quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Em ritmo de maratona, Náutico estreia na Copa do Brasil

Esta será a 8ª partida oficial do Timbu, em 23 dias



Assim como numa maratona olímpica, o Náutico tem que correr muito mais do que jogar, nesse início de temporada.Foto: Internet
A situação do futebol profissional do Náutico está mais para a maratona. Aliás, a ultramaratona. Quem já ouviu falar nesta modalidade sabe muito bem como é o tranco.


As distâncias percorridas vão muito além dos tradicionais 42 quilômetros da maratona olímpica. Chegam a 60, 70, 80, 90 ou até mesmo 100 quilômetros, cada prova. E haja preparação física por parte do ultramaratonista!


Pois bem, se levarmos em conta que o time está em formação, que foram contratados 20 jogadores para a temporada 2018, mas que, num período de apenas 20 dias, o Timbu teve que cumprir o calendário de sete partidas oficiais, pouca gente acredita.


Foram duas competições até aqui. A primeira foi a Copa do Nordeste. No dia 8, quando o Náutico estreou lá no interior de Sergipe, contra o Itabaiana.


Depois, no dia 13, recebeu a equipe sergipana em São Lourenço da Mata, na partida que valeu R$ 500 mil e a classificação para a fase de grupos da competição regional.


Dessa vez, o jogo é único e vale R$ 600 mil para quem passar à próxima fase da Copa do Brasil 2018. O Náutico está em São Luís, onde enfrentará o Cordino-MA, no Castelão, às 20h30 desta quarta-feira (31). 

A melhor campanha do Náutico foi em 1990, quando o Timbu ficou na 3ª colocação da Copa do Brasil

Está será a 23ª participação do Timbu na Copa do Brasil: 1989, 1990, 1992, 1993, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017. 

Ao todo, foram realizadas 29 edições, sendo a de 2018 a 30ª da Copa do Brasil.


Quem passar, pegará o vencedor do confronto entre Fluminense-BA x Santa Cruz. Isso na 2ª fase da competição nacional.



MARATONA INGRATA


E a estreia na Copa do Nordeste foi justamente quatro dias depois, dia 17. Novamente em São Lourenço da Mata, o Náutico empata por 2 a 2 diante do Altos-PI. 

Os efeitos de jogos consecutivos com intervalos de menos de 66 horas entre as partidas - de acordo com a legislação desportiva, que protege clubes e atletas -, logo começaram a aparecer.

Saiba mais sobre a legislação:
https://www.conjur.com.br/2017-jun-28/cbf-atletas-fecham-acordo-66-intervalo-entre-partidas 

Lamentações à parte, com dois dias depois, dia 19, o Timbu estreava no Pernambucano 2018. No mesmo local. Vitória suada ante o América, por 3 a 2.


No domingo, 21, foi a vez do Náutico jogar fora da Região Metropolitana do Recife. O destino foi Caruaru, no Agreste. O impacto veio traduzido em forma do resultado, amplamente negativo: goleada por 3 a 0 para o Central.


Como se fosse um desafio ainda maior, a recuperação teria que vir no Clássico dos Clássicos. Agora, três dias depois, dia 24. Isso numa quarta-feira chuvosa, à noite, final de mês e com transmissão ao vivo pela tevê aberta. Prejuízo financeiro certo!


A adaptação às circunstâncias teve como resultado a goleada no arquirrival por 3 a 0, numa partida em que o Timbu esperou o momento certo para dar o bote no Leão, com fome e sede de gols.  


Enfim, um intervalo digno. Ufa! Quatro dias após, novamente o Náutico teve que entrar em campo. Por coincidência do regulamento esdrúxulo, o mandante virou visitante em São Lourenço da Mata. Dificuldades e empate por 1 a 1 contra o Vitória.


Apesar da liderança do Pernambucano, e de um jogo com empate na Copa do Nordeste, o Náutico segue tendo que enfrentar o maior adversário neste primeiro mês da temporada 2018: o calendário.



ENQUANTO ISSO, EM SÃO LUÍS...


O técnico Roberto Fernandes comandou um treinamento na tarde desta terça-feira (3), em São Luís-MA. Foto: Léo Lemos/CNC
A delegação alvirrubra embarcou na manhã desta terça-feira (30) para São Luís. Estão presentes, inclusive, os profissionais da assessoria de imprensa do futebol timbu.


