segunda-feira, 27 de junho de 2016

A dura vida dos nômades torcedores timbus

A situação nômade da torcida do Náutico é um fator que dificulta a ida a campo
De acordo com o dicionário da Língua Portuguesa, o nomadismo é o estilo de vida dos povos ou grupos de indivíduos que não possuem moradia fixa. 

No caso do Náutico, esta realidade tem sido a tônica dos torcedores alvirrubros, sem casa fixa para mandar seus jogos nesta temporada.


A média de público nos jogos do Náutico, após a realização de 12 rodadas da Série B, ainda continua abaixo da expectativa. Em cinco partidas como mandante nômade, diga-se de passagem, o Timbu levou a campo um pífio total de 3.355 pagantes.


Dentre os cinco clubes do Nordeste entre os doze, o Náutico é justamente o 12º colocado. Atrás de CRB-AL, 11º (3.443), e dos três primeiros lugares do ranking: Bahia (9.541), Ceará (8.976) e Sampaio Corrêa-MA (7.148), respectivamente.




E aí é que está o problema. Jogar sem mando de campo fixo dificulta ainda mais para o torcedor. O Náutico fez três jogos na Arena Pernambuco (ainda na era do Consórcio Odebrecth), outro no Arruda e também na agora Arena de Pernambuco (gestão do governo do estado, desde 10 de junho). Ou seja, quatro em São Lourenço da Mata e somente um no Recife.


O fator atenuante é que, em 12 jogos, apenas cinco foram em Pernambuco. Mas isso é muito pouco para quem almeja ascender à Série A, na próxima temporada.


Em especial para quem deseja um parceiro nas arquibancadas. “Jogar junto” requer mais vantagens e menos dificuldades. Uma delas é resistir em não agir para voltar aos Aflitos.


Ora, se já é sabido por todos que a vontade da grande maioria dos alvirrubros é de retornar ao Eládio de Barros Carvalho, em fevereiro de 2017 (daqui a sete meses), por que então a diretoria executiva reluta em não se mover para agilizar esta questão?


Há mais de um mês que anunciaram no site oficial do Clube de que “a recuperação dos Aflitos é prioridade do executivo”. Porém, até agora nenhuma ação concreta foi realizada para que isso saísse do papel. (Leia no site oficial do Náutico: http://www.nautico-pe.com.br/noticias/1894/recuperacao-dos-aflitos-e-prioridade-do-executivo )


Além do mais, renegociar o retorno para a agora Arena do governo estadual é mais do que um tiro no pé. Seria, mais uma vez, um tiro na própria identidade da uma instituição centenária.


Depois de toda a experiência negativa vivida pela torcida quando da ocasião do contrato-sequestro realizado com o Consórcio Odebrecth, em 2011, masoquismo é o termo que melhor se aplica se houver uma “renegociação” para com aquele equipamento governamental.  


Atitudes assim mais afastam do agregam a torcida para junto do time. Precisamos da recuperação do Náutico no jogo desta terça-feira (28), ante a Luverdense-MT, 5ª colocada com 20 pontos. Mas estamos no final de um mês marcado por festividades juninas e isso afeta o bolso do torcedor.


Além do mais, os velhos transtornos sobre a não mobilidade para São Lourenço da Mata se transforma em mais um obstáculo para os heroicos alvirrubros que terão que se deslocar para lá.


Portanto, antes de cobrar do torcedor, seria interessante a diretoria de Patrimônio mostrar serviço e agir em prol da vontade da maioria dos alvirrubros.


CAMPANHA DO NÁUTICO


Com um início de competição ruim, o Náutico oscilou entre a 15ª posição e o 4º lugar - melhor posição até aqui no Brasileirão. Porém, o melhor momento da equipe foi entre as 7ª e 10ª rodadas, quando o Timbu esteve no G-4.  


Há quatro jogos sem vencer, o Timbu está a duas rodadas fora do grupo dos quatro melhores da competição. A meta é voltar a respirar os ares do acesso.

Avante Náutico!

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Náutico recorrerá de sentença e acionará a Penalty

Gustavo Ventura (de terno) garantiu que o Náutico não terá prejuízo.
Foto: José Gomes Neto/CTN
O presidente do Conselho Deliberativo do Náutico Gustavo Ventura garantiu nesta sexta-feira (24), que o Clube não terá que desembolsar R$ 960 mil, relativos a sentença impetrada pela Penalty, fornecedora de material esportivo do Clube de janeiro de 2011 até meados de 2014.


