sexta-feira, 29 de abril de 2016

O retorno de Gallo reaviva fator mando de campo como aliado


O Caldeirão Alvirrubro ferveia com a presença maciça da torcida
Em meio à euforia pela chegada do técnico Alexandre Gallo, a torcida alvirrubra deve estar se perguntado: “Será que ele terá outra boa passagem pelo Náutico?”.


A questão é simples e direta. Em 2012, Gallo tinha um time que sabia tirar proveito dentro do Caldeirão Alvirrubro, o Estádio dos Aflitos. O nível de aproveitamento do Náutico na Série A daquele ano foi um dos melhores da competição, dentro de casa.


Praticamente imbatível nos seus domínios, o Náutico contava com a presença e a pressão da torcida como fatores de desequilíbrio a seu favor.


Então, além de time competitivo, o Timbu dispunha de mando de campo, de fato e de verdade. Jogar na Arena é atuar em campo neutro, pelo menos na minha opinião.


O índice de rejeição àquela praça de desportos por parte da nossa torcida é fato consumado. Aliás, a Arena Pernambuco deveria servir, inclusive, como equipamento multiuso, algo que não ocorre por lá.


Por ironia dos fatos, essa realidade fora vivenciada pelos Aflitos em 2014 e 2015, quando sediou jogos de rúgbi, futebol americano e beisebol, por exemplo.


Creio que é chegado o momento de levar adiante discussões como a volta aos Aflitos. A diretoria executiva não anda muito convicta sobre o assunto e até evita entrar em debates. Já o Conselho Deliberativo precisa ratificar que a casa do Náutico, de fato e de direito, é o monumental Eládio de Barros Carvalho.

Saudações alvirrubras!

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Perdidos nos Aflitos

O Náutico perdeu o título do Pernambucano 2016; o presidente do Clube perdeu sua pretensa unidade de grupo gestor; a diretoria de futebol perdeu sua pretensa credibilidade junto à torcida; a gestão perdeu o carimbo de profissionalismo que tanto tentou empregar e que lhe deu a eleição; o time perdeu seu gerente, Alexandre Faria, e seu técnico, Dal Pozzo, que está com a saída decidida, anunciada e postergada por mais dois jogos; e a torcida perdeu a paciência.

No Náutico, todos perderam muito nos dois últimos dias. Acabou a lua de mel.

A perda de título, por si só, é motivo para tantas perdas, tanta confusão? De jeito nenhum. Claro que a gente (alvirrubro) queria levantar o troféu de campeão de qualquer coisa, nem que fosse do Pernambucano, depois do longo jejum que atravessamos. Óbvio que queremos títulos; isso nem se discute. Há revolta da torcida sim, mas não suficiente para causar tsunami.

O furacão que fez estrago mesmo foram os erros da gestão que ficaram evidenciados. Acostumados a fazer pressão – e como fizeram nos dois últimos anos! – Marcos Freitas & Cia Ltda, pela primeira vez sentiu o peso da pressão do cargo. E olha que, ao contrário do que se viu na gestão de Glauber Vasconcelos, a atual gestão tem ampla simpatia da imprensa, tem um Conselho que está trabalhando como Conselho e não como opositor, tem muito mais dinheiro em caixa, tem menos passivo para arrancar-lhe o juízo. E o principal: só tem quatro meses de trabalho.

O hábito de agir nas sombras, vazando informações para a imprensa (verdadeiras e falsas) e fomentando intrigas dentro dos Aflitos e até no CT, causou o inesperado: Alexandre Faria pediu demissão e saiu atirando contra a diretoria de futebol. Diretoria esta, aliás, que se escondeu por trás de um funcionário (Alexandre) para gerir suas responsabilidades e se escondeu atrás de outro (Fabiano Eller, que sequer jogou a última partida) para falar sobre a derrota. Fraca, amadora e terceirizada diretoria de futebol.

Aí vem o presidente Marcos Freitas. Soube-se agora que ele estava afastado para tratar da saúde. Diante do fracasso na semifinal do Pernambucano, ele decide manter o técnico e vai contra a decisão da diretoria de futebol, que age “por fora” para forçar sua opinião. Resultado: ambos perderam, pois Gilmar ficou, mas não ficou. Ficou por pouco tempo e só mesmo o profissionalismo dele vai garantir algum empenho para que o Náutico consiga vencer o Salgueiro e ir para a Copa Nordeste, em 2017. Sinceramente, leitor: depois da queimação que Dal Pozzo sofreu, dá pra esperar dele tanto empenho quanto o que precisamos?


