quinta-feira, 17 de novembro de 2016

NÁUTICO: Distorções reais de uma realidade virtual

Geralmente a torcida utiliza os espaços públicos como estádios e agora as redes sociais para expressar contentamentos ou descontentamentos para com o time do coração.

Com o advento da internet, agora até jogadores e dirigentes de clubes podem externar suas impressões sobre o mundo do futebol e tudo o mais que o cerca. Cada um com sua conta pessoal nas redes sociais.

Porém, o que tem que ficar claro para todos é até onde cada um pode ou deve ir. Ou melhor, o que cada um deve fazer, no cumprimento do seu papel.

Senão, vejamos. Ao torcedor, cabe se associar ao clube e incentivar a equipe nas dependências do estádio. Cobrar quando o resultado não vem e/ou a gestão não satisfaz às suas expectativas.

Além da transparência acima de tudo, cabe aos dirigentes o papel de saber o que e como se deve agir quanto aos interesses da agremiação. Quais os meios e os fins cabíveis, especialmente na área cível.

No caso específico do Náutico, existe uma evidente ausência de coordenação nas ações tomadas pela Diretoria Executiva. Ao detectarem de maneira retardada que o Timbu estava sendo garfado pela arbitragem nesta reta final da Série B, resolveram, enfim, agir. Contudo, mais uma vez, de maneira equivocada.

Ora, isso cabe a qualquer torcedor do Náutico. Não precisa ser da Diretoria Executiva. Saber o seu papel e o seu dever é o mínimo necessário para estar num cargo representativo.

Ao invés de tomarem providências jurídicas e representação direta, formal e objetiva contra o árbitro que prejudicou o time (apesar do pífio futebol apresentado nos jogos fora de Pernambuco), junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ou Superior Tribunal de Justiça Desportiva, diretores utilizam suas redes sociais para “protestar”.

Aliás, e não só providências jurídicas mas sobretudo e, principalmente, o trabalho preventivo, de relacionamento com a CBF e comissão de arbitragem. Falar agora via rede social é justificativa para a derrota, e não ação efetiva.

Para quem não sabe, o Bragantino já pode jogar contra o Bahia  rebaixado, porque o Oeste-SP jogará nesta sexta-feira (18). Remarcação de partidas e horários envolvem relacionamento, inclusive com a Rede Globo.

Neste caso, jogar para a torcida de nada vai adiantar. O que se espera é uma atuação comprometida, focada e eficaz de gestores. Não é com uma tuitada que se administra o Clube.

Vamos agir no mundo real, Náutico!   

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