O Timbu ensinou aos rivais que campeão nos 100 anos de fundação, só tem ele em Pernambuco!
Recife, quarta-feira, 11 de julho de 2001. Há exatos 19 anos, o Náutico conquistava o emblemático título estadual, alusivo ao seu centenário. Um triunfo que implicava em vários e destacáveis desdobramentos.
Aliás, o Náutico é o único clube dentre os grandes pernambucanos que detém esse status de ter sido campeão no ano do próprio centenário.
Para começar, o Timbu saía de uma fila de longos 11 anos sem conquistas. Depois, aquela temporada marcava a possibilidade do arquirrival Sport igualar o até hoje inatingível e exclusivo Hexacampeonato (dia 21 completa 52 anos da conquista do Hexa!). Os rubro-negros ostentavam o seu primeiro penta - o segundo foi em 2010.
Mas o Leão ficou pelo meio do caminho e nem sequer foi disputar a finalíssima. O detalhe é que alvirrubros e tricolores decidiram tanto o primeiro como o segundo turnos, daquele memorável 2001. O Náutico ficou com o primeiro turno, enquanto o Santa Cruz com o segundo.
Então, coube ao outro rival, o desafio de tentar manter o Timbu na espera de títulos. A Cobra Coral jogava por dois empates para acabar com o jejum de cinco anos na fila.
No primeiro jogo, num domingo, dia 8 de julho, nos Aflitos, vitória do Náutico por 2 a 1. Os gols alvirrubros foram marcados por Kuki e Danilo Santos, enquanto Carlinhos Bala diminuiu para o Santa Cruz, no final da partida.
O gol de honra dos corais deu um ânimo a mais para a torcida tricolor. É que, a partir daquele tento, bastava ao Santa Cruz ganhar por 1 a 0 para deixar a fila. Já ao Náutico, agora, o empate bastava.
Na partida de volta, no Arruda, o clima entre as torcidas era instigante. O público total foi de 70.003 espectadores. Tradicionalmente, sempre vi a torcida do Náutico praticamente “dividir” o Estádio José do Rego Maciel com a dos mandantes.
Mas a confiança no título era plena, dos dois lados das arquibancadas. Melhor para o Náutico, que, mais uma vez, levou a melhor sobre o Santa Cruz e venceu por 2 a 0, com gols de Kuki e Thiago Tubarão.
A explosão timbu tomou conta das arquibancadas do Arruda e ganhou as ruas e avenidas do Recife. A comemoração se estendeu durante toda a madrugada do dia 12, na Sede. Boa parte da torcida foi “nadando” para a Avenida Rosa e Silva. É que existia essa provocação por parte dos rivais, de que o Timbu “só nadava, e nada conquistava”.
Na época, o então presidente executivo do Clube, André Campos, decretou 11 dias de comemorações para compensar o período sem conquistas.
VOCÊ SABIA?
# O ritmo que acompanha a torcida do Náutico nas arquibancadas e buzinas de veículos pelas ruas, como “Quer dançar? Quer dançar? O Timbu vai te ensinar…”, também surgiu naquela temporada.
# A torcida do Náutico enfeitava os seus carros com a bandeira oficial do Clube, por conta do ano do centenário.
# O então governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, torcedor do Sport, achou que o troféu do Estadual 2001 - que por sinal tem o seu nome -, iria parar na galeria da Ilha do Retiro. Fico só na vontade...
# Porém, ele entregou o troféu nas mãos do capitão Sangaletti (ex-Sport), em cerimônia oficial no Palácio do Campo das Princesas, no dia seguinte ao jogo final.
#Como não poderia ser diferente, as provocações foram muitas no dia seguinte àquela conquista do Náutico...
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Alvirrubros anônimos prestaram "homenagem" ao rival, em frente à sua sede. Foto: Genival Fernandes |
NOVOS ARES
Desde 2018 que vem sendo feito resgate para o Náutico. Dentro e fora das quatros linhas. No segundo mandato, a atual gestão assumiu um Clube “terra arrasada”, mas está conseguindo reerguer a instituição centenária, junto com o Conselho Deliberativo, sócios e torcedores.
Há dois anos que o time do Náutico vem conquistando metas e chegou ao inédito título nacional, em outubro de 2019. Aliás, fazia tempo que a torcida no Timbu não comemorava títulos por dois anos seguidos. Em 2018, vimos o Náutico reconquistar o Pernambucano, após 13 anos na fila.
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Além do acesso à Série B 2020, o Náutico ainda conquistou o 1º título nacional. Foto: Vitor Pereira |
O trabalho é árduo e continua sendo executado com muito empenho por todos. Os maiores entraves tem sido a quantidade absurda de causas trabalhistas: 398. Os débitos chegam à marca dos R$ 50 milhões.
Mas mobilização deve continuar, tanto no retorno aos Aflitos (que permanece com melhorias a se fazer), como na manutenção da Sede administrativa e do CT Wilson Campos, celeiro de jogadores timbus, do presente e do futuro.
Saudações alvirrubras!
O Náutico somos todos nós!
Hexa é luxo!
ResponderExcluirContinua sendo... Aquele abraço!
ExcluirSaudações alvirrubras!