De acordo com o presidente do CD alvirrubro, que é advogado tributarista, e na gestão anterior era vice-presidente executivo e jurídico da instituição, a atual diretoria executiva do Náutico está acionando a ex-fornecedora, no sentido de reverter esta sentença de R$ 960 mil.


“Esta sentença não é definitiva. Nós vamos apresentar um recurso e o clube vai entrar com uma ação de indenização contra a Penalty. O direito é bom e estou seguro sobre isso”, endossou Gustavo Ventura.


Ventura ainda explicou que quaisquer descumprimentos pode levar ao rompimento do contrato, unilateralmente. “Havia várias cláusulas contratuais que foram descumpridas pela Penalty, como a não entrega de material e ausência de informações em relação as vendas de produtos do Náutico. Não havia clareza quanto a isso e houve uma série de problemas”, completou.


O recurso está no Tribunal de Justiça de São Paulo.


BASTIDORES


Esta ação movida pela Penalty contra o Náutico envolve mistérios. Gustavo Ventura conta que somente depois de um ano foi que tomou conhecimento sobre o assunto. “A gente não tinha conhecimento desta causa. Quando tomamos ciência do fato já havíamos sido sentenciados”.


De acordo com informações apuradas pelo blog Central Timbu de Notícias,  quando o documento chegou ao Náutico, uma ex-funcionária recebeu, mas não entregou ao destinatário.


Esse extravio gerou toda uma situação desnecessária que acarretou num imbróglio.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Um time de atacantes

Jefferson Nem e Bergson lideram a artilharia alvirrubra na Série B
Após o resultado de empate sem gols no confronto histórico diante do Brasil de Pelotas - este foi o primeiro jogo entre as equipes -, uma curiosidade me veio à tona. Como pode o melhor ataque da competição, contraditoriamente ter a insatisfação generalizada na torcida, que ainda espera pelo homem-gol referência?


Saullo; Matheus, Odilávio, Tiago e Jefferson Nem; Taiberson, Yuri Mamute e Rony; Rafael Coelho, Bergson e Rafael Silva. Alguém reconhece esta equipe? Trata-se do quantitativo de atacantes que estão hoje no grupo do Náutico. Isso sem considerar Daniel Morais, que está treinando em separado, nos Aflitos.


Se considerarmos os clubes que estão no G-4, após 11 rodadas da Série B, o Náutico tem um grupo com nada menos que 12 atacantes. E, apesar de ter feito 21 gols, os atletas daquele setor não estão a corresponder. Pelo menos na expectativa da maioria absoluta da nossa torcida.


O líder Vasco tem cinco atacantes, o vice-líder Atlético Goianiense possui a mesma quantidade. Terceiro lugar, o Criciúma é o mais enxuto, com três. Enquanto o quarto colocado, o Ceará, é o mais inchado, com sete.


Observando a tabela de classificação, o contraditório é o Náutico ter feito mais gols que o próprio líder da Série B, mas hoje ocupa a sexta colocação. Ao contrário do Timbu, o Vasco tem oito vitórias. Os demais concorrentes têm seis, enquanto o Alvirrubro parou em cinco triunfos.


No topo da lista de gols, a solução é caseira e já conhecida por todos, desde o ano passado. O prata da casa Jefferson Nem está com 5 tentos. Depois, Bergson, que também estava no grupo e balançou as redes por três vezes. Discreto, Taiberson fez apenas dois gols. Por fim, os esforçados Rony, Rafael Coelho e Tiago Adan, com a inexpressiva marca de um gol, cada um.


Claro que se até o goleiro Julio Cesar fizer gol é válido e bem-vindo. Mas o lógico é esperar por gols de quem está contratado e atuando na função de atacante.  


O fato é que não há como se trabalhar a contento com um grupo com quase 40 atletas à disposição. Como é que o treinador Alexandre Gallo pode fazer observações criteriosas com essa quantidade de atacantes?


