Náutico vive mais do mesmo na Série B e começa a se distanciar cada vez mais do G-4
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Ao Náutico cabe o dever de reagir enquanto há tempo, na Série B |
É, pessoal, não está fácil mesmo para o Náutico. Aliás, para o futebol do Timbu, se um dia já foi, não lembro. As sucessivas derrotas na Série B estão a distanciar cada vez mais o Alvirrubro do objetivo principal nesta temporada: retornar à Série A.
O abismo em que o técnico Alexandre Gallo colocou o Náutico na competição, junto com seus jogadores de qualidade bastante duvidosas, mostra que a diretoria de futebol do Clube parece não estar em sintonia com este objetivo.
Não quero me tornar repetitivo, mas é impossível deixar de lembrar que tínhamos um time pronto no início da temporada. Porém, com as eliminações do Náutico na Copa do Brasil e Pernambucano (apenas nessas duas competições o Timbu disputou no primeiro quadrimestre de 2016), tudo foi modificado.
Demitiram o treinador Gilmar Dal Pozzo e trouxeram Alexandre Gallo. Com um detalhe, para montar um time durante o Campeonato Brasileiro. A roleta está girando e estamos oscilando muito. O caminho agora aponta para a parte de baixo da tabela.
Alerta geral ligado: Náutico está a quatro pontos da zona de rebaixamento!
Perdemos a defesa, setor que estava consolidado, e era tido como referência no time. Com isso, descemos à condição de termos uma equipe figurante na Série B.
Depois de passar quatro rodadas no G-4 do Brasileirão, (da 7ª a 10ª rodadas), e provocar uma falsa ilusão de reação e poder competitivo, o Náutico volta a figurar na 11ª posição. Desde a segunda rodada que isso não ocorria.
Hoje, oito pontos separam o Timbu do grupo dos quatro melhores.
Ora, a meta não é permanecer na Série B. Claro, pior será ser rebaixado. Mas começo a ficar bastante preocupado com esta real possibilidade. Quem está a me convencer disso é o próprio time.
Aliás, as atitudes perniciosas dos diretores corroboram substancialmente para que isso aconteça.
Quando nada dá certo, é porque talvez não tenha havido planejamento. Sair contratando jogador a esmo, a título de teste, só pode desaguar em desventuras.
Já o departamento médico do Náutico segue a sua sina de viver como uma emergência ortopédica. Contusões, estiramentos e rupturas de ligamentos são tão comuns quanto nas clínicas do gênero.
Diante desta realidade, vem a pergunta: O que de fato está a ocorrer no DM alvirrubro?
EXTRA-CAMPO
Como se não bastassem os problemas dentro de campo, fora dos gramados, o desencontro continua. Questões trabalhistas dividem a cena com a campanha ruim do Náutico na Série B.
Há alguns dias veio à tona o caso do lateral Panda. Contratado em 2014, o jogador sequer vestiu a camisa do Náutico. Porém, colocou o Clube na Justiça do Trabalho e pede indenização de R$ 150 mil. O caso ainda não foi julgado e tramitado e cabe recurso de defesa para a instituição.
Em 2013, o volante Martinez expôs o Náutico numa entrevista coletiva, no auditória do Clube, nos Aflitos, junto com os jogadores do elenco daquela temporada. Na ocasião, o ex-presidente executivo Paulo Wanderley chamou o atleta de “ex-jogador em atividade”.
Pois bem, só esta citação deve custar aos cofres do Clube algo em torno de R$ 300 mil, por danos morais. O valor total da causa de Martinez oscila nos R$ 2,3 milhões.
Muitos jogadores dispensados este ano pelo Náutico devem entrar com ação na Justiça contra o Clube. O que parece inevitável poderia muito bem ser evitado. Trazer qualquer um, sem critério ou responsabilidade gera prejuízos futuros.
AFLITOS
A volta aos Aflitos também é outro entrave que parece contar com a resistência da diretoria da Patrimônio do Náutico. Muitas dificuldades e pouca boa vontade de realizar o desejo da maioria esmagadora de sócios e torcedores alvirrubros passa “despercebido”.
A hora é de se pensar no Clube e para o Clube. Chega de vaidade e troca de farpas inócuas entre o passado e o presente.
Se querem fazer do Náutico um clube forte, então que comecem a trabalhar em prol da instituição.
Não dá mais para ficar a esperar pelo resultado favorável se não se faz por onde. Nada é impossível. Mas a inércia não te impulsiona para frente.
Vamos reagir, Náutico!
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