O estrago está feito. Fim da lua de mel, vamos começar a rotina de um casamento feito para durar dois anos. A gente agora conhece a noiva e já teve as primeiras decepções; a noiva também nos conheceu, e também se assustou com o que viu. Que sejamos felizes enquanto dure.

terça-feira, 26 de abril de 2016

“Você não vale nada, mas eu gosto de você”

A exigência da torcida do Náutico era de conquistar o título do Pernambucano deste ano. A fila de longos 12 anos incomoda, e muito, aos alvirrubros.   


Ainda sob o calor da eliminação e muitas pressões para mudar a diretoria de futebol, o presidente executivo do Náutico, Marcos Freitas, não se fez de rogado e afirmou numa entrevista a uma rádio local nesta terça-feira (26) que: “Se fosse para torcer para time que ganha título sempre, eu torceria para o Barcelona. Mas eu amo o Náutico!”


Se Marcos Freitas na primeira pressão da torcida diante de eliminações reage "entregando" o clube desse jeito, a gente fica pensando: Será que ele aguenta até o final da gestão? Porque o Náutico pode estar faminto por títulos, mas sempre sobra pressão - de todos os lados, presidente.


Pois bem, tal afirmação nos leva a parafrasear a letra de uma música da banda Calcinha Preta, “Você não vale nada”, ou seja, para o nosso presidente: “O Náutico não vale nada, mas eu gosto dele”.

Dá pra entender uma afirmação dessas!?

segunda-feira, 25 de abril de 2016

O Náutico sendo o velho Náutico… Com adicionais dispensáveis

Sou alvirrubro e detesto ter que concordar com piadas de torcidas rivais, mas o fato é que, mais uma vez, “nadamos, nadamos e morremos na praia”. Mas, se considerarmos do ponto de vista racional, listo alguns dos motivos que nos tiraram das finais do Pernambucano 2016:


1) A gestão passada não ganhou título nenhum (mesmo tendo ido às finais do Pernambucano em 2014, após o Náutico ter ficado ausente por três anos), mas deixou um time bem razoável montado (5º lugar na Série B 2015), além de uma situação financeira bem melhor para ser administrada. Ao invés de investir e reforçar o time, a atual gestão preferiu montar uma nova equipe, desqualificando a anterior. A falta de entrosamento do novo time  cobrou a fatura. A disputa pelo título vazou por entre nossos dedos sem nenhuma necessidade. E o que é igualmente intrigante: Após a derrota na Arena, cadê o presidente Executivo para falar com a torcida? E a diretoria de futebol? O zagueiro Fabiano Eller (que nem esteve em campo) e o técnico Dal Pozzo foram à coletiva dar a cara a tapa. São eles os representantes oficiais do Náutico neste momento?


2) Faltou competência para encontrar um atacante que decidisse jogo. Dinheiro para contratar um bom atacante existe - primeiro porque há mais dinheiro em caixa, fruto de renegociações de cotas de competições e patrocínios; depois, porque a diretoria anda alardeando que reduziu em 40% o valor da folha salarial do futebol (divulguem esses números em respeito à torcida, por favor!). Depois, com mais dinheiro, e menos dívida, houve um time montado de herança… Só não temos um atacante agora por falta de competência, pelo jeito.


3) Qual a razão de tantas novas contratações? Foram 12 novos jogadores nesta temporada, até aqui. Nenhum deles é o atacante que tanto precisamos, se quisessem ganhar algum título. Mais valia se tivessem mantido o time do ano passado (com a dispensa de alguns jogadores) e focado na contratação das peças que faltavam, e que continuam a faltar.


4) A contratação de Alexandre Faria é algo que o torcedor de bom senso não engole. São R$ 40 mil mensais para gerenciar uma equipe de futebol que não tem esse dinheiro para investir em um gerente. E a diretoria de futebol, o que faz, se toda a gerência está nas mãos de um funcionário? Com esse fracasso no Pernambucano, nós, torcedores, devemos reclamar da diretoria ou devemos demitir esse gerente? A resposta: Devemos cobrar da diretoria de futebol! É ela quem precisa ter o comando da equipe, quem é responsável pelo que se apresenta em campo.


5) Houve ou não proteção aos contratados de Alexandre Faria (os atacantes Rony e Thiago Santana, além do meia Renan Oliveira) para justificar os R$ 40 mil mensais de salário? A minha impressão é de que houve, sim. E o benefício a esses atletas prejudicou o Náutico. Acredito nisso.


