terça-feira, 21 de julho de 2020

Há 52 anos, Náutico conquistava o HEXA

Sequência de títulos permanece inédita e é motivo de orgulho para alvirrubros

Time do Náutico que venceu o Sport por 1 a 0, nos Aflitos, com gol de Ramos. Hexa é único!!! Foto: Reprodução



Recife, domingo, 21 de julho de 1968. Pelo sexto ano seguido, o Náutico entrava em campo para buscar a então inédita conquista do Hexacampeonato pernambucano. Já havia ostentado duas marcas históricas em 1966 e 1967: havia sido o primeiro clube a chegar ao Tetra e ao Penta.


Os títulos de 1964 e 1967 foram conquistados de forma invicta pelo Timbu.

O Memorial Alvirrubro fica na Sede e contém acervo que trata da história do futebol do Náutico. Foto: José Gomes Neto/CTN



Aflitos lotado, mais de 30 mil torcedores presentes (23.320 pagantes). Expectativa geral por parte das torcidas alvirrubra e rubro-negra. No tempo normal, placar inalterado. Como uma alusão ao desfecho, o jogo fora decidido na prorrogação. A tarde já caía quando o atacante Ramos fez a torcida timbu explodir em emoção no Eládio de Barros Carvalho. Final: Náutico 1x0 Sport.


O tão ostentado HEXA do Náutico faz parte não somente da história do Clube, mas também do centenário futebol pernambucano. Lembrar desta conquista é ressaltar o vermelho de luta e o branco de paz nos gramados pernambucanos.


A Central Timbu de Notícias presta uma homenagem e agradece a cada jogador que escreveu esse capítulo inédito e exclusivo da história do Clube Náutico Capibaribe. Por consequência, do nosso futebol.


Saudações alvirrubras!

LEGADO ESQUECIDO

A taça do Hexa sumiu misteriosamente do Clube, nos anos 1990, mas depois reapareceu. Foto: Elton de Castro


Falar do Hexa é falar do passado, da história do Náutico. De maneira equivocada, há uma corrente que incute que se deva “esquecer”. Mas a vida nos ensina que devemos, sempre, lembrarmos até dos revezes. Justamente para sabermos discernir os erros dos acertos.


Recentemente, o Náutico conquistou o seu primeiro título nacional (2019), além do acesso à Série B deste ano. Foi campeão pernambucano em 2018 (depois de 13 anos na fila, impondo um recorde de público na Arena de Pernambuco). 

Chegou à final do Estadual do ano passado e também à semifinal da Copa do Nordeste. 

Mas o problema no Clube vem paradoxalmente após aquela memorável conquista.


Até 1974, quando evitou que o Santa Cruz igualasse o feito - e quando surgiu o slogan “Hexa é Luxo”, na final ante o rival, também nos Aflitos -, foram cinco anos sem conquistas.
Depois, mais dez anos até a seguinte, em 1984. Veio então o bicampeonato de 1985, e um novo hiato ocorreu, dessa vez até 1989.

Em 1988, o Náutico ficou perto de um título nacional da Série B (seria o primeiro), mas acabou em 2º lugar.


A partir de então, foram 11 anos sem títulos. Apesar de o Náutico ter ido às finais do estadual de 1991 a 1995.


Em 2001, a redenção em grande estilo: campeão do centenário de fundação (também é o único entre os grandes do Recife) e, mais uma vez, evitou-se que um rival igualasse a exclusiva conquista - o Sport nem foi à final.


Após um novo bicampeonato, em 2002, pausa do ano seguinte para novamente ostentar o primeiro lugar no Pernambucano, em 2004.


Porém, de lá pra cá, os fracassos foram retumbantes. Os dirigentes haviam esquecido de olhar para a base do Clube, com o devido cuidado. A receita estava lá: organizar uma base sólida, com jogadores oriundos do estado e da região, mesclado com talentos experientes. Assim o Náutico conseguiu chegar ao Hexa.


Se considerarmos que desde 1999 o Náutico iniciou as obras de construção do Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, Zona Norte do Recife, essa situação atual jamais seria cogitável. Imagine ocorrendo?


Vale lembrar que em 1998, a temporada acabou com o fracasso de uma queda para a Série C (a primeira).


Que a lição dos equívocos administrativos e financeiros seja assimilada, e que as futuras gestões não se permitam a repeti-los, sob hipótese alguma.



CURIOSIDADES SOBRE O HEXA




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