quarta-feira, 27 de julho de 2016

Volta aos Aflitos: Passados sete meses, nada de concreto foi feito pelo Executivo

Estádio continua a sediar jogos de futebol americano e futebol de campo Sub 20. Foto: José Araújo/Colaboração


IH, O JUIZ ESTÁ VENDO!


Aos 42 minutos do segundo tempo, o time favorito cai em si: está apanhando de 2 a 1, e nada indica que terá condições de virar o jogo. O seu craque está capengando, mal sai do meio do campo. O seu goleiro tá num dia de frangueiro e saiu, deixando em seu lugar um reserva que definitivamente não está preparado para a decisão.


No desespero, o jogador vê que não vai alcançar a bola com a cabeça, mete a mão grande e faz o gol. Goooooool! Mas o juiz viu. A torcida viu. Todo mundo viu. Não valeu. Não vale.


Agora, o mesmo conto em outras palavras:


O site oficial do Náutico publicou na noite desta terça (26) uma matéria que era para ser redentora, trazendo a boa notícia que todo torcedor alvirrubro que se preze quer: união de Executivo e Conselho Deliberativo em torno da volta aos Aflitos. Unidade, oba! 

Leia a matéria do site oficial do Náutico: http://www.nautico-pe.com.br/noticias/2045/executivo-e-deliberativo-montam-comissao-para-reforma-dos-aflitos


Horas depois, a ducha de água fria: o juiz viu, e anulou o gol. O Conselho Deliberativo publica matéria desmentindo o Executivo. Chato, né?


RESTROSPECTIVA DA NOVELA DA VOLTA AOS AFLITOS


Vale a pena ler de novo…


Em agosto do ano passado, a Arena deixa de pagar ao Náutico. Começa a se falar em rompimento de contrato. O Náutico não tem dinheiro nem para pensar em rescindir e fica na sua, torcendo para a Arena encher a paciência de vez.


Janeiro deste ano. A Arena paga os atrasados. Em março, o governo do estado fala que vai rescindir. O Conselho Deliberativo decide que o Náutico, sem a Arena, deve voltar a jogar nos Aflitos. A torcida ama a decisão. O Executivo fica absolutamente parado. Em maio, o Conselho decide que será formada uma comissão com o Executivo para cuidar dessa volta.


Mais de 60 dias depois, o Executivo nem mandou ainda o nome de seus três representantes para essa comissão.


No fórum, Ivan Brondi não esclareceu sobre o atraso. Foto: José Gomes Neto/CTN
No dia 12 de julho, acontece um fórum aberto em que se decide requerer a Assembleia Geral dos Sócios. Presente, o presidente em exercício Ivan Brondi não consegue responder à complexa pergunta: por que o Executivo ainda não formou a comissão decidida em maio?


Na semana passada, o requerimento sobre a assembleia chega ao Conselho e é enviado para um parecer da Comissão de Legislação e Justiça.


Nesta segunda-feira (25), o Executivo e o Conselho se reúnem. No dia seguinte, o Executivo diz que está tudo decidido, que será montada uma... comissão! (a mesma decidida em maio pelo Conselho e ainda não formada porque o... Executivo (!) não enviou o nome de seus representantes).


Terça-feira (26) à noite, o Conselho Deliberativo divulga matéria desmentindo o Executivo, reafirmando que decisão alguma foi tomada no dia anterior. 

Confira a matéria no site do CD do Náutico: http://cd-nautico.com.br/ultima-noticia.php


Pronto, chegamos a hoje.


CORTINA DE FUMAÇA


O que o Executivo fez com a matéria divulgada em seu site foi um acinte para a inteligência do torcedor. Para evitar a assembleia, se reúne com a mesa diretora do Conselho e chega à decisão de montar uma comissão que está proposta há mais de dois meses e não foi formada ainda por culpa do próprio Executivo.


E pronto, tudo está solucionado, esqueçam essa bobagem de Assembleia Geral de Sócios...


Detalhe: o Conselho nega que tenha feito tal acordo na reunião de segunda-feira (25).


Até aqui, o Executivo nada fez para a volta aos Aflitos. Agora é que está apresentando um orçamento – no final do 7º mês. Nenhuma campanha de marketing foi iniciada para angariar recursos (e não me venham falar que boleto distribuído a parte dos sócios é uma campanha de marketing!).