Diante disso, a pergunta que não quer calar é a seguinte: Qual o critério (se é que existe), para as contratações, por parte da diretoria de futebol? Esses profissionais recebem salários. Como se faz para não comprometer a folha do grupo?   


Além de onerar o caixa do Clube, essas contratações desenfreadas ainda podem gerar futuras causas trabalhistas que emperram a vida administrativo-financeira da instituição.

Numa outra analogia um pouco distante, se o Barcelona (Suárez, Messi, Neymar, Munir e Sandro) e o Real Madrid (Cristiano Ronaldo, Benzema, Jesé, Lucas Vázquez e Morata) têm cinco atacantes, cada. 


Por que o Náutico tem 12 atacantes?

domingo, 19 de junho de 2016

Política de caça às bruxas evidencia problemas ao invés de buscar solução

Para Gallo, gramado do Arruda foi o "problema" do Náutico
Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press
A política de eleger culpados ao invés de resolver o problema continua a ser a máxima por parte da gestão do Náutico. Após a bisonha apresentação do time alvirrubro diante do Bragantino-SP, neste sábado (18), no Arruda, transpareceu a face mais sinistra do que parece ser uma espécie de complô para o Clube voltar a mandar os seus jogos na Arena do governo do estado.


Na entrevista coletiva, o técnico Alexandre Gallo não se fez de rogado ao afirmar que o problema maior enfrentado pelo Náutico diante do Bragantino-SP fora o terrível estado do gramado do José do Rego Maciel. Porém, creio eu, o Timbu fez a pior apresentação até aqui sob o comando do atual treinador.


O curioso foi saber que, na quinta-feira (16), o estádio fora oferecido para o Náutico treinar e assim fazer o reconhecimento do gramado. De acordo com um dirigente da Federação Pernambucana de Futebol, Murilo Falcão, tal oferta ao Alvirrubro teria sido prontamente dispensada por Gallo.   


Rechaçado frontalmente por parte da imprensa local, que rebateu o falacioso argumento do treinador alvirrubro, foi contraposto que adversários do Santa Cruz, na Série A, como Vitória-BA, Cruzeiro-MG, Sport e Figueirense-SC ali atuaram e nada reclamaram sobre. 

Logo Alexandre Gallo, que na Série A de 2012 utilizava o gramado dos Aflitos como aliado quase imbatível para o Náutico derrotar adversários de todo Brasil. Contraditório, não?


Isso posto, é de relevância considerável contestar essa postura injustificável por parte do treinador do Náutico. Afinal de contas o time apresentou um futebol convincente, organizado e objetivo diante do Paysandu, em plena Curuzu, por exemplo.


Por falar no Papão, o técnico Gilmar Dal Pozzo foi demitido do Náutico em 27 de abril. Eleito como culpado pelos fracassos na Copa do Brasil e Campeonato Pernambucano, o treinador fora contratado pelo Paysandu no dia 8 deste mês.


Ao contrário dos prognósticos negativos, em três jogos já conquistou sete pontos. Fora de casa, o time paraense empatou com esse mesmo Bragantino-SP. Depois, venceu o Avaí-SC na sua casa. Na última rodada, ganhou do Vasco-RJ, em São Januário.


AFLITOS


Ora, também não é justo colocar ainda na conta da torcida a “fraca” presença de público no Arruda como justificativa para balizar que “não existe o interesse de se retornar aos Aflitos”. Prerrogativa totalmente fora de propósito.


Primeiro que o público divulgado não corresponde à realidade dos fatos. Não acredito que só tivesse pouco mais de 7 mil pagantes no Arruda.  


Depois, não será de uma hora para outra que a torcida timbu irá superlotar quaisquer lugares aonde o Náutico mandar os seus jogos. Ao longo de quase quatro anos, fomos submetidos a massacres físicos e psicológicos proporcionados pela agora Arena do governo do estado.


O resgate da torcida se fará gradativamente. A assimilação ocorrerá na medida em que ações sejam realizadas no propósito de se buscar credibilidade e transparência da atual gestão. Vale aqui cobrar promessas feitas como patrocinador máster e parceria com o Corinthians-SP, por exemplo.


Já a reforma dos Aflitos deveria ter saído do papel e sido iniciada. Não se admite, por exemplo, alguém que deveria ser o responsável por essa alavancada no Clube ser o primeiro a negar essa volta. O diretor de Patrimônio joga contra a própria instituição.


