinal


NÁUTICO 2 x 1 Santa Cruz - Arena de Pernambuco - 8 de maio 


 

Finais:


Sport 1 x 1 NÁUTICO - Arena de Pernambuco - 16 de maio 

 

NÁUTICO 1 (5) x (3) 1 Sport - Aflitos - 23 de maio

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Sobre as voltas que o mundo dá…

Vinte e nove anos depois, o Náutico se vê na condição de apenas fazer valer o regulamento 

 


O ano era 1992. NÁUTICO e Sport também protagonizaram as finais daquele Pernambucano, assim como neste ano. O fator determinante, e que mudou o rumo dos acontecimentos, ocorreu após a vitória do Timbu na decisão do 2 turno: goleada por 4 a 1, no Arruda. Isso mesmo. 

O NÁUTICO não podia contar com os Aflitos, que encontrava-se sem condições para receber jogos oficiais. Naquele ano, houve um acordo verbal entre os presidentes dos clubes para que as duas partidas finais fossem realizadas no José do Rego Maciel.


Veio a primeira decisão, e nova vitória do NÁUTICO. Dessa vez por 1 a 0. Para surpresa geral de todos, o executivo do Sport rompeu o acordo e alegou que o regulamento dava o direito ao seu time de decidir na Ilha do Retiro. O problema foi o dirigente timbu confiar em palavra.


Lá na casa do adversário, por coincidência (ou não), o NÁUTICO teve um gol legítimo erradamente anulado pelo assistente José Pedro Souza. O árbitro Waldomiro Mathias havia validado o gol de Ocimar, marcado no segundo tempo da prorrogação. Ele chegou até a apontar para o centro.


O fato é que o NÁUTICO deixou de ser campeão dentro da Ilha do Retiro. Vinte e nove anos depois, eis que o mundo da bola (redondinho que é), apresenta um cenário semelhante. Com a distinta diferença: Não há acordo verbal firmado entre as partes.


Devido às intensas chuvas, a partida foi transferida da pela FPF para a Arena de Pernambuco. Porém, o segundo jogo, por força de critério do regulamento, pode (e no meu entendimento deve) ser realizado nos Aflitos. Agora só depende do NÁUTICO. 

 

#MemóriaCTN #RumoAoTítulo #NAT 

quinta-feira, 13 de maio de 2021

De olho no extracampo, Náutico reage antes que seja tarde demais

Diretoria alvirrubra está atenta aos detalhes que fizeram a diferença contra o Timbu


 

Parece que o Náutico enfim aprendeu a lidar com as artimanhas do extracampo praticado aqui em Pernambuco. A questão é histórica e recorrente. No caso dos árbitros sendo trocados de maneira a adequar uma situação de neutralidade transparece o verdadeiro absurdo que envolve o assunto.

 

Pressupõem-se que o árbitro seria um mediador do jogo, portanto, alguém que não tem compromisso com nenhuma das equipes em campo, mas apenas em aplicar as regras do futebol.

 

Na prática, infelizmente, não é isso o que acontece. O precedente foi aberto há muito. Para quem já esqueceu, ou mesmo não tem conhecimento, o Náutico já sofreu revezes inadmissíveis por parte do arquirrival. 


Vamos tentar elencar alguns mais agudos. Em 1988, numa final na Ilha do Retiro, o Náutico conseguia equilibrar a disputa até ter jogadores expulsos. Daí em diante o jogo descambou para uma goleada por 4 a 1. 


Já em 1992, novamente na Ilha do Retiro, o Náutico teve um gol legítimo erradamente anulado pelo assistente José Pedro Souza. O árbitro Waldomiro Mathias havia validado o gol de Ocimar, marcado no segundo tempo da prorrogação. 

 


 


Naquele ano houve mais um agravante. Havia sido feito um acordo verbal entre os presidentes dos dois clubes para que os dois jogos fossem no Arruda. O Náutico estava mandando os seus jogos no Arruda. 


Na decisão do segundo turno, o Sport jogava pelo empate para ser campeão sem precisar de uma final. Mas o Náutico o goleou por 4 a 1. No primeiro jogo da final, nova vitória do Timbu, dessa vez por 1 a 0.

 

Não satisfeito com as derrotas consecutivas, o Sport resolveu romper o acordo e alegou que o mando de campo era do Leão, de acordo com o regulamento da competição. 

 


 


Por sinal, esse é o detalhe mais parecido com o que pode acontecer neste ano. Devido às intensas chuvas, há uma forte possibilidade de o primeiro jogo da final ser realizado na Arena de Pernambuco. Mas o segundo, por força de critério do regulamento, pode (e no meu entendimento deve) ser realizado nos Aflitos.


Da última vez, como bem sabemos, em 2019, novamente o Náutico foi prejudicado. Tanto nos Aflitos, com um gol em escancarado impedimento, validado de maneira equivocada pela assistente, quanto na Ilha do Retiro, com um pênalti inventado pelo árbitro. Apesar da vitória de virada por 2 a 1, o Timbu perdeu o título nos pênaltis.

 


 


Não vou entrar nos detalhes sobre o que aconteceu em 1999, quando o Náutico fora garfado na decisão do terceiro turno na Ilha do Retiro (a final do Estadual foi entre Sport x Santa Cruz). Nem muito menos na final de 2010, quando, mais uma vez, e só pra variar, o Sport ganhou com gol impedido na Ilha do Retiro.