Nenhum saco de cimento comprado, pelo que se sabe. Nenhuma empresa contratada. Nada. "Mas agora vai", promete. Com a comissão, ainda não formada, tudo vai mudar.


Como torcedor, estou enfurecido e enojado. Fomos ao fórum, mostramos que queremos a volta aos Aflitos e não estamos nada satisfeitos com o ritmo lesma com que a obra (não) está sendo tocada.


O Executivo teve seu voto de confiança e jogou no lixo. O time vai mal, nem se fala mais em conseguir o acesso à série A. O Executivo jogou contra a volta aos Aflitos, na prática, com sua inércia.


Qual o capital que restou? Tentar recuperar a imagem perante a torcida dizendo que está fazendo de tudo para voltar aos Aflitos. É mentira. Os sete meses de inoperância atestam que é mentira.

Mas há uma saída. Se o Executivo quer mesmo a volta aos Aflitos, que acate a Assembleia Geral de Sócios e que ajude, ou pelo menos não atrapalhe, com as obras.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Há 48 anos, Náutico conquistava o HEXA

Sequência de títulos permanece inédita e é motivo de orgulho para alvirrubros



Equipe do Náutico que venceu Sport por 1 a 0, nos Aflitos, e levantou exclusivo HEXA. Crédito: Foto reprodução

Recife, domingo, 21 de julho de 1968. Pelo sexto ano seguido, o Náutico entrava em campo para buscar a então inédita conquista do Hexacampeonato pernambucano. Já havia ostentado duas marcas históricas em 1966 e 1967: havia sido o primeiro clube a chegar ao Tetra e ao Penta.


Aflitos lotado, mais de 30 mil torcedores presentes (23.320 pagantes). Expectativa geral por parte das torcidas alvirrubra e rubro-negra. No tempo normal, placar inalterado. Como uma alusão ao desfecho, o jogo fora decidido na prorrogação. A tarde já caía quando o atacante Ramos fez a torcida timbu explodir em emoção no Eládio de Barros Carvalho. Final: Náutico 1x0 Sport.


O tão ostentado HEXA do Náutico faz parte não somente da história do Clube, mas do agora centenário futebol pernambucano. Lembrar desta conquista é ressaltar o vermelho de luta e o branco de paz nos gramados pernambucanos.


A Central Timbu de Notícias presta uma homenagem e agradece a cada jogador que escreveu esse capítulo inédito e exclusivo da história do Clube Náutico Capibaribe. Por consequência, do nosso futebol.

Saudações alvirrubras!


terça-feira, 19 de julho de 2016

Dia Nacional do Futebol

Não há o que comemorar no Náutico



Torcida do Náutico se mantém firme e forte com o Timbu, mesmo sem ter o que comemorar no Dia Nacional do Futebol
No Dia Nacional do Futebol, façamos uma breve reflexão de como anda esta modalidade no Clube Náutico Capibaribe. Bom, pra começo de conversa, estamos numa fila de espera que já dura 12 anos de jejum.


Mesmo assim, a torcida alvirrubra dá provas firmes e insofismável de que é, de fato, a mais fiel de Pernambuco. Apesar de todos os desmandos no Clube e ausência de títulos, continua ao lado do Timbu.


Nesta temporada, o futebol do Náutico parecia que iria reagir e dar a volta por cima. Com uma equipe montada, quando ficou na 5ª colocação na Série B 2015, alguns reforços iriam deixar o time no ponto para levantar o título estadual.


Um começo arrasador no Pernambucano levou o Náutico a conquistar o primeiro lugar da fase de classificação. Porém, a eliminação precoce na Copa do Brasil fez com que o time degringolasse. Nas semifinais do Estadual, duas derrotas para o Santa Cruz e o desmonte teve início.


O técnico Gilmar Dal Pozzo foi demitido e considerado como o único culpado pelos fracassos nas duas únicas competições nas quais o Alvirrubro disputou no primeiro quadrimestre deste ano.


Depois, a diretoria de futebol do Náutico resolveu contratar o técnico Alexandre Gallo. Sua terceira passagem no Clube teve um respaldo de um vice-campeonato pernambucano, em 2010, e uma campanha caseira, na Série A em 2012.


Com o técnico, vieram vários jogadores indicados por ele. Apostas não faltaram.


