terça-feira, 5 de julho de 2016

Esvaziamento da Sede: Estratégico ou acidental?

A Sede do Náutico requer presença constante de pessoas, sejam sócios ou não. Esta é a essência de um clube sócio-esportivo
Em tempos de Jogos Olímpicos no Brasil, difícil é não associar esta realidade que ocorre com o Náutico. Até dezembro do ano passado, o Clube detinha a maior grade de esportes olímpicos e amadores do Brasil. Hoje, pouco mais de seis meses depois, o Timbu está reduzido a dez modalidades.


Das 40 modalidades que existiram no Náutico, a grande maioria era competitiva e levava o nome do nosso Clube além das divisas de Pernambuco. Não apenas regional, mas nacional e internacionalmente também. Para quem não sabe, isso é marketing espontâneo para a instituição. 



O mais contundente eram as 20 escolinhas, com preços diferenciados para sócios e não-sócios alvirrubros, que geravam não somente receita à então diretoria de Esportes Olímpicos e Amadores, mas movimentava a vida social na Sede. 



Hoje, são 10 modalidades e 10 escolinhas.


Vale salientar que o futebol do Náutico agora está localizado no Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, Zona Norte do Recife. Com isso, a movimentação na Avenida Rosa e Silva, nos Aflitos, ficava por conta da intensa vida esportiva proporcionada pelas competições e aulas nas escolinhas.


O consequente esvaziamento da Sede do Náutico nos traz à tona uma associação de ideias que chega a provocar calafrios. Quanto menos gente circulando, sócios em especial, menor será a pressão para se exigir a reforma dos Aflitos, por exemplo.


Desde quando o Náutico começou a mandar os seus jogos na então Itaipava Arena Pernambuco, em julho de 2013, a Sede começou a passar por um crônico esvaziamento. Como o Timbu pouco treinava nos Aflitos, a movimentação que era provocada pelo futebol foi perdendo força.


Com a fraca campanha do Náutico na Série A daquele ano, muitos deixavam de se associar e, assim, o terreno ficava livre para que jogadores e dirigentes não fossem cobrados pelos pífios resultados, a cada rodada de fracassos no Brasileirão de 2013.


Nos anos de 2014 e 2015, a Sede do Náutico voltava a ser ocupada por sócios e não-sócios que frequentavam o Clube para praticar atividades físicas e/ou competir. Além de receita, havia uma vida social mais intensa.


Agora, esta estratégia de esvaziamento da Sede traz à baila uma coincidência que não nos oferece boas lembranças. A queixa de sócios e demais torcedores timbus se faz presente pelas redes sociais. A insatisfação está grande e é preciso se fazer algo para que isso não tome um vulto estarrecedor.


A Sede é nossa e precisa ser ocupada com vida social. O Náutico é um clube sócio-esportivo e não pode abdicar desta essência.    


Vida longa e próspera ao Clube Náutico Capibaribe!

De preferência, com pessoas nas dependências de sua Sede.

Um comentário:

  1. Concordo plenamente! Falo isso por experiência própria, pois em 2015, eu era atleta do Náutico e sócio (juntamente com mais 6 atletas), na modalidade Futebol de Mesa, porém devido à falta de estrutura e de interesse da Diretoria em manter esta modalidade em atividade, migramos para o Olinda Futebol de Mesa, fundamos a entidade com recursos próprios e hj corremos atras de patrocínio! Infelizmente, uma pena pois nossos co-irmãos, Sport e Santa Cruz estão vivos neste esporte e bem vivos: Ultima etapa do Pernambucano na AABB em Caruaru Link da Federação Pernambucana de Futebol de Mesa:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2054285314796981&set=a.2054299771462202&type=3&theater

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