quarta-feira, 22 de junho de 2016

Um time de atacantes

Jefferson Nem e Bergson lideram a artilharia alvirrubra na Série B
Após o resultado de empate sem gols no confronto histórico diante do Brasil de Pelotas - este foi o primeiro jogo entre as equipes -, uma curiosidade me veio à tona. Como pode o melhor ataque da competição, contraditoriamente ter a insatisfação generalizada na torcida, que ainda espera pelo homem-gol referência?


Saullo; Matheus, Odilávio, Tiago e Jefferson Nem; Taiberson, Yuri Mamute e Rony; Rafael Coelho, Bergson e Rafael Silva. Alguém reconhece esta equipe? Trata-se do quantitativo de atacantes que estão hoje no grupo do Náutico. Isso sem considerar Daniel Morais, que está treinando em separado, nos Aflitos.


Se considerarmos os clubes que estão no G-4, após 11 rodadas da Série B, o Náutico tem um grupo com nada menos que 12 atacantes. E, apesar de ter feito 21 gols, os atletas daquele setor não estão a corresponder. Pelo menos na expectativa da maioria absoluta da nossa torcida.


O líder Vasco tem cinco atacantes, o vice-líder Atlético Goianiense possui a mesma quantidade. Terceiro lugar, o Criciúma é o mais enxuto, com três. Enquanto o quarto colocado, o Ceará, é o mais inchado, com sete.


Observando a tabela de classificação, o contraditório é o Náutico ter feito mais gols que o próprio líder da Série B, mas hoje ocupa a sexta colocação. Ao contrário do Timbu, o Vasco tem oito vitórias. Os demais concorrentes têm seis, enquanto o Alvirrubro parou em cinco triunfos.


No topo da lista de gols, a solução é caseira e já conhecida por todos, desde o ano passado. O prata da casa Jefferson Nem está com 5 tentos. Depois, Bergson, que também estava no grupo e balançou as redes por três vezes. Discreto, Taiberson fez apenas dois gols. Por fim, os esforçados Rony, Rafael Coelho e Tiago Adan, com a inexpressiva marca de um gol, cada um.


Claro que se até o goleiro Julio Cesar fizer gol é válido e bem-vindo. Mas o lógico é esperar por gols de quem está contratado e atuando na função de atacante.  


O fato é que não há como se trabalhar a contento com um grupo com quase 40 atletas à disposição. Como é que o treinador Alexandre Gallo pode fazer observações criteriosas com essa quantidade de atacantes?


Diante disso, a pergunta que não quer calar é a seguinte: Qual o critério (se é que existe), para as contratações, por parte da diretoria de futebol? Esses profissionais recebem salários. Como se faz para não comprometer a folha do grupo?   


Além de onerar o caixa do Clube, essas contratações desenfreadas ainda podem gerar futuras causas trabalhistas que emperram a vida administrativo-financeira da instituição.

Numa outra analogia um pouco distante, se o Barcelona (Suárez, Messi, Neymar, Munir e Sandro) e o Real Madrid (Cristiano Ronaldo, Benzema, Jesé, Lucas Vázquez e Morata) têm cinco atacantes, cada. 


Por que o Náutico tem 12 atacantes?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é tão bem vinda quanto o respeito que a acompanha!!
Obrigado pela visita.