Planejamento e austeridade, definitivamente, não fazem parte do futebol do Náutico. Segundo declarações de diretores em entrevista coletiva nesta segunda-feira (18), no CT Wilson Campos, a parada de 18 dias na Segundona, por conta dos Jogos Olímpicos do Rio, será “aproveitada” para aprimorar o time.


A campanha do Timbu na Série B oscila mais do que a cotação do dólar. Em 16 partidas na competição, o Náutico foi da 16ª posição, na estreia, passando por quatro rodadas no G-4 (da 7ª à 10ª), e agora ocupa um preocupante 11º lugar.


Contusões começaram a ocorrer com a incidência de frutas de época a cair das fruteiras. O que coloca o departamento médico em xeque.


Desculpas feitas pelo treinador pelos sucessivos fracassos confrontam a inteligência do torcedor. Está visível que o time está fora de controle.


Em suma, o ideal seria comemorarmos este dia com serenidade e certeza de que teremos dias melhores para o futebol do Náutico.

Enfim, é o que temos para hoje.


Que venham dias melhores…

Avante Náutico!



Saiba porquê a data é comemorada hoje no Brasil:
http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-do-futebol.htm 

domingo, 17 de julho de 2016

A hora do pesadelo

Náutico vive mais do mesmo na Série B e começa a se distanciar cada vez mais do G-4



Ao Náutico cabe o dever de reagir enquanto há tempo, na Série B
É, pessoal, não está fácil mesmo para o Náutico. Aliás, para o futebol do Timbu, se um dia já foi, não lembro. As sucessivas derrotas na Série B estão a distanciar cada vez mais o Alvirrubro do objetivo principal nesta temporada: retornar à Série A.


O abismo em que o técnico Alexandre Gallo colocou o Náutico na competição, junto com seus jogadores de qualidade bastante duvidosas, mostra que a diretoria de futebol do Clube parece não estar em sintonia com este objetivo.


Não quero me tornar repetitivo, mas é impossível deixar de lembrar que tínhamos um time pronto no início da temporada. Porém, com as eliminações do Náutico na Copa do Brasil e Pernambucano (apenas nessas duas competições o Timbu disputou no primeiro quadrimestre de 2016), tudo foi modificado.


Demitiram o treinador Gilmar Dal Pozzo e trouxeram Alexandre Gallo. Com um detalhe, para montar um time durante o Campeonato Brasileiro. A roleta está girando e estamos oscilando muito. O caminho agora aponta  para a parte de baixo da tabela.


Alerta geral ligado: Náutico está a quatro pontos da zona de rebaixamento!


Perdemos a defesa, setor que estava consolidado, e era tido como referência no time. Com isso, descemos à condição de termos uma equipe figurante na Série B.


Depois de passar quatro rodadas no G-4 do Brasileirão, (da 7ª a 10ª rodadas), e provocar uma falsa ilusão de reação e poder competitivo, o Náutico volta a figurar na 11ª posição. Desde a segunda rodada que isso não ocorria.


Hoje, oito pontos separam o Timbu do grupo dos quatro melhores.


Ora, a meta não é permanecer na Série B. Claro, pior será ser rebaixado. Mas começo a ficar bastante preocupado com esta real possibilidade. Quem está a me convencer disso é o próprio time.


Aliás, as atitudes perniciosas dos diretores corroboram substancialmente para que isso aconteça.


Quando nada dá certo, é porque talvez não tenha havido planejamento. Sair contratando jogador a esmo, a título de teste, só pode desaguar em desventuras.  


Já o departamento médico do Náutico segue a sua sina de viver como uma emergência ortopédica. Contusões, estiramentos e rupturas de ligamentos são tão comuns quanto nas clínicas do gênero.


Diante desta realidade, vem a pergunta: O que de fato está a ocorrer no DM alvirrubro?


EXTRA-CAMPO


Como se não bastassem os problemas dentro de campo, fora dos gramados, o desencontro continua. Questões trabalhistas dividem a cena com a campanha ruim do Náutico na Série B.


Há alguns dias veio à tona o caso do lateral Panda. Contratado em 2014, o jogador sequer vestiu a camisa do Náutico. Porém, colocou o Clube na Justiça do Trabalho e pede indenização de R$ 150 mil. O caso ainda não foi julgado e tramitado e cabe recurso de defesa para a instituição.


