quarta-feira, 29 de julho de 2020

Clássico das Emoções além dos 90 minutos

Além de vaga nas finais do Pernambucano, Timbu ainda mira a Copa do Nordeste 2021

RIVALIDADE O Clássico das Emoções acontece há mais de 103 anos, ou seja, nunca será apenas mais um jogo. Foto: José Gomes Neto/CTN



Não é apenas uma vaga nas finais do Pernambucano 2020. Quando o Náutico estiver em campo para enfrentar o Santa Cruz na Arena de Pernambuco, às 21h30 desta quarta-feira (29), estará em jogo uma centenária rivalidade.


Para o NÁUTICO, a continuidade na competição local implica na busca de uma vaga na Copa do Nordeste do próximo ano. Como? Por intermédio do título.


Por isso, o jogo se torna pra lá de especial às pretensões do Timbu nesta e na próxima temporada.


Entre oscilações nas apresentações do time, teimosia do técnico Gilmar Dal Pozzo nas escalações, e a recente eliminação no regional, a obrigação da classificação se torna crucial aos planos do Clube dos Aflitos.


Mas a experiência mostra que o futebol se decide dentro das quatro linhas. E o clássico já é instigante muito mesmo antes do pontapé inicial.



COM O TIMBU ATRAVESSADO NA GARGANTA  Na Série C 2019, o Náutico despachou o rival nos Aflitos: 3 a 1. Foto: José Gomes Neto/CTN




RIVALIDADE CENTENÁRIA


São 103 anos do clássico confronto entre rivais centenários, mais de 500 jogos em competições como Estadual, Nordestão, Brasileiros das Séries A, B e C e um recente e inédito duelo na Copa do Brasil 2019 (a competição nacional teve início em 1989).


O primeiro Clássico das Emoções aconteceu em 29 de junho de 1917 (Santa Cruz 3 x 0 Náutico, num torneio amistoso) . O mais recente, na primeira fase do Pernambucano deste ano, no Arruda: Santa Cruz 2 x 0 Náutico).


Porém, a alcunha Clássico das Emoções teve o seu batismo em 1º de novembro de 1953, nos Aflitos: Náutico 4 x 2 Santa Cruz, pelo Pernambucano daquele ano

A conquista do Náutico de 1974 é considerada uma das mais importantes sobre o rival, pois evitou o HEXA do Santa Cruz. Foto: Internet



VANTAGEM ALVIRRUBRA


Em 16 decisões no Campeonato Pernambucano, o Náutico leva vantagem sobre o rival. São nove títulos: 1934, 1960, 1974, 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004 contra sete do
Santa Cruz (1946, 1959, 1970, 1976, 1983, 1993 e 1995).


Desde o título do Centenário (2001, 2002 e 2004) que o Náutico não perde uma final para o Santa Cruz, no Estádio do Arruda.

SÓ O TIMBU Incontestável e diante de mais de 70 mil torcedores n Arruda, o Náutico levantou o exclusivo título do centenário. Foto: Internet
Que o tabu se mantenha, mesmo não sendo um final!


Saudações alvirrubras!


terça-feira, 21 de julho de 2020

Há 52 anos, Náutico conquistava o HEXA

Sequência de títulos permanece inédita e é motivo de orgulho para alvirrubros

Time do Náutico que venceu o Sport por 1 a 0, nos Aflitos, com gol de Ramos. Hexa é único!!! Foto: Reprodução



Recife, domingo, 21 de julho de 1968. Pelo sexto ano seguido, o Náutico entrava em campo para buscar a então inédita conquista do Hexacampeonato pernambucano. Já havia ostentado duas marcas históricas em 1966 e 1967: havia sido o primeiro clube a chegar ao Tetra e ao Penta.


Os títulos de 1964 e 1967 foram conquistados de forma invicta pelo Timbu.

O Memorial Alvirrubro fica na Sede e contém acervo que trata da história do futebol do Náutico. Foto: José Gomes Neto/CTN



Aflitos lotado, mais de 30 mil torcedores presentes (23.320 pagantes). Expectativa geral por parte das torcidas alvirrubra e rubro-negra. No tempo normal, placar inalterado. Como uma alusão ao desfecho, o jogo fora decidido na prorrogação. A tarde já caía quando o atacante Ramos fez a torcida timbu explodir em emoção no Eládio de Barros Carvalho. Final: Náutico 1x0 Sport.