E, como já se sabe, ou seja, é de conhecimento público e notório, o desejo da grande maioria da nossa torcida é de voltar para casa, de jogar no Eládio de Barros Carvalho. Patrimônio e orgulho de todos os alvirrubros.  

E então, vamos trabalhar pelo Náutico?

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Nos trilhos do acesso. Claro que dá!

Náutico oscilou, mas isso é comum numa competição de regularidade
Depois de um começo preocupante, o Timbuzinho empolgou. Cinco jogos sem derrota com direito a duas goleadas. Surpreendentemente, o time encaixou. Com destaque para o nosso Jefferson Nem, que justificou o rótulo de “joia”.

Mas torcida de time grande sempre quer mais e começou logo a sonhar com título. Tem direito? Claro que tem. Aliás, a torcida do Náutico tem direito a tudo. Afinal, ela sim é o verdadeiro patrimônio, causa e consequência de tudo que está dentro dos muros alvirrubros.

Mas, voltemos ao futebol. A derrota de ontem pode ser frustrante, mas na verdade não é. Nossa exigente torcida vai do céu ao inferno e vice-versa. Tem direito? Claro que tem. Mas é preciso ser mais analítico para sonhar com os “pés no chão”.

Nosso time é formado de jovens na sua grande maioria e a oscilação é totalmente normal. É característica de um time assim fazer partidas surpreendentes e outras sem o mesmo desempenho. E isso, possivelmente, vá ocorrer outras vezes.

Temos um time rápido, agudo e que ataca o tempo todo. E isso empolga. Mas também é um time com uma defesa inexperiente e que já falhou em jogos neste Brasileiro da Série B. E isso preocupa.

Temos uma equipe com capacidade de decidir jogos a qualquer momento e é nisso que temos que nos pegar. A velocidade de Jefferson Nem, Bergson e companhia limitada já nos deu muitas alegrias e pode dar muito mais. Eles podem decidir jogos importantes e nos presentear com outras goleadas, mas não podemos cobrar isso todos os jogos. Como falado, as oscilações vão acontecer e é preciso entender isto.

Nosso goleador não chegou, mas não está fazendo falta. Vários jogadores já fizeram gols, ótimo. Se por um lado não estamos tendo o jogador que decide, por outro, podemos esperar um gol de vários jogadores em campo.

Enfim, precisamos nos adequar à política do “nem tanto e nem tão pouco”. Acreditar, sabendo das dificuldades. Temer, sabendo que é possível. E sempre, sempre, sempre apoiar o Náutico!

Porque o desempenho do time pode oscilar, mas o apoio da torcida nunca.

Avante Náutico!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Base do Futebol 7 do Náutico se transfere em peso para a Ilha do Retiro

Sub 15 de Futebol 7 do Náutico se despende do Clube com título da Copa PE
Campeão da Copa Pernambuco 2016 na categoria Sub 15, e vice na Sub 17, as equipes de Futebol 7 do Náutico se despedem do Clube de forma melancólica. Após dois anos de Náutico e vários títulos conquistados, como a Copa Nordeste 2015 (Sub 15 e Sub 17), jogadores de todas as categorias de base estão a deixar o Timbu. É que os atletas estão se transferindo em peso dos Aflitos para o arquirrival Sport. Inclua-se também o Sub 20.


O motivo foi um desentendimento ocorrido entre o agora ex-treinador das categorias de base do Futebol 7 do Náutico, Kleberson Soares, e o diretor de Esportes Olímpicos e Amadores do Clube, Sérgio Lopes.     


O estremecimento teria iniciado no começo da atual gestão. “Eu iria encerrar a minha carreira de treinador no final do ano passado. Mas aí os pais dos atletas conversaram comigo e me convenceram a ficar. Por isso, voltei atrás na decisão e me mantive como treinador”, conta Kleberson Soares.


Na versão do ex-treinador timbu, mudanças administrativas geraram conflitos de ordem ideológica. “Com a mudança de diretoria, o diretor Sérgio Lopes já chegou turbinando”, acusa Soares. “Em fevereiro, ele proibiu a gente de treinar nos Aflitos. Treinávamos lá durante três dias na semana: às segundas, quartas e sextas, das 14h às 17h.”


Kleberson explica que houve uma sequência de contratempos que minaram a convivência entre as partes. “Depois, ele me tirou da secretaria de Esportes Olímpicos e Amadores, onde eu trabalhava há 1 ano e seis meses”, acusa.


Por fim, Soares afirma que Sérgio Lopes atrapalhou até mesmo uma parceria estudantil, que visava o aprimoramento educacional do ex-treinador alvirrubro. “Ele (Sérgio) encerrou a parceria comigo, por eu ter recebido uma bolsa de estudos na Universo, de acordo com o Projeto Talento. Ao invés de me apoiar, ele me atrapalhou”.


Tal projeto contempla destaques esportivos do Náutico, de várias modalidades, numa parceria firmada entre o Clube e aquela instituição de ensino, em 2015. Veja no site oficial: http://www.nautico-pe.com.br/noticias/849/nautico-firma-parceria-com-a-universo


Por fim, Kleberson Soares acusa que a situação ficou insustentável após o carnaval. Porém, como o Náutico já estava inscrito na Copa Pernambuco de Futebol 7, nas categorias Sub 15 e Sub 17, desde o início de fevereiro, não havia outra opção senão entrar em campo e representar o Timbu.


“A gente não poderia trocar o nome das equipes. Então, entramos em campo e honramos o nosso trabalho e a camisa do Náutico. O prazo da parceria estaria encerrado após a realização das competições, que aconteceram de fevereiro a junho”, explica.


As categorias de base não existiam no Clube, em 2014. Foram fomentadas pela gestão anterior do Náutico. O time adulto porém, existe desde 2009. Veja no site oficial: http://www.nautico-pe.com.br/noticias/871/futebol-7-campeoes-do-nordeste-sao-recebidos-no


Assim, segundo Kleberson, a partir desta terça-feira (14), todos os elencos da base do Futebol 7 do Náutico agora vão compor o arquirrival da Ilha do Retiro. Fechados com o treinador, a decisão dos atletas foi unânime. “Todos decidiram me seguir em solidariedade e lealdade ao nosso trabalho”.


ESCOLINHA E DESAVENÇA


Ainda segundo Soares, em janeiro, o diretor Sérgio Lopes sugeriu que fosse aberta uma escolinha para a modalidade. A ideia era fomentar caixa ao Clube. Kleberson conta que aceitou o desfaio.

Porém, em março, o diretor de Esportes Olímpicos e Amadores teria  mudado de ideia, alegando que a escolinha de Futebol 7 iria competir com as de Futebol de Campo (que fica no CT Wilson Campos) e Futsal.


“Inclusive eu era sócio do Náutico, mas deixei de pagar a mensalidade, desde março. Dessa gestão atual do Clube eu não quero nem saber. Mas, quem sabe eu volte ao Náutico em 2018...”, pondera Soares.


Procurado para responder sobre as colocações do ex-treinador alvirrubro, o diretor Sérgio Lopes afirma que nada procede. “Não tenho o que dizer sobre ele (Kleberson). Apenas que nada do que foi dito, procede”, rebate o diretor de Esportes Olímpicos e Amadores do Náutico.


Sérgio Lopes ainda disse que a modalidade permanece no Náutico. “Estamos a procurar outra pessoa para conduzir as nossas categorias de base do Futebol 7. O time adulto permanece sob a supervisão de Divaldo Torres”, garantiu o dirigente timbu.

domingo, 12 de junho de 2016

Voltar pra casa com as dívidas quitadas. Quem não quer?

Soluções para a reforma do Eládio de Barros Carvalho não faltam. Iniciativa é que se faz necesssário para se colocar em prática
Qualquer pesquisa pode comprovar: a maioria absoluta da torcida alvirrubra prefere que os jogos do Timbu voltem a ser disputados num reformado Estádio Eládio de Barros Carvalho, no coração dos Aflitos.


Outro fato notório: a histórica bagunça financeira na administração do Clube Náutico Capibaribe só tem levado a Instituição para baixo, com o comprometimento direto dos recursos – parcos para quem sonha com a Série A – prejudicando os necessários investimentos. O passivo trabalhista lembra a dívida que o Brasil tinha com o FMI: quanto mais paga, mais deve e mais dificulta a solução.


Junte-se esses dois fatores (Arena e passivo) e temos a óbvia aceitação dos torcedores à decisão do Conselho Deliberativo de carimbar a possível verba extra vinda da rescisão do contrato com a Arena. O recurso, se e quando vier, só poderá ser usado na reforma do Estádio dos Aflitos e/ou no pagamento de dívidas trabalhistas – aquelas que, vai e não vem, ameaçam o patrimônio do Náutico em leilões.


O que o Conselho Deliberativo fez foi forçar um freio de arrumação. Grandes somas de dinheiro já passaram pela Instituição anos a fio sem que o problema do passivo fosse ao menos reduzido a padrões aceitáveis. O dinheiro entra, some e não resolve nada para o Clube. Agora terá que ser diferente, a não ser que a decisão do CD seja revogada ou desobedecida.


A volta aos Aflitos é, a meu ver, uma questão de sobrevivência do Náutico. Todos os (graves) problemas com a Arena – acessibilidade, distância, impessoalidade, falta de identidade, preços praticados – tem separado a torcida do Náutico. Claro que a falta de títulos também é responsável por esse distanciamento. E o que é um clube de futebol sem torcida?


Jogar na Arena é uma ideia indefensável. Foi assim desde o começo, e a experiência comprovou a teoria.


O plano apresentado e aprovado no CD em reunião da última quarta-feira (8) prevê inclusive um “acordo” com a Odebrecht, ao facilitar o pagamento de parte da dívida indenizatória com obras. A construtora poderia se encarregar de realizar a recuperação e reforma dos Aflitos ao invés de desembolsar dinheiro. Uma alternativa que contempla ambas as partes.


Por outro lado, com uma quantia considerável em mãos com destinação ao pagamento de passivos, o Clube tem grandes chances de fazer excelentes acordos na Justiça do Trabalho e reduzir substancialmente a dívida. Quiçá saná-la de uma vez por todas.

Pode ser até que tenha algum alvirrubro torcendo o nariz para a deliberação tomada pelo Conselho. E eu gostaria muito de conhecer as suas verdadeiras razões.


Uma ótima semana a todos.
Saudações alvirrubras!

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Imobilidade e desrespeito à torcida do Náutico

Dois ônibus. Este foi o efetivo disponibilizado pelo Grande Recife Consórcio de Transporte para o jogo do Náutico, às 16h deste sábado (11), na Arena Pernambuco. Como podemos constatar, o “esquema especial” daquele órgão estadual prevê uma “grande” presença de público em São Lourenço da Mata.


Por mais que haja articulação por parte dos dirigentes do Clube e incentivo para o torcedor do Náutico - como a campanha de recuperação do time no Brasileirão e a consolidação no G-4 -, encarar a viagem a São Lourenço da Mata nunca foi fácil. Como todos sabemos, a mobilidade inexiste. Desde sempre.


A falta de respeito para com a torcida do Náutico é algo cronicamente inviável. Chamar de “esquema especial” a inclusão de dois ônibus é querer tripudiar da nossa torcida.


Já não bastasse os entraves causados pela administração da própria Arena Pernambuco, que dificulta ao máximo a vida dos torcedores alvirrubros naquela praça de esportes, o conjunto da obra foi complementado com requintes de crueldade pelo Grande Recife Consórcio.


E, para não perder o bom humor, pelo que posso avaliar, ao menos houve uma “evolução”. O que antes era uma “kombi”, agora são dois ônibus. É, na visão do Grande Recife Consórcio, teremos um avanço substancial de presença de público.


Respeitem a torcida do Náutico!

"Esquema especial" do Grande Recife Consórcio cabe numa kombi


Leia a matéria publicada no site do Grande Recife Consórcio:
http://www.granderecife.pe.gov.br/web/grande-recife/exibir_noticia?groupId=1726912&articleId=3492615&templateId=1731187

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Verba da rescisão do contrato com a Arena só terá dois destinos: quitação do passivo do Clube ou recuperação dos Aflitos

Decisão do Conselho Deliberativo aconteceu após reunião ordinária esta noite

Aprovado em reunião ordinária do Conselho Deliberativo do Náutico na noite desta quarta-feira (8), a decisão de que, qualquer verba oriunda da rescisão do contrato com a Arena Pernambuco, terá exclusivamente duas aplicações: O dinheiro poderá servir para pagar o passivo do Clube e/ou a recuperação do Estádio dos Aflitos.