Em 2013, o volante Martinez expôs o Náutico numa entrevista coletiva, no auditória do Clube, nos Aflitos,  junto com os jogadores do elenco daquela temporada. Na ocasião, o ex-presidente executivo Paulo Wanderley chamou o atleta de “ex-jogador em atividade”.


Pois bem, só esta citação deve custar aos cofres do Clube algo em torno de R$ 300 mil, por danos morais. O valor total da causa de Martinez oscila nos R$ 2,3 milhões.


Muitos jogadores dispensados este ano pelo Náutico devem entrar com ação na Justiça contra o Clube. O que parece inevitável poderia muito bem ser evitado. Trazer qualquer um, sem critério ou responsabilidade gera prejuízos futuros.


AFLITOS


A volta aos Aflitos também é outro entrave que parece contar com a resistência da diretoria da Patrimônio do Náutico. Muitas dificuldades e pouca boa vontade de realizar o desejo da maioria esmagadora de sócios e torcedores alvirrubros passa “despercebido”.


A hora é de se pensar no Clube e para o Clube. Chega de vaidade e troca de farpas inócuas entre o passado e o presente.


Se querem fazer do Náutico um clube forte, então que comecem a trabalhar em prol da instituição.


Não dá mais para ficar a esperar pelo resultado favorável se não se faz por onde. Nada é impossível. Mas a inércia não te impulsiona para frente.

Vamos reagir, Náutico!   

quarta-feira, 13 de julho de 2016

A volta aos Aflitos é mais do que um desejo do torcedor. É uma necessidade de existência para o Náutico

O sentimento e o desejo do torcedor do Náutico de retornar aos Aflitos é legítimo e pertinente. O Náutico é dos alvirrubros!
O resultado do fórum aberto Volta aos Aflitos pode ser considerado satisfatório. O sentimento dos sócios e torcedores alvirrubros que estiveram na noite desta terça-feira (12), na Sede foi de que é possível sim ao Náutico retornar a jogar no Eládio de Barros Carvalho.


Se a união faz a força, então a vontade faz a necessidade se tornar realidade. Traçar metas e trabalhar para atingi-las é o grande divisor de águas a favor das reformas de melhoria do Eládio de Barros Carvalho.


A explanação feita pelo arquiteto Múcio Jucá abordou não apenas a realidade dos Aflitos. De maneira contundente e baseada em estudos dirigidos, ele mostrou as realidades dos estádios pelo Brasil e mundo afora. Tudo de acordo com as recomendações da Fifa.


Fatores como localização e mobilidade apontam que a viabilidade de retorno aos Aflitos não apenas é plausível. Mas se faz necessário para se manter viva a alma da instituição, como clube sócio-esportivo.  


Voltar aos Aflitos significa voltar ao Recife. A fomentação de novas gerações de torcedores do Náutico depende diretamente desta condição. Em dia de jogos do Timbu, não há mais a evidência das cores vermelho e branco pelas ruas da capital pernambucana. Diferente do que ocorre com os dois rivais.


A consequência disso é o não interesse de futuros torcedores pelo Náutico. Claro que os resultados em campo também influenciam. Mas as vitórias em campo não ganham a mesma visibilidade de uma arquibancada vibrante e entusiasmada, na tradicional versão em vermelho e branco.  


Desde que foi jogar em São Lourenço da Mata, o torcedor tem se afastado gradativamente da equipe. A geografia é implacável e não favorece. A mobilidade não existe. Os preços praticados são fora da realidade. Pelo menos para a grande maioria da torcida do Náutico. O sacrifício de se deslocar para a arena é sinônimo de tormenta para para a apaixonada e fiel torcida timbu.


Segundo Múcio Jucá, pesquisas levantaram um dado no mínimo relevante: 41% dos torcedores alvirrubros iam à pé ao Eládio de Barros Carvalho. Localizado numa das melhores regiões da cidade, o estádio do Náutico tem sua localização de fácil e rápido acesso.


Obstáculos existem para serem suplantados. Desafios movem pessoas, que, estimuladas à conquista, movem até montanhas para chegar ao objetivo.  


Não podemos deixar passar uma oportunidade ímpar de voltarmos ao nosso lar. A indiferença de alguns não pode prevalecer ao clamor e desejo da esmagadora maioria de alvirrubros que querem reencontrar sua origem, tradição e história.

