quarta-feira, 8 de junho de 2016

Umbro x Náutico: Uma bomba prestes a explodir

Camisa oficial nº 1 do Náutico, na versão Umbro 2016
A súbita troca de marca de fornecedores de uniforme do Náutico, no início deste ano, foi amplamente comemorada pela gestão e pela imprensa esportiva pernambucana como um grande negócio para o Clube Náutico Capibaribe.


Disseram ser um contrato seis vezes mais vantajoso que o anterior, da Umbro. O fato de a Umbro ter um contrato em vigência com o Clube foi minorado: “não tem nada, a Topper paga a multa rescisória”. Pronto, discurso fechado e vendido com serpentinas à torcida.


Mas a vida real não funciona assim. No mundo corporativo, empresarial, vale o que está escrito e assinado. E o fato é: a Umbro tinha (e continua tendo) contrato em vigência. E, pelo que a própria Umbro nos confirmou, esse contrato ainda não foi rescindido.


Nesta terça-feira (7) apareceram nas redes sociais fotos do novo uniforme do Náutico preparado pela... Umbro. Já foi lançado no mercado, está à venda em algumas lojas esportivas ao preço de R$ 99,90. Lindos, aliás. Padrão Umbro de beleza e qualidade. Mas como pode ser vendido, se o novo uniforme criado pela Topper foi oficialmente lançado no Clube numa festa impecável na semana passada?


Camisa oficial nº 2 do Náutico, na versão Umbro 2016
Fomos investigar. Adivinha? O Náutico fechou com a Topper, mas não acertou a rescisão com a Umbro. Resultado: a Umbro, que já tinha comprado todo o material para o lançamento do novo uniforme, tocou a produção (desrespeito por desrespeito, a Umbro pelo menos tem um contrato a lhe proteger) e pôs os produtos à venda.


E agora? O caminho é judicial. Além da multa de rescisão contratual, que é mínima segundo a Umbro, o Náutico também poderá ter que pagar algo muito mais caro: indenizações por descumprimento grave de contrato, restituição por lucros cessantes, e sabe-se lá mais o quê. Lá vem mais confusão, mais grandes despesas sem nenhuma necessidade.


Será que a Topper vai pagar todo o prejuízo, ou o Clube vai ter que arcar sozinho com o prejuízo causado nessa ação de erro primário? O Náutico precisa disso? Quanto será o prejuízo? Certamente a Umbro, ofendida, não vai abrir mão de seus direitos.


Na versão do vice-presidente comercial do Náutico Pedro Paulo, as negociações de encerramento de contrato com a Umbro foram bem encaminhadas e resolvidas. “Fizemos o que era melhor para o Clube e também para a empresa”, garantiu.

       

Sobre a multa rescisória, Pedro Paulo contou que só falta apenas a terça parte do total, mas não revelou valores. “Nós já pagamos a fração de dois terços do contrato”, concluiu.   

Um comentário:

  1. Até quando vai continuar esse amadorismo na direção do Naútico ? Vai ano vem ano e continua de mau a pior! Ninguém ver uma projeção para conquistas de títulos, ficam enrolando os torcedores e ninguém faz nada.#LamentavelContinuoComPadroesUmbro

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