Valorização mais do que correta por parte da diretoria executiva do Clube, que contempla aos próprios profissionais do setor, além de sócios e torcedores do Náutico, e até mesmo imprensa esportiva em geral, que também tem o seu trabalho valorizado.


Sobre o adversário, o vice-campeão maranhense foi praticamente desmontado, em relação a 2017. Neste ano, diferente do NÁUTICO, a equipe disputou apenas quatro partidas oficiais e não venceu nenhuma.

Esta será a primeira participação do Cordino na Copa do Brasil.


Foram duas pelas eliminatórias da Copa do Nordeste ante o Treze-PB, quando empatou a primeira no Maranhão por 1 a 1 (4 de janeiro) e perdeu a segunda em Campina Grande, por 1 a 0 (11 de janeiro).


As outras duas partidas já foram pelo Campeonato Maranhense, quando também empatou e perdeu. O Cordino está na 6ª posição no campeonato local, onde há oito clubes na disputa.


Saiba mais sobre a Copa do Brasil 2018:

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Um embaixador do Náutico na Rússia


Odomiro Fonseca Filho levou as cores do Timbu para o país sede da Copa do Mundo de 2018


Na Praça Vermelha, em Moscou, Dodô exibe o manto sagrado. Nem o frio de 31 graus negativos tirou o seu ânimo. Fotos: Cortesia/Arquivo pessoal

Imagine o nome do Náutico reverberado do outro lado do planeta. Isso mesmo. Para ser mais exato, na terra onde será realizada a Copa do Mundo deste ano, a Rússia. O embaixador sem cargo do Clube chama-se Odomiro Barreiro Fonseca Filho.


Nascido no Recife, Dodô (apelido de infância) tem 36 anos e é formado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mestre em Letras, também pela UFPE, Odomiro Fonseca aproveitou a oportunidade de morar em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e em outras duas cidades russas: Cazã e Naberejnye Tchelny, que ficam na Eurásia, para divulgar o Náutico. A Rússia é um país que se localiza entre dois continentes: Europa e Ásia.

Isso para concluir o doutorado em Letras (com habilitação em língua russa, pela Universidade de São Paulo/USP). Como consequência, ele exerce as profissões de professor, pesquisador e tradutor.

“Foram momentos marcantes na minha vida pessoal, profissional e estudantil. Convivi com uma cultura totalmente diferente da nossa. Mas tive a chance de aprender com a deles e retribuir com a nossa. E o Náutico fez parte disso também”, destaca Dodô.



Dodô em visita à sede do Rubin Cazã, em dia de destaque para o estudante brasileiro


Assista ao vídeo da apresentação dos jogadores do Rubin Cazã, em que Dodô foi notícia:



Leia a matéria sobre Dodô, na Gazeta Russa:
https://br.rbth.com/esporte/2014/08/31/de_estudante_de_letras_a_superstar_do_futebol_27159




Da relação com o Náutico


Sua ligação com o Clube Náutico Capibaribe começa com uma virada de casaca. Aliás, duas. Antes de se considerar como legítimo torcedor do Náutico, ele chegou a gostar do Sport e do Palmeiras. “Mas nunca tive camisa nem bandeira do Sport, graças a Deus!”, comemora.


“Por muito tempo escondi que não era torcedor do Náutico. Meu pai é Náutico e sempre foi democrático. Mas sempre acompanha os jogos pelo rádio de pilha. Já um tio materno era Sport. Na década de 1980, por influência dele, meu tio saía nas casas dos primos para levá-los aos jogos na Ilha do Retiro. Lá, ele comprava picolé, pipoca, essas coisas que criança geralmente adora. Dos netos do meu avô materno, Emílio Lima, só eu me tornei torcedor do Náutico”, conta Dodô, com orgulho.


E provoca: “Agora, com certeza, ano passado, mesmo com campanhas sofríveis do Náutico, fui a mais jogos do Timbu do que os meus primos rubro-negros foram a jogos do Sport.”