O tão ostentado HEXA do Náutico faz parte não somente da história do Clube, mas também do centenário futebol pernambucano. Lembrar desta conquista é ressaltar o vermelho de luta e o branco de paz nos gramados pernambucanos.


A Central Timbu de Notícias presta uma homenagem e agradece a cada jogador que escreveu esse capítulo inédito e exclusivo da história do Clube Náutico Capibaribe. Por consequência, do nosso futebol.


Saudações alvirrubras!

LEGADO ESQUECIDO

A taça do Hexa sumiu misteriosamente do Clube, nos anos 1990, mas depois reapareceu. Foto: Elton de Castro


Falar do Hexa é falar do passado, da história do Náutico. De maneira equivocada, há uma corrente que incute que se deva “esquecer”. Mas a vida nos ensina que devemos, sempre, lembrarmos até dos revezes. Justamente para sabermos discernir os erros dos acertos.


Recentemente, o Náutico conquistou o seu primeiro título nacional (2019), além do acesso à Série B deste ano. Foi campeão pernambucano em 2018 (depois de 13 anos na fila, impondo um recorde de público na Arena de Pernambuco). 

Chegou à final do Estadual do ano passado e também à semifinal da Copa do Nordeste. 

Mas o problema no Clube vem paradoxalmente após aquela memorável conquista.


Até 1974, quando evitou que o Santa Cruz igualasse o feito - e quando surgiu o slogan “Hexa é Luxo”, na final ante o rival, também nos Aflitos -, foram cinco anos sem conquistas.
Depois, mais dez anos até a seguinte, em 1984. Veio então o bicampeonato de 1985, e um novo hiato ocorreu, dessa vez até 1989.

Em 1988, o Náutico ficou perto de um título nacional da Série B (seria o primeiro), mas acabou em 2º lugar.


A partir de então, foram 11 anos sem títulos. Apesar de o Náutico ter ido às finais do estadual de 1991 a 1995.


Em 2001, a redenção em grande estilo: campeão do centenário de fundação (também é o único entre os grandes do Recife) e, mais uma vez, evitou-se que um rival igualasse a exclusiva conquista - o Sport nem foi à final.


Após um novo bicampeonato, em 2002, pausa do ano seguinte para novamente ostentar o primeiro lugar no Pernambucano, em 2004.


Porém, de lá pra cá, os fracassos foram retumbantes. Os dirigentes haviam esquecido de olhar para a base do Clube, com o devido cuidado. A receita estava lá: organizar uma base sólida, com jogadores oriundos do estado e da região, mesclado com talentos experientes. Assim o Náutico conseguiu chegar ao Hexa.


Se considerarmos que desde 1999 o Náutico iniciou as obras de construção do Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, Zona Norte do Recife, essa situação atual jamais seria cogitável. Imagine ocorrendo?


Vale lembrar que em 1998, a temporada acabou com o fracasso de uma queda para a Série C (a primeira).


Que a lição dos equívocos administrativos e financeiros seja assimilada, e que as futuras gestões não se permitam a repeti-los, sob hipótese alguma.



CURIOSIDADES SOBRE O HEXA




sábado, 11 de julho de 2020

Há 19 anos, o Náutico conquistava o exclusivo título do centenário

O Timbu ensinou aos rivais que campeão nos 100 anos de fundação, só tem ele em Pernambuco!

Recife, quarta-feira, 11 de julho de 2001. Há exatos 19 anos, o Náutico conquistava o emblemático título estadual, alusivo ao seu centenário. Um triunfo que implicava em vários e destacáveis desdobramentos.






Aliás, o Náutico é o único clube dentre os grandes pernambucanos que detém esse status de ter sido campeão no ano do próprio centenário.

Para começar, o Timbu saía de uma fila de longos 11 anos sem conquistas. Depois, aquela temporada marcava a possibilidade do arquirrival Sport igualar o até hoje inatingível e exclusivo Hexacampeonato (dia 21 completa 52 anos da conquista do Hexa!). Os rubro-negros ostentavam o seu primeiro penta - o segundo foi em 2010.