É chegado o momento dos poderes do Clube capitanearem o desejo da torcida para, todos juntos, caminharem numa só direção: o retorno aos Aflitos. A condução de uma instituição centenária se dá desta forma, ou seja, satisfazendo ao desejo de grande parte de seus sócios e torcedores.  


Queremos o direito de sermos felizes. De preferência, na nossa única e verdadeira casa: Estádio Eládio de Barros Carvalho. 

Avante Náutico!

domingo, 10 de julho de 2016

Onde falta comando, sobram desmandos

A Nau Alvirrubra está à deriva e precisa ser resgatada para o rumo da Série A. Para isso, é preciso um comando firme e presente
O time do Náutico desandou de vez na Série B 2016. Nada funciona. A maneira como a equipe alvirrubra foi derrotada pelo arrumado CRB, em São Lourenço da Mata, expôs a fragilidade dos comandados do técnico Alexandre Gallo. Está mais do que configurado que o problema vai muito além de gramados ruins e falta de tempo para treinar.


O desmonte do time que ficou na 5ª posição da Série B 2015 por parte da atual diretoria de futebol do Clube tem agora a cobrança da fatura. O primeiro ato veio com a dispensa do técnico Gilmar Dal Pozzo, após os fracassos na Copa do Brasil e Pernambucano desta temporada.


O episódio contrariou inclusive a opinião do presidente executivo licenciado Marcos Freitas. Por sinal, ele nem volta mais ao Náutico. Sua família teria proibido o retorno dele, por razões óbvias, pois não querem que ela padeça com saúde debilitada.


Assim sendo, o presidente em exercício Ivan Brondi está e estará a tocar o barco. Mas, até quando ele vai suportar as decisões que ocorrem no Clube à sua revelia?


Está cada dia mais explícito que o Náutico precisa de uma maior participação e presença de um comandante central. Que tome decisões e traga-as ao conhecimento de sócios e torcedores o seu posicionamento.


Nessa renegociação para mandar os jogos na Arena de Pernambuco não ficou nem um pouco clara quais os interesses do Náutico. Do governo do estado nós sabemos o que pretende e como quer.


As dificuldades para o torcedor são as mesmas de sempre e todos já sabemos de cór e salteado. É muito fácil para quem é diretor ter estacionamento privilegiado, ficar no camarote e não precisar pagar ingresso.


Difícil é encarar um esquema de transporte coletivo falho e sem segurança nenhuma. É fazer malabarismo para comprar ingressos antecipado, sem acesso a internet e equipamento que funciona meio expediente no Clube. Um estacionamento caro e complicado, que cobra comprovante de pagamento até na hora de sair. Isso cansa...


Mas é preciso entender que os representantes do Clube Náutico Capibaribe deveriam defender única e exclusivamente os interesses da instituição.  


Não dá mais para esperar pelo êxito sem se trabalhar para isso. Fazer de conta que se está querendo voltar para os Aflitos, por exemplo, sem ter feito nenhuma ação de marketing contundente para este fim.


Não planejar o futebol e trazer um treinador que passou por aqui em 2012, em outras condições e material humano, e ficar na esperança de que tudo dê certo ao acaso. Não. Futebol não é jogo de cassino.  

Diminuir drasticamente a quantidade de modalidades esportivas olímpicas e amadoras, ocasionando o esvaziamento da Sede também não.


Abandonar a segurança de pessoas que trabalham e moram no Centro de Treinamento Wilson Campos também é uma prova de que as coisas não vão nada bem no Clube.


Chega de tanta cortina de fumaça. Já passou da hora de o Náutico servir aos interesses dos alvirrubros. De todas as classes sociais e gerações. Não é possível que, em plena segunda metade do século 21, ainda se pense o Clube como nos primeiros anos da sua fundação, em abril de 1901.


Abram a mente e o coração. Autocrítica não fere, mas reflete sobre o que está errado. Reconhecer o erro é sábio. O Náutico não é de poucos, como querem alguns, mas de todos os alvirrubros.


Saudações alvirrubras!

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Episódio ocorrido no CT Wilson Campos expõe equívocos estruturais físico e social do Náutico

CT Wilson Campos possui uma área de 48 hectares de área no bairro da Guabiraba. Foto: José Gomes Neto/CTN
Era por volta de 13h da terça-feira (5) quando dois jogadores do Sub 17 e um ex-funcionário do Clube foram abordados à mão armada, nas dependências do Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, Zona Norte do Recife.