DNA Alvirrubro


Com o pai, seu Odomiro Fonseca, 84 anos, Dodô herdou o amor pelo Clube Náutico Capibaribe

Em 1990, Odomiro desistiu do Sport e passou a torcer pelo Palmeiras. “O time palmeirense venceu os rubro-negros por 1 a 0, na Ilha do Retiro. Foi antes da chegada da Parmalat. Foi então que passei a me identificar com o Palmeiras”.

Mas a virada de casaca definitiva para o Náutico ocorreu devido a um incidente com o seu pai, Odomiro Berreiro Fonseca, hoje com 84 anos. “Já tinha ido a jogos do Náutico antes, mas não torcia. Inclusive fora do Recife. O ponto de referência foi o problema de saúde do meu pai”, conta.


“Em 1995, eu tinha 14 anos. Na noite de São João, painho teve um infarto. Então, ele teve que passar um mês no hospital. A recomendação médica era de evitar emoções fortes. Assim, ele teve que deixar o Náutico de lado. Mas foi justamente a partir daí que passei a torcer pelo Náutico. Pois ele não deixava de acompanhar o Timbu pelo rádio. Me senti na obrigação de herdar o bastão e torcer pelo Náutico”, revela Dodô.


Dodô lembra também um amigo alvirrubro. Sempre que podia, ia com a família dele e o levava para acompanhar o Náutico. “Diogo Freire ia aos jogos do Náutico, nos Aflitos ou em outros estádios, sempre que podia. Ainda hoje ele continua a ir”.


Primeira vez nos Aflitos


A primeira camisa do Náutico veio como presente, em 1996. “Estudava na 8ª série quando ganhei uma camisa da Fanáutico. Foi numa partida entre Náutico x Moto Clube, nos Aflitos, o meu primeiro jogo como torcedor alvirrubro. E nós ganhamos!”.


“Era para eu ter mais de 100 camisas oficiais do Náutico. Isso porque eu sempre presenteei os meus alunos que diziam ser torcedores do Náutico, ao longo dos anos. Hoje tenho 17.”
Aqui não é camisa, mas a bandeira oficial do Náutico que serve como referência aos alunos russos do professor Odomiro

Diferente de hoje em dia, ir aos jogos no Recife não era motivo de apreensão e angústia para as famílias.




“Quando comecei a frequentar o estádio dos Aflitos, quem me levava era a minha mãe. Naquela época não havia essa violência de hoje em dia. Íamos aos sábados para a Sede, picar papel, organizar as faixas e bandeiras para os jogos, que eram aos domingos. Meu apelido na Fanáutico era ‘How are you’. Isso foi fruto de uma brincadeira. O pessoal tentava falar em inglês, mas não era lá essas coisas…", lembra.


Ele conta que foi diretor de relações públicas da Fanáutico. "Firmei o nosso convênio com a Comando Vermelho, do CRB, em Maceió. Fiquei na Fanáutico até 1998. Depois, na vida adulta, sempre que podia, acompanhava o Náutico”, conta Dodô.



Confrarias do Náutico:

Em São Paulo, Odomiro se tornou membro da Confraria Timbu da Garoa, em 2012. Aqui ele está no Estádio do Pacaembu


Odomiro conta que em São Paulo viveu momentos marcantes como membro da Confraria Timbu da Garoa. “Quando morei em São Paulo me tornei membro da Confraria Timbu da Garoa. Cheguei a fazer a faixa e a pintei à mão, em 2012”, conta.


Naquela temporada, o Náutico era quase imbatível nos Aflitos, durante o Campeonato Brasileiro da Série A. “Quase todos os times de São Paulo apanharam do Náutico nos Aflitos. Era muito bom reunir o pessoal e torcer juntos, vendo os jogos pela televisão”, relembra.


Já no Rio de Janeiro, em 2014, Dodô inovou e fundou a Confraria Timbu Carioca. “Lá no Rio fui fundador da nossa confraria. A diferença em relação a São Paulo é que no Rio era difícil reunir o pessoal, por causa do transporte coletivo. Conseguíamos reunir 14 pessoas por jogo, no máximo, para acompanhar os jogos do Náutico”.
No Rio, foi fundador da Confraria Timbu Carioca. Com demais alvirrubros lá radicados para assistir ao jogo do Náutico





Volta aos Aflitos
Voltar a jogar nos Aflitos será o ponto de retorno da identidade do Náutico, segundo Dodô



Na opinião de Odomiro Fonseca, tão importante quanto o mando de campo é o fator cultural. Segundo Dodô, com o Náutico jogando na Arena de Pernambuco, a cidade não vê o Timbu. O Capibaribe, que faz alusão ao rio da cidade, é o próprio nome do Clube, diz ele.