Mas o Leão ficou pelo meio do caminho e nem sequer foi disputar a finalíssima. O detalhe é que alvirrubros e tricolores decidiram tanto o primeiro como o segundo turnos, daquele memorável 2001. O Náutico ficou com o primeiro turno, enquanto o Santa Cruz com o segundo.

Então, coube ao outro rival, o desafio de tentar manter o Timbu na espera de títulos. A Cobra Coral jogava por dois empates para acabar com o jejum de cinco anos na fila.

No primeiro jogo, num domingo, dia 8 de julho, nos Aflitos, vitória do Náutico por 2 a 1. Os gols alvirrubros foram marcados por Kuki e Danilo Santos, enquanto Carlinhos Bala diminuiu para o Santa Cruz, no final da partida.



O gol de honra dos corais deu um ânimo a mais para a torcida tricolor. É que, a partir daquele tento, bastava ao Santa Cruz ganhar por 1 a 0 para deixar a fila. Já ao Náutico, agora, o empate bastava.

Na partida de volta, no Arruda, o clima entre as torcidas era instigante. O público total foi de 70.003 espectadores. Tradicionalmente, sempre vi a torcida do Náutico praticamente “dividir” o Estádio José do Rego Maciel com a dos mandantes.



Mas a confiança no título era plena, dos dois lados das arquibancadas. Melhor para o Náutico, que, mais uma vez, levou a melhor sobre o Santa Cruz e venceu por 2 a 0, com gols de Kuki e Thiago Tubarão.

A explosão timbu tomou conta das arquibancadas do Arruda e ganhou as ruas e avenidas do Recife. A comemoração se estendeu durante toda a madrugada do dia 12, na Sede. Boa parte da torcida foi “nadando” para a Avenida Rosa e Silva. É que existia essa provocação por parte dos rivais, de que o Timbu “só nadava, e nada conquistava”.



Na época, o então presidente executivo do Clube, André Campos, decretou 11 dias de comemorações para compensar o período sem conquistas.


VOCÊ SABIA?

# O ritmo que acompanha a torcida do Náutico nas arquibancadas e buzinas de veículos pelas ruas, como “Quer dançar? Quer dançar? O Timbu vai te ensinar…”, também surgiu naquela temporada.

# A torcida do Náutico enfeitava os seus carros com a bandeira oficial do Clube, por conta do ano do centenário.

# O então governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, torcedor do Sport, achou que o troféu do Estadual 2001 - que por sinal tem o seu nome -, iria parar na galeria da Ilha do Retiro. Fico só na vontade...

# Porém, ele entregou o troféu nas mãos do capitão Sangaletti (ex-Sport), em cerimônia oficial no Palácio do Campo das Princesas, no dia seguinte ao jogo final. 

#Como não poderia ser diferente, as provocações foram muitas no dia seguinte àquela conquista do Náutico...

Alvirrubros anônimos prestaram "homenagem" ao rival, em frente à sua sede. Foto: Genival Fernandes



NOVOS ARES

Desde 2018 que vem sendo feito resgate para o Náutico. Dentro e fora das quatros linhas. No segundo mandato, a atual gestão assumiu um Clube “terra arrasada”, mas está conseguindo reerguer a instituição centenária, junto com o Conselho Deliberativo, sócios e torcedores.

Há dois anos que o time do Náutico vem conquistando metas e chegou ao inédito título nacional, em outubro de 2019. Aliás, fazia tempo que a torcida no Timbu não comemorava títulos por dois anos seguidos. Em 2018, vimos o Náutico reconquistar o Pernambucano, após 13 anos na fila.

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Além do acesso à Série B 2020, o Náutico ainda conquistou o 1º título nacional. Foto: Vitor Pereira


O trabalho é árduo e continua sendo executado com muito empenho por todos. Os maiores entraves tem sido a quantidade absurda de causas trabalhistas: 398. Os débitos chegam à marca dos R$ 50 milhões. 

Mas mobilização deve continuar, tanto no retorno aos Aflitos (que permanece com melhorias a se fazer), como na manutenção da Sede administrativa e do CT Wilson Campos, celeiro de jogadores timbus, do presente e do futuro.  

Saudações alvirrubras!

O Náutico somos todos nós!