Dos atletas, os assaltantes levaram celulares e outros pertences. Já do roupeiro, além do celular, as chuteiras do atacante Yuri Mamute também foram surrupiadas. O duplo azar de estar com pertence alheio, subtraído de suas mãos, piorou a situação do roupeiro. O profisisonal já estava de aviso prévio e isso nada tem a ver com esse episódio.


No entanto, o infortúnio do ex-funcionário do Náutico fora compreendido e perdoado pelo atacante timbu, que por sinal será apresentado nesta quinta-feira (7), lá no Centro de Treinamento.


Horas mais tarde, por volta das 18h daquela terça, um dos seguranças teve que desferir tiros a esmo, em direção à mata que fica no entorno do local. É que havia a presença de um suspeito a ameaçar a integridade de funcionários e atletas que trabalham e moram no CT Wilson Campos.


Mas do que simplesmente o susto e o mal estar de ser assaltado no local de trabalho e moradia, o ocorrido destaca a exposição da estrutura física e patrimônio humano que têm o seu cotidiano do Centro de Treinamento Wilson Campos.   


Além dos profissionais do Náutico, a base do futebol alvirrubro também treina no CT. Há quase dois anos que os jogadores foram transferidos do “Afeganistão”, nos Aflitos (apelido dirigido às antigas dependências dos atletas, que ficava em baixo do Estádio Eládio de Barros Carvalho) para a Guabiraba.


No local, logo nas imediações da entrada do CT, funciona a parte administrativa da base. Além de vulnerável, o mato toma conta do entorno. Não há nenhuma estrutura física, como um muro, que garanta ou mesmo proporcione o bem-estar de quem lá trabalha. “Ficamos à mercê da sorte”, informou um funcionário, que, por razões óbvias, não quis ser identificado.
Centro administrativo do futebol de base do Náutico fica "à mercê da sorte". Foto: José Gomes Neto/CTN


Para quem não sabe, existe um entrave que mais atrapalha do que contribui para a instituição. É que o Instituto Wilson Campos é quem administra o CT. Por sua vez, há também a gestão do Clube Náutico Capibaribe, que é co-responsável.


Em suma, o Náutico é o inquilino principal do Instituo Wilson Campos. Os gestores do CT são indicados pela diretoria executiva do Clube.


CAOS URBANO E SOLUÇÃO


A insegurança não é uma tormenta apenas do Centro de Treinamento Wilson Campos. De maneira generalizada, tomamos conhecimento dos transtornos diários que levam pânico aos cidadãos do Recife e Região Metropolitana. Assaltos e roubos são a tônica nas ruas, transportes públicos, praças, bancos e demais lugares públicos e privados.


Porém, fica impossível eximir a responsabilidade do Clube sobre a segurança de aletas e funcionários num ambiente de trabalho.


No caso do Náutico, uma das soluções para amenizar esta realidade seria uma maior aproximação daquela comunidade com a instituição. O sentimento de pertencimento das pessoas para com o Clube Náutico Capibaribe integraria ambos. O que geraria uma harmonia entre as partes.


É fato que já existem trabalhos realizados que incluem várias gestões do Náutico, ou seja, há mais de quatro anos, como distribuição bolsas para crianças e adolescentes da Guabiraba que participam das escolinhas do CT. Mas seria interessante aprimorar esta aproximação. Nada como a velha política de boa vizinhança para alcançarmos o bem-estar mútuo.   

terça-feira, 5 de julho de 2016

Esvaziamento da Sede: Estratégico ou acidental?

A Sede do Náutico requer presença constante de pessoas, sejam sócios ou não. Esta é a essência de um clube sócio-esportivo
Em tempos de Jogos Olímpicos no Brasil, difícil é não associar esta realidade que ocorre com o Náutico. Até dezembro do ano passado, o Clube detinha a maior grade de esportes olímpicos e amadores do Brasil. Hoje, pouco mais de seis meses depois, o Timbu está reduzido a dez modalidades.


Das 40 modalidades que existiram no Náutico, a grande maioria era competitiva e levava o nome do nosso Clube além das divisas de Pernambuco. Não apenas regional, mas nacional e internacionalmente também. Para quem não sabe, isso é marketing espontâneo para a instituição. 