“O Náutico quando jogava nos Aflitos, a cidade via a coletividade. A torcida se fazia presente na cidade. Agora, não ouvimos mais buzinas, não vemos mais camisas como antes. A própria mobilização da torcida é diferente. Sinto muito a questão da invisibilidade cultural. Acho que isso será o mais importante na volta aos Aflitos”, defende.



Mensagem à torcida do Náutico


Não perder a esperança em dias melhores. Eis o recado de Dodô para a torcida do Náutico.


“Os próximos cinco anos serão de provação. O Náutico tem que ter muita responsabilidade administrativa. Deixar de passar vergonha na imprensa. Não pagar aos jogadores, isso tem que acabar. Depois, mesclar a base com jogadores mais experientes e fazer um time forte, competitivo. Temos que saber cobrar”, aponta.


Por fim, Odomiro acredita que a paciência será a melhor virtude para o torcedor timbu.


“O Pernambucano desse ano acho que infelizmente o Náutico só vai participar. Hora da gente mostrar a nossa fibra para colher resultados à frente. Nos próximos dois anos, não vejo a gente ganhando títulos importantes. Mas o acesso à Série B será fundamental. Enfim, voltar a jogar nos Aflitos e ter uma base consolidada serão questões importantes”, conclui.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Contra tudo e contra todos!


Literalmente jogando juntos, torcedores e time do Náutico superam adversidades e vencem seus respectivos desafios

Uma desventura que terminou com desfecho favorável ao Náutico. Como todos já sabemos, ir e voltar da Arena de Pernambuco é tarefa das mais ingratas e desestimulantes. As dificuldades impostas pela administração do local é gritante, escandalosa, revoltante.


O desrespeito beira à indigência. Não é possível o Náutico continuar a submeter sua torcida às humilhações e provações que fazem do indivíduo um rato de laboratório. Com todos os requintes de perversidade possível.

Mais do que nunca, chegou o momento de centrarmos forças nas obras de reforma e retorno aos Aflitos. Na semana passada estive na Sede, quando tive a oportunidade de conversar diretamente com pessoas responsáveis pelos setores de arquitetura e da Comissão Paritária que trata desse assunto.

Tomei conhecimento de que estão sendo articuladas ações que vão alavancar de uma vez por todas a nossa volta ao Estádio Eládio de Barros Carvalho. E será mesmo em abril. Não há uma data certa, mas o mês está definido.

FELIZ 2018, NÁUTICO!

Bom, registro feito a respeito do tema "Arena nunca mais!", vamos abordar o que mais nos interessa: a primeira conquista do Náutico na temporada. Sim, o calendário também é um dos grandes obstáculos ao futebol timbu.

E a vaga na fase de grupo da Copa do Nordeste 2018 era primordial aos interesses do Clube. E ela veio com muito suor e sacrifício, como manda a tradição alvirrubra. Se não for difícil, então não é Náutico!

Novo empate nos 90 minutos e a decisão nas cobranças de tiros livres diretos da marca do pênalti. Emoção, tensão, desespero e alívio após a confirmação do resultado favorável ao Timbu: 5 a 4.

O time apresenta muitas falhas e limitações. Por exemplo, não marcou nenhum gol até agora, em dois jogos oficiais, sendo um fora e outro dentro de Pernambuco.

Porém, não se faz futebol sem o devido entrosamento entre os jogadores, ou seja, não há grande jogo. Depois, claro, sem tempo de treino necessário para formar uma nova equipe, não há um time apto.

Obviedades à parte, no pouco tempo de que dispôs, o treinador Roberto Fernandes teve a capacidade de contornar a drástica realidade financeira da instituição e de qualidade técnica do grupo para atingir o primeiro grande objetivo da temporada: conquistar uma vaga na fase de grupo da Copa do Nordeste.    

Os alentos econômico e psicológico são aspectos que vão proporcionar alicerces necessários ao trabalho do técnico alvirrubro, ao longo deste primeiro semestre. Agora, é mirar no novo desafio: lutar pela classificação à próxima fase da competição regional.

