O novo coronavírus impôs uma reavaliação dos conceitos praticados até antes da pandemia
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É hora de repensar a maneira de como se fazer futebol no Brasil e em Pernambuco. Foto: José Gomes Neto/CTN |
Não adianta tentar desvincular o futebol da realidade sócio-político-econômica. A modalidade não apenas faz parte como é diretamente ligada ao nosso cotidiano. Afinal, não se faz o desporto sem a presença humana. E como diz o bordão: “esporte é vida!”.
Pois bem, dito isso, vamos ao que interessa. O isolamento social é a única e eficaz maneira de evitar a contaminação e proliferação da Covid-19. A ansiedade é intensa e todos estamos querendo retomar as atividades como antes.
Porém, isso não é possível agora (maio de 2020) e também já sabemos o porquê. Se não houver o cuidado e a responsabilidade da parte de todos nós (governo e sociedade civil), de se fazer o procedimento correto, vamos agravar a situação. Se o quadro já se apresenta bastante desolador, imagine se o abismo se expandir ainda mais?
A hora pede foco na luta contra a Covid-19. Foto: José Gomes Neto/CTN |
Sinceramente, não é a hora de se pensar em retomar as atividades no futebol. Aliás, de quaisquer outras modalidades também. Essa tentativa de burlar o tempo e a realidade podem custar vidas (muito mais vidas, diga-se). E quanto a isso, não há reembolso que resolva.
Nada justifica o retorno do futebol agora no Brasil. Em Pernambuco, muito menos ainda. A ganância e irresponsabilidade de alguns não pode prevalecer sobre o bem estar e a vida de todos.
É preciso os clubes locais readequarem as suas realidades. Rever contratos de atletas fora do contexto trabalhista no País. Há muito que isso deveria ser feito. O momento pede essa reflexão e atitude.
Há uma argumentação, ao meu ver falaciosa, de que o atleta tem “vida curta”, portanto “o seu contrato tem que cobrir isso”. Olha só, me mostra qual a categoria trabalhista que tem a garantia de vida longa e estável. Essa relatividade passou a prevalecer como verdade absoluta, inquestionável.
Não é bem assim. Vejam como exemplo concreto o fator coronavírus. Quem poderia imaginar uma situação assim? Que fez grande parte do planeta literalmente parar? O imponderável nos surpreende e também pode vir a fazer parte do contexto - mesmo que nós nunca nos demos conta da sua probabilidade.
Enfim, vamos focar no que, por ora, podemos fazer para garantirmos a nossa continuidade por aqui. O resto é detalhe e fica para depois.
A vida em primeiro lugar.
Se puder, fique em casa!
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