O mais contundente eram as 20 escolinhas, com preços diferenciados para sócios e não-sócios alvirrubros, que geravam não somente receita à então diretoria de Esportes Olímpicos e Amadores, mas movimentava a vida social na Sede. 



Hoje, são 10 modalidades e 10 escolinhas.


Vale salientar que o futebol do Náutico agora está localizado no Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, Zona Norte do Recife. Com isso, a movimentação na Avenida Rosa e Silva, nos Aflitos, ficava por conta da intensa vida esportiva proporcionada pelas competições e aulas nas escolinhas.


O consequente esvaziamento da Sede do Náutico nos traz à tona uma associação de ideias que chega a provocar calafrios. Quanto menos gente circulando, sócios em especial, menor será a pressão para se exigir a reforma dos Aflitos, por exemplo.


Desde quando o Náutico começou a mandar os seus jogos na então Itaipava Arena Pernambuco, em julho de 2013, a Sede começou a passar por um crônico esvaziamento. Como o Timbu pouco treinava nos Aflitos, a movimentação que era provocada pelo futebol foi perdendo força.


Com a fraca campanha do Náutico na Série A daquele ano, muitos deixavam de se associar e, assim, o terreno ficava livre para que jogadores e dirigentes não fossem cobrados pelos pífios resultados, a cada rodada de fracassos no Brasileirão de 2013.


Nos anos de 2014 e 2015, a Sede do Náutico voltava a ser ocupada por sócios e não-sócios que frequentavam o Clube para praticar atividades físicas e/ou competir. Além de receita, havia uma vida social mais intensa.


Agora, esta estratégia de esvaziamento da Sede traz à baila uma coincidência que não nos oferece boas lembranças. A queixa de sócios e demais torcedores timbus se faz presente pelas redes sociais. A insatisfação está grande e é preciso se fazer algo para que isso não tome um vulto estarrecedor.


A Sede é nossa e precisa ser ocupada com vida social. O Náutico é um clube sócio-esportivo e não pode abdicar desta essência.    


Vida longa e próspera ao Clube Náutico Capibaribe!

De preferência, com pessoas nas dependências de sua Sede.

domingo, 3 de julho de 2016

Tênis de Mesa do Náutico é desligado pela gestão de forma traumática



Ex-técnico do Náutico, Paulo Matos lamentou interrupção do projeto no clube
Quando a atual gestão assumiu em janeiro, havia uma expectativa de que a diretoria de Esportes Amadores e Olímpicos do Náutico continuasse o exitoso trabalho desenvolvido pela anterior. Aliás, o presidente executivo licenciado Marcos Freitas chegou a sinalizar isso, logo após a sua eleição, em dezembro de 2015.  


Porém, o tempo revelou que a teoria, na prática, é bem diferente.  Segundo o ex-técnico Paulo Matos, o tênis de mesa do Náutico teve sua dispensa de forma traumática, por parte do diretor de Esportes Amadores, Sérgio Lopes.


Desde o dia 22 de maio que o tênis de mesa do Náutico está desativado. No dia 27 de abril, houve o último treino. E, na última terça-feira, 28 de junho, Paulo Matos entregou o relatório de atividades da modalidade em maões ao diretor Sérgio Lopes. No conteúdo, as participações do Náutico no período de 17 meses, que compreende competições estaduais, regionais e nacionais.


INÍCIO DO FIM


De acordo com o agora ex-técnico da modalidade, Paulo Matos, o aguardo por um comunicado demorou até o final de janeiro, quando ele decidiu procurar o diretor. O motivo era saber se o tênis de mesa permaneceria no clube e se o local de treinos da escolinha e dos atletas permaneceria o mesmo. As atividades aconteciam na entrada principal da sede.


“Mas somente no final de fevereiro foi que o diretor Sérgio Lopes me comunicou que seria dado outro destino ao local onde treinávamos”, conta Paulo Matos.


No início de abril, dia 5, Paulo diz que começou a pintura na área, devido à solenidade de aniversário do Náutico. “Na ocasião, foi feito um levantamento com a direção de Esportes Amadores quando se chegou a conclusão de que seria possível utilizar o espaço do 1º andar, próximo aos camarotes”.


A rotina de treinos e da escolinha continuou em abril, até que, na última semana daquele mês, veio a novidade. “Na última semana de abril fui comunicado de que teria que subir ao 1º andar, nas imediações dos camarotes”, relata Paulo.