E o próximo passo já está definido: nesta quarta-feira (17), estreia no grupo C da Copa do Nordeste, ante o Altos-PI, em São Lourenço da Mata, às 19h.

Avante NÁUTICO!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

União e respeito pelos poderes do Clube, eis a receita para a estabilidade

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo Gustavo Ventura, o caminho do resgate do Náutico pede essas premissas


Gustavo Ventura acredita que a harmonia entre os poderes é o caminho para a estabilidade do Náutico. Foto: José Gomes Neto/CTN

No seu discurso durante a cerimônia de posse da nova Diretoria Executiva do Náutico, na noite desta quarta-feira (3), no Memorial Alvirrubro, o presidente do Conselho Deliberativo Gustavo Ventura foi enfático ao apontar os caminhos para o resgate da instituição.


“Só a união dos verdadeiros alvirrubros, ou seja, aqueles que querem o bem da instituição, e não o bem em nome próprio, vai permitir que esse clube volte a ser o que sempre foi. Hoje, há 50 anos, nós estávamos carimbando a nossa participação na Taça Libertadores da América. E hoje nós estamos num momento mais difícil. Então, por que não voltarmos a este momento mais feliz? Depende de nós, do nosso trabalho, do sentimento que, quem está aqui dentro, não tem que usar o ‘eu’ em primeiro lugar, mas o ‘nós’, a instituição. Quem trabalha neste clube tem que defender os interesses do clube. Se for pensar de outra forma, é melhor não estar aqui”.


Gustavo Ventura também ressaltou a importância do contexto democrático no qual está inserido o Clube. 

“A satisfação que nós temos aqui em dar posse aos novos presidente e vice executivos, eleitos pela vontade dos associados, mostra que a democracia no Clube Náutico Capibaribe está mais viva do que nunca”.  


Durante a sua explanação, o presidente do Conselho Deliberativo contou que leu com mais atenção o estatuto e o regimento interno do Clube. 

“Lendo o estatuto e o regimento interno, antes da posse, ética, caráter, disciplina, trabalho… é isso que tem que nortear as ações de todo mundo aqui nesta casa. Do funcionário mais humilde ao presidente do executivo, trabalhar com ética, trabalhar com seriedade, trabalhar com responsabilidade eficiente e trabalhar com  alegria, porque ninguém está aqui obrigado”.


E completou: “Quando a gente verifica o passado recente, identificamos os momentos de maior acirramento. Penso eu que isso ficou para trás. E que eu espero que todos nós, caso tenhamos, que quebremos o retrovisor, onde a divisão imperou. Nós temos que trabalhar para a união que fortaleça essa instituição”.


Como forma de coibir a constante fogueira de vaidades que insiste em atrapalhar os planos de soerguimento do Náutico, Gustavo Ventura acredita que o alinhamento entre os poderes proporcione a estabilidade tão esperada por sócios e torcedores.

"Espero que a gente tenha sempre uma harmonia institucional aqui no Náutico". Foto: José Gomes Neto/CTN


“Nesse momento, quero reafirmar que essa reestruturação que o clube está a passar, e nessa parceria efetiva entre o Conselho Deliberativo e a Diretoria Executiva, nós bem entendemos que esse passado recente que não haver uma harmonia entre os poderes gera instabilidade. Espero que isso nunca mais ocorra aqui. Espero que a gente tenha sempre uma harmonia institucional, cada um respeitando as suas atribuições e permitindo que cada um dos poderes exerçam a sua atribuição de maneira plena. Seja o Conselho Fiscal, seja a vice-presidência do Centro de Treinamento, o Conselho Deliberativo, seja especialmente a Diretoria Executiva. Essa harmonia entre os poderes é que vai permitir a estabilização definitiva do Clube e seu avanço. Estou seguro disso”.

Para executar a ação, ninguém melhor do que os alvirrubros e alvirrubras para protagonizarem esse processo.


