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CT Wilson Campos possui uma área de 48 hectares de área no bairro da Guabiraba. Foto: José Gomes Neto/CTN |
Era por volta de 13h da terça-feira (5) quando dois jogadores do Sub 17 e um ex-funcionário do Clube foram abordados à mão armada, nas dependências do Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, Zona Norte do Recife.
Dos atletas, os assaltantes levaram celulares e outros pertences. Já do roupeiro, além do celular, as chuteiras do atacante Yuri Mamute também foram surrupiadas. O duplo azar de estar com pertence alheio, subtraído de suas mãos, piorou a situação do roupeiro. O profisisonal já estava de aviso prévio e isso nada tem a ver com esse episódio.
No entanto, o infortúnio do ex-funcionário do Náutico fora compreendido e perdoado pelo atacante timbu, que por sinal será apresentado nesta quinta-feira (7), lá no Centro de Treinamento.
Horas mais tarde, por volta das 18h daquela terça, um dos seguranças teve que desferir tiros a esmo, em direção à mata que fica no entorno do local. É que havia a presença de um suspeito a ameaçar a integridade de funcionários e atletas que trabalham e moram no CT Wilson Campos.
Mas do que simplesmente o susto e o mal estar de ser assaltado no local de trabalho e moradia, o ocorrido destaca a exposição da estrutura física e patrimônio humano que têm o seu cotidiano do Centro de Treinamento Wilson Campos.
Além dos profissionais do Náutico, a base do futebol alvirrubro também treina no CT. Há quase dois anos que os jogadores foram transferidos do “Afeganistão”, nos Aflitos (apelido dirigido às antigas dependências dos atletas, que ficava em baixo do Estádio Eládio de Barros Carvalho) para a Guabiraba.
No local, logo nas imediações da entrada do CT, funciona a parte administrativa da base. Além de vulnerável, o mato toma conta do entorno. Não há nenhuma estrutura física, como um muro, que garanta ou mesmo proporcione o bem-estar de quem lá trabalha. “Ficamos à mercê da sorte”, informou um funcionário, que, por razões óbvias, não quis ser identificado.
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Centro administrativo do futebol de base do Náutico fica "à mercê da sorte". Foto: José Gomes Neto/CTN |
Para quem não sabe, existe um entrave que mais atrapalha do que contribui para a instituição. É que o Instituto Wilson Campos é quem administra o CT. Por sua vez, há também a gestão do Clube Náutico Capibaribe, que é co-responsável.
Em suma, o Náutico é o inquilino principal do Instituo Wilson Campos. Os gestores do CT são indicados pela diretoria executiva do Clube.
CAOS URBANO E SOLUÇÃO
A insegurança não é uma tormenta apenas do Centro de Treinamento Wilson Campos. De maneira generalizada, tomamos conhecimento dos transtornos diários que levam pânico aos cidadãos do Recife e Região Metropolitana. Assaltos e roubos são a tônica nas ruas, transportes públicos, praças, bancos e demais lugares públicos e privados.
Porém, fica impossível eximir a responsabilidade do Clube sobre a segurança de aletas e funcionários num ambiente de trabalho.
No caso do Náutico, uma das soluções para amenizar esta realidade seria uma maior aproximação daquela comunidade com a instituição. O sentimento de pertencimento das pessoas para com o Clube Náutico Capibaribe integraria ambos. O que geraria uma harmonia entre as partes.
É fato que já existem trabalhos realizados que incluem várias gestões do Náutico, ou seja, há mais de quatro anos, como distribuição bolsas para crianças e adolescentes da Guabiraba que participam das escolinhas do CT. Mas seria interessante aprimorar esta aproximação. Nada como a velha política de boa vizinhança para alcançarmos o bem-estar mútuo.
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