segunda-feira, 2 de maio de 2016

Balanço financeiro divulgado pela gestão MF gera polêmica e reação da gestão anterior do Náutico

A gestão Marcos Freitas parece ter perdido o rumo dos fatos. Após os sequenciados fracassos com as eliminações do time do Náutico nas duas competições, Copa do Brasil e Pernambucano, agora a polêmica fica por conta da publicação do balanço do clube, relativo a 2015, no site oficial do Timbu. 

Veja no site oficial do Náutico: http://www.nautico-pe.com.br/noticias/1833/balanco-patrimonial

Ex-diretora de Comunicação da gestão Glauber Vasconcelos, a jornalista Ericka Melo enviou material à imprensa contendo outra versão sobre o assunto:

"ESCLARECIMENTO AOS ALVIRRUBROS

O grupo responsável pela gestão do Clube Náutico Capibaribe no biênio 2014-2015 se sente na obrigação de se manifestar para esclarecer sobre o Balanço Financeiro do CNC relativo a 2015. O mesmo foi publicado no site do Clube de forma incompleta, sem a necessária contextualização e sem o estrito rigor técnico jurídico. Assim, o invés de informar ao público, o citado balanço traz desinformação que infelizmente vem sendo utilizada por detratores mal intencionados.
 

Em primeiro lugar, e o mais importante, é que o balanço financeiro divulgado não traz as devidas notas explicativas. Por conta disso, os números apresentados podem ser manipulados de tal forma a dar a entender que a gestão 2014-2015 causou um rombo de dezenas de milhões ao Náutico. Pelo contrário: a gestão passada foi a que mais teve responsabilidade com os recursos do Clube Náutico Capibaribe, como demonstramos com os fatos a seguir relatados:

1) Mudamos o regime de contabilidade do clube – saímos do regime de caixa (usado até 2013) e passamos para o de competência. No regime de caixa só aparecem as receitas e despesas efetuadas, que não são demonstrativo real da situação financeira do clube. No regime de competência aparece tudo: receitas e despesas pagas, dívidas e créditos, tudo o que significa alteração patrimonial.
 

Em outras palavras, todo o passivo do clube passou a ser contabilizado, por isso “passou” de R$ 66 milhões para R$ 149 milhões. Não foi a dívida que aumentou tanto, foi a transparência dos dados, somente.

2) Nossa gestão fez com que o CNC aderisse ao PROFUT (novembro/2015), trazendo muitas consequências positivas para a saúde financeira do clube. O balanço financeiro 2015 publicado ignora os ganhos advindos desta medida. Ao aderir ao PROFUT o clube recebe automaticamente grandes benefícios fiscais: redução de 70% do valor das multas, 40% do valor dos juros, e 100% dos encargos legais por débitos até agosto de 2015. Essas reduções da dívida que somam quase R$ 14 milhões foram “esquecidas” no balanço – mas certamente seriam positivamente contabilizadas em 2016, como se fosse fruto de trabalho da nova gestão. A César o que é de César.

3) Ainda o PROFUT: Com a desconsideração dos ganhos obtidos com a adesão ao programa, além de não aparecer os citados 14 milhões, apareceu em “despesas financeiras” um valor de R$ 5,8 milhões, que corresponde aos mais de 50 milhões atualizados pela Selic média de 2015, não sendo despesa gerada pela gestão 2014/15, mas pelo estoque da dívida histórica. Valores semelhantes, referentes ao estoque da dívida, também apareceram em 2014.

4) Reflexos do PROFUT para o Náutico:

a. Negociamos todos os débitos administrativos e ajuizados de FGTS do clube até agosto de 2015. Isso representou uma negociação na ordem de R$ 5.519.657,56 divididos em 180 parcelas de R$ 30.650,20 que serão pagas com recursos oriundos da TIMEMANIA.

b. Os débitos relativos a Receita Federal, PGFN (previdenciário e não previdenciário) e INSS foram todos negociados via PROFUT até 02/08/2015. Neste caso, os rebatimentos dos juros e encargos que ocorreram com a adesão ao programa, deveriam repercutir como receita no exercício. Ao invés disso, foram mantidos os valores escriturados em 2014 e corrigidos pela taxa Selic, o que veio a elevar o prejuízo financeiro em aproximadamente 100%.
 

5) É importante informar que a gestão passada foi a que mais pagou débitos trabalhistas – não a que mais produziu passivo, apenas a que mais pagou por dívidas antigas. Nada menos que 50% do que era pago pela Arena foi automaticamente repassado à Justiça do Trabalho para quitação de débitos trabalhistas antigos.

6) No balanço consta que nossa gestão adiantou receitas de 2016 no valor de R$ 2,9 milhões. Na verdade, foram adiantados somente R$ 500 mil do Campeonato Pernambucano – aliás, valor igual ao que foi adiantado em 2013, ano em que o Náutico estava na Série A. Além disso, deixamos para ser pago em 2016 o valor de R$ 890 mil, resultado de uma repactuação de dívida. E só. Em contrapartida, ficou para ser recebido em 2016 R$ 700 mil reais da venda de Marcus Vinicius, a parcela de R$ 200 mil reais da Ambev, além da elevação da cota de Série B de R$ 3 milhões para R$ 5 milhões.

A penúria financeira do CNC em janeiro de 2014 não se parece nada com a situação financeira de 2016. Sem recursos, sem time inicial formado, com ameaças constantes de leilão do patrimônio por débitos antigos, fizemos milagre. Não ganhamos títulos, é verdade; mas organizamos as finanças e aumentamos a arrecadação para a próxima gestão – independente de quem fosse eleito.

Organizamos o clube do ponto de vista administrativo-fiscal. Criamos um processo de controle financeiro, customizamos o ERP TOTUS RH melhorando os controles e criando relatórios gerenciais para atender os processos de auditorias e Conselho Fiscal, implantamos uma nova plataforma do Society CRM, demos início ao processo de individualização do FGTS, criamos o centro de custo do Esporte Olímpico e passamos a contabilizar todas as receitas e despesas. Realizamos o levantamento patrimonial do clube nas áreas da Sede, garagem de remo e centro de treinamento, além de todo o acerto de troféus

Aderir ao PROFUT foi importante. Mas também conseguimos reduzir substancialmente o passivo, quase dobrar o valor pago pela cota televisionada da Série B, parcelamos por 30 anos os débitos com FGTS limpando o nome do CNC e direcionamos os recursos do Timemania para o pagamento dessa despesa (FGTS). E ainda deixamos um time formado. Tudo isso foi feito com muito esforço, e não vamos permitir que denigram esse legado de responsabilidade que deixamos ao Clube Náutico Capibaribe.

Assinam os seguintes gestores do CNC no período 2014-2015:

> Aluízio Araújo
> Bira Tavares
> Carlos Lindberg
> Carlos Roma
> Daniel Hazin
> Diógenes Braga
> Durval Valença
> Eraldo Junior
> Ericka Melo
> Fábio Lins
> Francisco Avelar
> Glauber Vasconcelos
> Gustavo Ventura
> Ivan Pinto da Rocha
> José Barbosa
> Luiz Guerra
> Paulo Henrique Guerra
> Roberto Andrade
> Sílvia Bourbon Nava
> Sílvio Bourbon Nava"


Com a palavra, o torcedor alvirrubro...

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