6) Usar a Fanáutico para fazer pressão sobre os jogadores não foi nada legal nem inteligente. Pressão é função da presidência executiva, diretoria de futebol e da gerência de futebol. Jogar a torcida no peito dos jogadores na véspera da decisão foi uma atitude covarde e irresponsável.


7) O zagueiro Fabiano Eller tá com moral demais no time, e futebol de menos. A única justificativa para essa “moral” toda de Eller é o discurso de porta-voz da gestão. O defensor alvirrubro tem aparecido em fotos nos bares - o que não seria nada demais -, desde que ele apresentasse o mesmo rendimento em campo. O problema é que o rendimento em campo está em declínio, pois a idade pesa. Mais responsabilidade de Eller é o que precisamos.

8) Foi baixa a qualidade de substituições da equipe. Bergson não tem substituto.

9) Outro problema sério foi a ilusão de que o time estava bem. Não estava. O Náutico só jogou bem no início da temporada, quando teve sua única vitória em clássico.

10) A condição física dos jogadores está visivelmente ruim, abaixo do necessário para uma equipe campeã. Apesar de fazer apenas um campeonato, o time a partir dos 20 minutos do segundo tempo foi engolido nos clássicos.


Tenho dito.
Saudações alvirrubras!   

sábado, 23 de abril de 2016

Na corda bamba

O técnico Gilmar Dal Pozzo chegou ao Náutico em 2015 com a missão de colocar o Timbu na Série A, em 2016. Chegou perto, mas não conseguiu o seu objetivo.


Agora, o treinador alvirrubro pode fazer a sua última partida à frente do comando técnico do Náutico. Caso não leve a equipe às finais do Pernambucano 2016, ele estará fora do Clube.


Uma vaga do Náutico na decisão significaria a classificação antecipada para a Copa do Nordeste em 2017 (se perder irá decidir a sorte pelo terceiro lugar), além da Copa do Brasil do próximo ano (sem precisar do ranking nacional).


Após uma excelente campanha no Hexagonal do Título, quando levou o Náutico a conquistar o topo da tabela, Dal Pozzo cometeu erros que eliminaram o Timbu da Copa do Brasil deste ano, ainda na primeira fase.


A decisão deste domingo valerá sua permanência no cargo de treinador do Náutico.


(*) Confira o retrospecto de aproveitamento do técnico Gilmar Dal Pozzo à frente do Náutico:


Campeonato Pernambucano
11 jogos
7 vitórias
2 empates
2 derrotas
Aproveitamento: 69,7%


Geral
27 jogos
15 vitórias
7 empates
5 derrotas
Aproveitamento: 64,2%

(*) Fonte: Assessoria de imprensa do Náutico

sexta-feira, 22 de abril de 2016

A hora da virada

Reverter a vantagem do rival é algo plenamente possível. A questão passa pela postura do time. A atitude que os jogadores devem tomar, seria até melhor do que falar algo, em termos de promessas ao torcedor alvirrubro.


O que se espera de uma equipe que terminou a fase de classificação em primeiro lugar, com melhor campanha, é apenas isso: competitividade e vontade.


O próprio Náutico é exemplo positivo, quando venceu o Santa Cruz por 3 a 0, na decisão de 2004, em pleno Arruda. Teria que ganhar por dois gols de diferença para levantar o título, nosso último.


À luta, Náutico!

quinta-feira, 21 de abril de 2016

O peso de uma derrota além do factual


O desdobramento dessa derrota para o Náutico ganha vulto muito maior para o torcedor alvirrubro. Além dos 12 anos sem conquistas, está em jogo todo um planejamento feito pela diretoria de futebol para este semestre. Sem falar de uma vaga para a Copa do Nordeste em 2017.

A precoce eliminação da equipe na Copa do Brasil, e o consequente hiato entre as partidas, acarretou numa expectativa de todos os alvirrubros centrada no Pernambucano. A falta de vontade e de atitude dos jogadores, aliada ao equívoco tático do treinador Gilmar Dal Pozzo, frustrou a vibrante torcida timbu presente ao Arruda.

O setor que havia sido vazado apenas quatro vezes, em 10 jogos, sofreu três em apenas 90 minutos. O que houve com o experiente Fabiano Eller?

E o ataque? Havia balançado as redes por 18 vezes, mas esteve discreto, improdutivo e inerte na semifinal.

Seria mesmo necessário contratar um profissional a R$ 40 mil mensais para gerir o futebol alvirrubro? Vale salientar que em 2015, esta função era exercida a custo zero para o Clube.

Com a possibilidade iminente de ficar de fora também do Estadual, o que será do futebol do Náutico em 2016? Existe um plano B?