sábado, 16 de maio de 2020

Golaço de falta da intermediária muda história a favor do Náutico

Numa noite inspirada, volante Adilson acerta um pombo-sem-asa e cala a Ilha do Retiro   




Recife, quarta-feira, 16 de maio de 2001. Ilha do Retiro. Doze minutos do 2º tempo. O Clássico dos Clássicos seguia empatado em 1 a 1. O resultado não interessava a nenhuma das equipes. O Náutico havia vencido o jogo da ida, nos Aflitos, por 2 a 0. Mas o desenrolar do 1º turno dependia muito desse jogo.


Com um jogador a menos desde o final da etapa inicial, o Náutico havia aberto o placar logo aos 9 minutos de partida, por intermédio do atacante Thiago Tubarão. Aliás, Thiago sempre deixava a sua marca nos confrontos ante o rival do Timbu. 




Mas, seis minutos depois, o Sport empatava o clássico com gol do também atacante Rodrigo Gral. Um fator poderia ter mudado por completo o panorama daquela decisão, aos 35 minutos do 1º tempo. A expulsão do zagueiro Marcelo Fernandes aconteceu depois de uma entrada dura no volante Leomar. 


O intervalo do Clássico dos Clássicos deixou a expectativa das torcidas em alta. Com chances relevantes dos dois lados, ninguém obteve a tão cobiçada vantagem no placar.


Porém, uma falta na intermediária de ataque do Timbu mudaria por completo a história daquele jogo. Eu diria que do próprio campeonato. O volante Adilson cobrou com uma força e maestria fora do comum. A trajetória da bola do local até as redes do Leão emudeceram a Ilha do Retiro. Para delírio da torcida alvirrubra. Era o gol da importante vitória do Náutico por 2 a 1.





Daquele momento até o final do jogo, o Náutico conseguiu segurar o ímpeto do Sport e garantiu uma vitória que mudaria por completo a história do emblemático Campeonato Pernambucano de 2001.


O arquirrival do Náutico vinha de uma hegemonia de cinco títulos consecutivos e já contava como certo o sexto. Justamente no ano em que o Timbu completaria os 100 anos de fundação.





Mas o desejo ficou na vontade dos rubro-negros, que viram ruir o sonho do Hexa nos seus próprios domínios. E, ainda sob a comemoração dos seus 96 anos de existência, ouviram o irônico “parabéns para você” ecoar das arquibancadas. Da parte alvirrubra, claro.   






ESTREIA DE MURICY RAMALHO


Como se não bastasse a apresentação aguerrida do time do Náutico e a emblemática vitória construída na base da raça e determinação, naquela noite de 16 de maio de 2001, de quebra, ainda houve a estreia do técnico Muricy Ramalho. 




Pé quente, Muricy veio ao Recife para ajudar a escrever a vencedora história do Náutico no ano do seu centenário de fundação. 


Por sinal, o Náutico é o único clube pernambucano que conquistou um título no ano do seu centenário. De fato e de verdade.


Saudações alvirrubras!

Fotos: Reprodução/Globoplay

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