“Eu gostaria que os senhores fossem agentes dessa mudança. Hoje nesse mundo hiper complexo, onde um aparelho celular permite que uma pessoa desfira uma crítica, ou lance uma flexa de uma crítica muito ácida, muitas vezes, não se sabe o mal essa crítica pode fazer na família da pessoa atingida, na própria pessoa atingida e na própria instituição. Eu sugiro aos senhores que, a crítica que for ser feita, seja feita no modo pessoal. Se busque a pessoa: ‘presidente, eu poderia fazer isso ou aquilo?’. Eu acho que a gente poderia caminhar melhor. E respeitar a figura do Edno e a figura do Diógenes”, propôs Ventura.


Por fim, Gustavo Ventura sugeriu a união entre a juventude e a experîncia para um resultado amplamente satisfatório ao Náutico.


“Então eu espero que as novas e as antigas gerações do Clube Náutico Capibaribe possam trabalhar em conjunto. Hoje estou vendo aqui pessoas de todas as gerações. Vamos trabalhar juntos pelo Clube, juntos por uma instituição mais forte, e o papel do CD é efetivamente esse. Contribuir para que essa estabilidade nos leve a mares tranquilos, e que a nossa Nau chegue exatamente onde queremos: a títulos, a conquistas, um clube saneado, melhor administrado. Edno e Diógenes: contem conosco, contem com essas pessoas que estão aqui, contem com mais de um milhão de torcedores, e eu espero que esse torcedores se associem cada vez mais e também que, em abril, a gente possa voltar a jogar no Estádio Eládio de Barros Carvalho, que é o sonho de todos nós. Muito obrigado!”. concluiu.  

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Alvirrubros prestigiam posse da nova Diretoria Executiva do Náutico

Edno Melo e Diógenes Braga se disseram prontos para o desafio de resgatar o Náutico, junto com os alvirrurbos. Foto: José Gomes Neto/CTN


A expectativa da nação Timbu em relação a nova gestão do Náutico é a melhor possível. A se tomar como referência a presença relevante de alvirrubros na cerimônia de posse dos agora presidente e vice executivos do Clube Náutico Capibaribe, Edno Melo e Diógenes Braga, respectivamente, na noite desta quarta-feira (3), no Memorial Alvirrubro, na Sede, os desafios na instituição para o biênio 2018-2019 prometem ser encarados em conjunto.


Bastante concorrida e prestigiada, a cerimônia serviu como termômetro para balizar o ímpeto em resgatar o Náutico sob todos os aspectos. Desde a questão administrativo-financeira, política, estrutural, passando pelo patrimônio e desportos em geral. Com destaque para o carro chefe: o futebol timbu.   


A comunidade alvirrubra fez questão de se fazer presente na posse dos novos executivos timbus. Foto: José Gomes Neto/CTN


O simbolismo da presença significativa de torcedores, sócios, colaboradores sem pasta, conselheiros, ex-conselheiros, diretores, ex-diretores, ex-presidentes do Clube, reforça o interesse em um despertar para um trabalho em conjunto, onde todos são necessários e o Náutico é o único protagonista.


Alvirrubros de todas as gerações se fizeram presentes para prestigiar, apoiar e contribuir com o resgate do Náutico. Foto: José Gomes Neto/CTN 

Entusiasmado e pronto para encarar os desafios referentes ao cargo, o presidente executivo Edno Melo destacou em seu discurso de posse o retorno aos Aflitos como principal meta da gestão.


“O maior patrimônio do Náutico é a torcida e o maior patrimônio da torcida é a nossa casa, o Estádio Eládio de Barros Carvalho. A dificuldade é grande, mas o Náutico é muito maior”, garantiu o executivo.


Na mesma linha, o vice-presidente executivo Diógenes Braga também citou o retorno aos Aflitos como objetivo maior. “Eu vim da arquibancada e vou voltar para ela. Mas, para voltar, tenho consciência de que preciso continuar tendo amor por esse clube. Com muita responsabilidade. Me considero um representante da arquibancada. Esse é o meu sentimento. Quando voltar, será nos Aflitos, na nossa casa, de onde nunca deveríamos ter saído”, afirmou. Diógenes ainda acumula o cargo de vice-presidente de Futebol do Timbu.     


Compuseram a mesa, o presidente e vice do Conselho Deliberativo, Gustavo Ventura e Ivan Pinto da Rocha; o grande benemérito Ricardo Breno Rodrigues (Cacá), e ainda o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho.