domingo, 12 de junho de 2016

Voltar pra casa com as dívidas quitadas. Quem não quer?

Soluções para a reforma do Eládio de Barros Carvalho não faltam. Iniciativa é que se faz necesssário para se colocar em prática
Qualquer pesquisa pode comprovar: a maioria absoluta da torcida alvirrubra prefere que os jogos do Timbu voltem a ser disputados num reformado Estádio Eládio de Barros Carvalho, no coração dos Aflitos.


Outro fato notório: a histórica bagunça financeira na administração do Clube Náutico Capibaribe só tem levado a Instituição para baixo, com o comprometimento direto dos recursos – parcos para quem sonha com a Série A – prejudicando os necessários investimentos. O passivo trabalhista lembra a dívida que o Brasil tinha com o FMI: quanto mais paga, mais deve e mais dificulta a solução.


Junte-se esses dois fatores (Arena e passivo) e temos a óbvia aceitação dos torcedores à decisão do Conselho Deliberativo de carimbar a possível verba extra vinda da rescisão do contrato com a Arena. O recurso, se e quando vier, só poderá ser usado na reforma do Estádio dos Aflitos e/ou no pagamento de dívidas trabalhistas – aquelas que, vai e não vem, ameaçam o patrimônio do Náutico em leilões.


O que o Conselho Deliberativo fez foi forçar um freio de arrumação. Grandes somas de dinheiro já passaram pela Instituição anos a fio sem que o problema do passivo fosse ao menos reduzido a padrões aceitáveis. O dinheiro entra, some e não resolve nada para o Clube. Agora terá que ser diferente, a não ser que a decisão do CD seja revogada ou desobedecida.


A volta aos Aflitos é, a meu ver, uma questão de sobrevivência do Náutico. Todos os (graves) problemas com a Arena – acessibilidade, distância, impessoalidade, falta de identidade, preços praticados – tem separado a torcida do Náutico. Claro que a falta de títulos também é responsável por esse distanciamento. E o que é um clube de futebol sem torcida?


Jogar na Arena é uma ideia indefensável. Foi assim desde o começo, e a experiência comprovou a teoria.


O plano apresentado e aprovado no CD em reunião da última quarta-feira (8) prevê inclusive um “acordo” com a Odebrecht, ao facilitar o pagamento de parte da dívida indenizatória com obras. A construtora poderia se encarregar de realizar a recuperação e reforma dos Aflitos ao invés de desembolsar dinheiro. Uma alternativa que contempla ambas as partes.


Por outro lado, com uma quantia considerável em mãos com destinação ao pagamento de passivos, o Clube tem grandes chances de fazer excelentes acordos na Justiça do Trabalho e reduzir substancialmente a dívida. Quiçá saná-la de uma vez por todas.

Pode ser até que tenha algum alvirrubro torcendo o nariz para a deliberação tomada pelo Conselho. E eu gostaria muito de conhecer as suas verdadeiras razões.


Uma ótima semana a todos.
Saudações alvirrubras!

Um comentário:

  1. Muito boa coluna. Não conhecia.

    Ótima colocação.
    Parabéns.

    Compartilho da mesma idéia. Com um passivo quitado (ou parcialmente), se obtém margens para planejamentos sejam a curto ou longo prazo. Hoje, o passivo que o clube tem impede que muita coisa caminhe para frente..

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