Só restou à torcida do Náutico encarar mais um ano de frustrações, após promessas evasivas. Foto: José Gomes Neto/CTN |
Transitar entre os vários grupos de torcedores do Náutico, há décadas, traz um certo conhecimento de arquibancada, sobre saber o que o alvirrubro, de fato e de verdade, pensa sobre o Clube. Seus anseios e sentimentos. Medos e sonhos. Pesadelos e realidades.
A temporada do futebol do Náutico foi encerrada neste sábado (26), em São Lourenço da Mata, de forma incompetentemente traumática. Não é apenas um revés de um jogo, mas de toda ausência de planejamento de uma gestão que insistiu em apostar no acaso.
O sentimento do torcedor timbu foi de revolta, tristeza e indignação. A reação, o nervosismo nas dependências da Arena de Pernambuco, após o gol de abertura da partida, evidenciado nas brigas e confusões, deram o tom do que seria o estopim para as cenas degradantes. As invasões de campo foram a forma de a torcida reagir aos desmandos provocados pela pífia gestão do Náutico, em 2016.
Não estou aqui a defender tal atitude, mas nem todos pensamos iguais. Pasteurizados e letárgicos, como gostariam os gestores do Clube. Enganação tem limite. E o torcedor do Náutico, convocado a fazer a sua parte, viu a vaga ser perdida por uma série de equívocos cometidos pela Diretoria Executiva.
O pior de tudo foi alimentar a esperança de quem vive dela. Apenas dela. Trazido ao Náutico por influência direta da crônica esportiva e do torcedor alvirrubro, o técnico Givanildo Oliveira conseguiu, primeiro, livrar o Náutico da queda para a Série C. Depois, nos fez sonhar não apenas com a possibilidade de acesso, mas também com o título da Série B.
Porém, nas partidas contra CRB, Avaí e Oeste, o treinador timbu levou um banho tático dos seus colegas: Mazola Júnior, Claudinei Santos e Fernando Diniz, respectivamente. Aliás, enquanto o técnico do Oeste dava instruções no jogo, Givanildo observava com as mãos no queixo. E essas derrotas nos custaram o acesso.
Na mesma linha, o time também nos iludiu com momentos de altos e jornadas inesquecíveis. Vitórias convincentes e outras nem tanto. O fato é que, com “melhor estrutura e salários em dia” (será mesmo?!?), o Náutico ficou no meio do caminho. Fez menos pontos do que no ano passado e terminou na mesma colocação: o amargo 5º lugar.
Que sina. Novembro 26! 2005 e 2016. Meu Deus! Uma torcida gigante (ainda) que não merece esse clube pra ter.
ResponderExcluirNewton Pinheiro
Pois é, Newton. Fico preocupado, e muito, com o futuro da nossa torcida. Renovação e oxigenação são necessários. E isso só acontece com os resultados e conquistas.
ExcluirSaudações alvirrubras!
Muito triste.
ExcluirEu não fui pq eu tinha certeza, amigo Neto,eu sabia que o Náutico ia dar uma cagada!!! è horrivel isso, não confunda com covardia, mas sim com cansaço... E outra coisa, esse ano o Náutico não merecia subir, se não fosse como primeiro ou segundo colocado, como o fez em 2011, Eu não fui pq não concordo com muitas coisas!
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