A decisão do Conselho Deliberativo pretende garantir a regularização da situação financeira do Náutico. Além da valorização do patrimônio do Clube. 

Patrimônio alvirrubro sai fortalecido e valorizado com decisão do Conselho Deliberativo do Náutico

 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Umbro x Náutico: Uma bomba prestes a explodir

Camisa oficial nº 1 do Náutico, na versão Umbro 2016
A súbita troca de marca de fornecedores de uniforme do Náutico, no início deste ano, foi amplamente comemorada pela gestão e pela imprensa esportiva pernambucana como um grande negócio para o Clube Náutico Capibaribe.


Disseram ser um contrato seis vezes mais vantajoso que o anterior, da Umbro. O fato de a Umbro ter um contrato em vigência com o Clube foi minorado: “não tem nada, a Topper paga a multa rescisória”. Pronto, discurso fechado e vendido com serpentinas à torcida.


Mas a vida real não funciona assim. No mundo corporativo, empresarial, vale o que está escrito e assinado. E o fato é: a Umbro tinha (e continua tendo) contrato em vigência. E, pelo que a própria Umbro nos confirmou, esse contrato ainda não foi rescindido.


Nesta terça-feira (7) apareceram nas redes sociais fotos do novo uniforme do Náutico preparado pela... Umbro. Já foi lançado no mercado, está à venda em algumas lojas esportivas ao preço de R$ 99,90. Lindos, aliás. Padrão Umbro de beleza e qualidade. Mas como pode ser vendido, se o novo uniforme criado pela Topper foi oficialmente lançado no Clube numa festa impecável na semana passada?


Camisa oficial nº 2 do Náutico, na versão Umbro 2016
Fomos investigar. Adivinha? O Náutico fechou com a Topper, mas não acertou a rescisão com a Umbro. Resultado: a Umbro, que já tinha comprado todo o material para o lançamento do novo uniforme, tocou a produção (desrespeito por desrespeito, a Umbro pelo menos tem um contrato a lhe proteger) e pôs os produtos à venda.


E agora? O caminho é judicial. Além da multa de rescisão contratual, que é mínima segundo a Umbro, o Náutico também poderá ter que pagar algo muito mais caro: indenizações por descumprimento grave de contrato, restituição por lucros cessantes, e sabe-se lá mais o quê. Lá vem mais confusão, mais grandes despesas sem nenhuma necessidade.


Será que a Topper vai pagar todo o prejuízo, ou o Clube vai ter que arcar sozinho com o prejuízo causado nessa ação de erro primário? O Náutico precisa disso? Quanto será o prejuízo? Certamente a Umbro, ofendida, não vai abrir mão de seus direitos.


Na versão do vice-presidente comercial do Náutico Pedro Paulo, as negociações de encerramento de contrato com a Umbro foram bem encaminhadas e resolvidas. “Fizemos o que era melhor para o Clube e também para a empresa”, garantiu.

       

Sobre a multa rescisória, Pedro Paulo contou que só falta apenas a terça parte do total, mas não revelou valores. “Nós já pagamos a fração de dois terços do contrato”, concluiu.   

domingo, 5 de junho de 2016

Por uma questão de transparência

Reforma dos Aflitos deve ter o máximo de transparência por parte da gestão do clube
A diretoria executiva tomou a iniciativa de cobrar R$ 100 a mais no boleto dos sócios do Náutico para utilizar esta verba para a reforma dos Aflitos. A iniciativa é válida e promete bons resultados. Mas é preciso haver uma prestação de contas, ou seja, transparência absoluta nessa questão.


E, antes que alguém insinue algo ou se ofenda, prestação de contas não é motivo de desconfiança. Muito menos coloca em xeque a honestidade de ninguém. Mas garante a lisura de um processo financeiro e a consequente utilização daquele recurso.


Na atualidade, contamos com as facilidades proporcionadas pelos meios eletrônicos. Dispomos, com isso, de quaisquer tipos de informações. Neste caso, a transparência por parte da diretoria executiva para com os recursos destinados à reforma do Estádio Eládio de Barros Carvalho se faz necessária e condizente.