Devido ao problema, Matos diz que, na ocasião, foi dado num prazo de 30 dias para que houvesse uma solução. “A ideia era de se fazer uma escada de acesso ao local.”


Inclusive, oito lâmpadas de 100 watts e quatro 250 watts que foram adquiridas e colocadas no local pelos atletas de tênis de mesa, desapareceram. “Os eletricistas da obra não sabiam qual o destino delas. Eles disseram que haviam sido retiradas, mas não sabiam por quem”.


A escolinha de tênis de mesa do Náutico tinha 10 alunos. O que fomentava um ganho de R$ 500, ao mês à diretora de Desportos Amadores.


Já a modalidade contava com 20 atletas participando das competições como o Campeonato Brasileiro Individual e de Duplas, que aconteceu de 17 a 22 de maio (o Náutico competiu com um atleta no masculino). E no domingo, 22 de maio, o Campeonato Pernambucano de Duplas e Equipe, quando o Náutico competiu com uma equipe e duas duplas.


“Fomos praticamente sem treinar no Náutico. A escolinha parou de vez. Os atletas continuaram treinando na Unicap, de favor. O Náutico já estava inscrito no Campeonato Brasileiro e não deixamos de honrar o nome do clube”.


Por fim, Paulo Matos externou a sua frustração em não poder dar continuidade ao trabalho no Náutico. “A sensação é de dever cumprido, mas de certa forma incompleta, por ter um projeto interrompido. Não pude continuar a escalada de aprimoramento de conquistas dos atletas. A escolinha tinha como objetivo, a médio prazo, ter atletas formados no Clube”, concluiu o ex-treinador.


O blog tentou fazer contato com o diretor Sérgio Lopes para saber a sua versão dos fatos desde a sexta-feira (1º), mas sem retorno. Na tarde daquele dia, o diretor alvirrubro não retornou contato feito pelo Whatsapp. Quando ligamos para o Clube, a secretária disse que ele estava em reunião com o pessoal do Remo do Náutico. Hoje pela manhã (domingo, 3), tornamos a fazer contato, mas ele não atendeu a ligação originada por celular.


25 ANOS DEPOIS


Meta de ex-treinador era de fomentar atletas de tênis de mesa no Náutico
Em dezembro de 2014, após um contato telefônico com o então vice-presidente executivo do Náutico, Gustavo Ventura (atual presidente do Conselho Deliberativo), Paulo Matos diz que fora convidado a colaborar com o Náutico. “Na condição de alvirrubro que sou e também para resgatar a modalidade no clube, após 25 anos, aceitei retornar ao clube”.


Paulo Matos conta que iniciou a carreira de treinador justamente no Náutico, em 1979, nas escolinhas. Ficou até 1980.


Depois, em contato com o ex-diretor de Esportes Olímpicos e Amadores do Náutico, Bira Tavares, acertou seu retorno ao clube. Em 10 de janeiro de 2015, o ex-treinador alvirrubro levou a estrutura da modalidade para a sede: mesa, separadores, redes, raquetes, bolas e até um mini-robô. “Tudo isso sem nenhum custo ao Náutico”.


Paulo Matos lembra ainda que o pessoal do tênis de mesa pagava do próprio bolso as taxas da Federação Pernambucana de Tênis de Mesa.  “Nós mesmos pagamos as taxas de inscrições da federação, de fevereiro a maio de 2015. Os próprios atletas bancaram as taxas.”


Segundo Matos, o clube só teve que começar a bancar as taxas a partir do momento em que houve receita na escolinha, ou seja, em junho de 2015. “Isso foi fruto de um acordo entre o Clube (então representado pelo diretor Bira Tavares), e a minha pessoa, enquanto gestor da modalidade. Em janeiro deste ano, o acordo permaneceu, devido ao recesso”.


Matos explica que as federações cobram mensalidades para que os afiliados participem de atividades e tenham direito ao voto.


No caso do tênis de mesa do Náutico, as taxas de inscrição, que são cobradas por evento (competições), eram pagas pelos próprios atletas.


COMPETIÇÕES


Em 2015, oito competições estaduais, conquistas de medalhas em todas. Com destaque para dois tíiulos estaduais: campeão pernambucano adulto feminino de duplas e campeão pernambucano individual Lady.