A gestão Marcos Freitas parece ter perdido o rumo dos fatos. Após os sequenciados fracassos com as eliminações do time do Náutico nas duas competições, Copa do Brasil e Pernambucano, agora a polêmica fica por conta da publicação do balanço do clube, relativo a 2015, no site oficial do Timbu.
Veja no site oficial do Náutico: http://www.nautico-pe.com.br/noticias/1833/balanco-patrimonial
Ex-diretora de Comunicação da gestão Glauber Vasconcelos, a jornalista Ericka Melo enviou material à imprensa contendo outra versão sobre o assunto:
"ESCLARECIMENTO AOS ALVIRRUBROS
O grupo responsável pela
gestão do Clube Náutico Capibaribe no biênio 2014-2015 se sente na
obrigação de se manifestar para esclarecer sobre o Balanço Financeiro do
CNC relativo a 2015. O mesmo foi publicado no site do Clube de forma
incompleta, sem a necessária contextualização e sem o estrito rigor
técnico jurídico. Assim, o invés de informar ao público, o citado
balanço traz desinformação que infelizmente vem sendo utilizada por
detratores mal intencionados.
Em primeiro lugar, e o mais
importante, é que o balanço financeiro divulgado não traz as devidas
notas explicativas. Por conta disso, os números apresentados podem ser
manipulados de tal forma a dar a entender que a gestão 2014-2015 causou
um rombo de dezenas de milhões ao Náutico. Pelo contrário: a gestão
passada foi a que mais teve responsabilidade com os recursos do Clube
Náutico Capibaribe, como demonstramos com os fatos a seguir relatados:
1)
Mudamos o regime de contabilidade do clube – saímos do regime de
caixa (usado até 2013) e passamos para o de competência. No regime de
caixa só aparecem as receitas e despesas efetuadas, que não são
demonstrativo real da situação financeira do clube. No regime de
competência aparece tudo: receitas e despesas pagas, dívidas e créditos,
tudo o que significa alteração patrimonial.
Em outras palavras,
todo o passivo do clube passou a ser contabilizado, por isso “passou”
de R$ 66 milhões para R$ 149 milhões. Não foi a dívida que aumentou
tanto, foi a transparência dos dados, somente.
2) Nossa
gestão fez com que o CNC aderisse ao PROFUT (novembro/2015), trazendo
muitas consequências positivas para a saúde financeira do clube. O
balanço financeiro 2015 publicado ignora os ganhos advindos desta
medida. Ao aderir ao PROFUT o clube recebe automaticamente grandes
benefícios fiscais: redução de 70% do valor das multas, 40% do valor dos
juros, e 100% dos encargos legais por débitos até agosto de 2015. Essas
reduções da dívida que somam quase R$ 14 milhões foram “esquecidas” no
balanço – mas certamente seriam positivamente contabilizadas em 2016,
como se fosse fruto de trabalho da nova gestão. A César o que é de
César.
3) Ainda o PROFUT: Com a desconsideração dos ganhos
obtidos com a adesão ao programa, além de não aparecer os citados 14
milhões, apareceu em “despesas financeiras” um valor de R$ 5,8 milhões,
que corresponde aos mais de 50 milhões atualizados pela Selic média de
2015, não sendo despesa gerada pela gestão 2014/15, mas pelo estoque da
dívida histórica. Valores semelhantes, referentes ao estoque da dívida,
também apareceram em 2014.
4) Reflexos do PROFUT para o Náutico:
a.
Negociamos todos os débitos administrativos e ajuizados de FGTS
do clube até agosto de 2015. Isso representou uma negociação na ordem de
R$ 5.519.657,56 divididos em 180 parcelas de R$ 30.650,20 que serão
pagas com recursos oriundos da TIMEMANIA.
b. Os débitos
relativos a Receita Federal, PGFN (previdenciário e não previdenciário) e
INSS foram todos negociados via PROFUT até 02/08/2015. Neste caso, os
rebatimentos dos juros e encargos que ocorreram com a adesão ao
programa, deveriam repercutir como receita no exercício. Ao invés disso,
foram mantidos os valores escriturados em 2014 e corrigidos pela taxa
Selic, o que veio a elevar o prejuízo financeiro em aproximadamente
100%.
5) É importante informar que a gestão passada foi a
que mais pagou débitos trabalhistas – não a que mais produziu passivo,
apenas a que mais pagou por dívidas antigas. Nada menos que 50% do que
era pago pela Arena foi automaticamente repassado à Justiça do Trabalho
para quitação de débitos trabalhistas antigos.
6) No balanço
consta que nossa gestão adiantou receitas de 2016 no valor de R$ 2,9
milhões. Na verdade, foram adiantados somente R$ 500 mil do Campeonato
Pernambucano – aliás, valor igual ao que foi adiantado em 2013, ano em
que o Náutico estava na Série A. Além disso, deixamos para ser pago em
2016 o valor de R$ 890 mil, resultado de uma repactuação de dívida. E
só. Em contrapartida, ficou para ser recebido em 2016 R$ 700 mil reais
da venda de Marcus Vinicius, a parcela de R$ 200 mil reais da Ambev,
além da elevação da cota de Série B de R$ 3 milhões para R$ 5 milhões.
A
penúria financeira do CNC em janeiro de 2014 não se parece nada com a
situação financeira de 2016. Sem recursos, sem time inicial formado, com
ameaças constantes de leilão do patrimônio por débitos antigos, fizemos
milagre. Não ganhamos títulos, é verdade; mas organizamos as finanças e
aumentamos a arrecadação para a próxima gestão – independente de quem
fosse eleito.
Organizamos o clube do ponto de vista
administrativo-fiscal. Criamos um processo de controle financeiro,
customizamos o ERP TOTUS RH melhorando os controles e criando relatórios
gerenciais para atender os processos de auditorias e Conselho Fiscal,
implantamos uma nova plataforma do Society CRM, demos início ao processo
de individualização do FGTS, criamos o centro de custo do Esporte
Olímpico e passamos a contabilizar todas as receitas e despesas.
Realizamos o levantamento patrimonial do clube nas áreas da Sede,
garagem de remo e centro de treinamento, além de todo o acerto de
troféus
Aderir ao PROFUT foi importante. Mas também conseguimos
reduzir substancialmente o passivo, quase dobrar o valor pago pela cota
televisionada da Série B, parcelamos por 30 anos os débitos com FGTS
limpando o nome do CNC e direcionamos os recursos do Timemania para o
pagamento dessa despesa (FGTS). E ainda deixamos um time formado. Tudo
isso foi feito com muito esforço, e não vamos permitir que denigram esse
legado de responsabilidade que deixamos ao Clube Náutico Capibaribe.
Assinam os seguintes gestores do CNC no período 2014-2015:
> Aluízio Araújo
> Bira Tavares
> Carlos Lindberg
> Carlos Roma
> Daniel Hazin
> Diógenes Braga
> Durval Valença
> Eraldo Junior
> Ericka Melo
> Fábio Lins
> Francisco Avelar
> Glauber Vasconcelos
> Gustavo Ventura
> Ivan Pinto da Rocha
> José Barbosa
> Luiz Guerra
> Paulo Henrique Guerra
> Roberto Andrade
> Sílvia Bourbon Nava
> Sílvio Bourbon Nava"
Com a palavra, o torcedor alvirrubro...
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