É uma forma tanto do associado, como do torcedor comum, acompanhar como está a arrecadação de verbas para tal fim. Poderíamos nos programar e, inclusive, saber como anda a evolução das obras.


Isso estimularia até mesmo os mais céticos, que querem contribuir, mas não acreditam que esta verba chegaria ao destino a que se propôs. Tenho lido algumas reclamações em grupos de torcida do Náutico, nas redes sociais. Alguns episódios ocorridos no nosso clube gerou este tipo de desconfiança.


Porém, cabe aos atuais dirigentes alvirrubros desmistificarem essa desconfiança e jogarem aberto para com o sócio e torcedores.


Diante disso, fica aqui uma proposta minha para os dirigentes timbus. Quanto mais clareza, mais o diálogo tende a evoluir.


O que precisamos agora, mais do que nunca, é unir forças em busca de dois objetivos em comum: o acesso à Série A e a volta por cima ao lugar de onde nunca deveríamos ter saído, a nossa casa: Aflitos.


#VamosVoltarNáutico
#Aflitos
#NossaCasaNossaHistória    
#CTN

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Náutico joga para poucos e amarga prejuízos com pífia média de público

Preços altos e dificuldades de mobilidade, tendência é de público pífio na Arena
O definhamento da presença da torcida do Náutico, nos jogos em São Lourenço da Mata, é um sinal de alerta mais do que necessário para que se tire partidas oficiais, ainda este ano, da Arena Pernambuco.


A relação torcida-praça de esportes está mais do que desgastada, está definitivamente rompida. O torcedor alvirrubro experimentou o sabor amargo de ter que se submeter aos caprichos e humilhações impostas pelo convívio malfadado com aquele equipamento de parceria público-privada entre a construtora Odebrecht e governo do estado, desde julho de 2013.


A ilusão de que a “Arena Timbu” seria a “nova casa” do Náutico, caiu por terra depois que outros “parceiros” entraram em ação e, literalmente, roubaram a cena. Os outros dois grandes clubes do Recife ali mandaram seus jogos e tiveram privilégios. O que, em tese, e sob o sigiloso contrato, só caberia ao “mandante oficial”.


O fato é que nunca se concluiu a infraestrutura de mobilidade, nem muito menos a tão propalada Cidade da Copa, que seria um dos relevantes legados para aquele município da Região Metropolitana do Recife.
Um dos maiores engodos foi vendido como solução para aquele local


Pois bem, isso posto, vamos ao minguado público que, em duas rodadas no Brasileirão, conseguiu por bravura e muito amor à causa presenciar e prestigiar as duas vitórias do Timbu, até aqui, na Série B.


Consideradas as adversidades, como jogo durante a semana, às 21h30, e sem metrô para voltar, por exemplo, além do salgado preço dos ingressos e demais serviços oferecidos, eis a realidade: uma média de 950 pagantes. Na penúltima colocação.


Para não dizer que temos a pior média, no momento, estamos à frente do “tradicional” Oeste-SP. Clube de Itápolis, interior paulista, mas que está realizando seus jogos em Barueri, que fica na Região Metropolitana de São Paulo.


A respeito do preço médio dos ingressos, a relação é inversamente proporcional. O Náutico tem o terceiro mais caro dentre os 20 clubes: R$ 25. Só “perde” para Sampaio Corrêa-MA (R$ 29) e Vasco-RJ (R$ 33). Com um detalhe, o clube maranhense é o primeiro na média de público com 15.537 pagantes, enquanto o time carioca é o quinto, com 6.108 espectadores.


Se vamos continuar a insistir num erro crasso e absurdo, como permanecer a realizar jogos na Arena Pernambuco, então teremos um alto preço a pagar: jogar para um estádio praticamente de portões fechados.



Confira a matéria sobre a média de público do Brasileiro da Série B 2016:


CASO DE POLÍCIA FEDERAL


Notícia de hoje no Diario de Pernambuco dá conta de que a Polícia Federal chegou à Arena, por intermédio da Operação Lava Jato.


Seria esse o incentivo que faltava?


http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2016/06/02/interna_politica,648157/moro-autoriza-provas-da-lava-jato-em-investigacao-sobre-arena-pernambu.shtml