quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Náutico e o mais do mesmo

Entre desculpas evasivas e promessas frustrantes, treinador, jogadores e diretoria desanimam torcida


Poderes do Náutico precisam voltar a remar na mesma direção. Torcida não aguenta mais tanto desmando e frustração. Foto: José Gomes Neto/CTN
Não pude ir a São Lourenço da Mata na noite desta terça-feira (30), por motivos pessoais. Nem mesmo ouvir ou ver o jogo do Náutico eu consegui direito. A questão é que, mais uma vez, o time amargou um revés atuando na Arena de Pernambuco. O terceiro neste Brasileiro.

A vitória seria fundamental aos planos de acesso do Timbu à Série A. Sei que ainda estamos na 22ª rodada, mas este crônico adiamento em voltar ao G-4 pode custar caro. Muito caro. Perder para o Londrina-PR nos deixa numa condição mais difícil, em termos de mirar os quatro primeiros colocados.

A distância aumentou agora para seis pontos e quatro equipes, na luta direta pela quarta vaga. As desculpas do treinador e dos jogadores só me fazem ter certeza de que o passa tempo preferido deles é gerar expectativa na torcida. Pelo visto, e ouvido, essa expectativa não será atendida.

Fica sempre para a próxima rodada. Mas a sequência de vitórias não é encaixada. Com isso, os planos de subir também ficam no meio do caminho. Permanecer na Série B significa mais um ano de dificuldades e frustrações.

O torcedor já não aguenta mais ter que arcar com todo tipo de desmando que ocorre no Clube. O Executivo e o Conselho Deliberativo não falam a mesma língua. Está cada dia mais difícil recolocar o Náutico nos trilhos da evolução.

A torcida não dá sinais de que deseja assisitir aos jogos do Náutico naquele equipamento estadual. São muitos e consideráveis obstáculos. Além de tudo, estamos no final do mês. A grana tá curta. A violência desenfreada.

As pessoas não querem admitir a falência do estado no quesito segurança. Trafegar de metrô em Pernambuco não é uma aventura lúdica. É uma realidade dura, tensa, cheia de perigos e incertezas. De ônibus também não é diferente.

Dirigentes do Náutico: entendam e admitam. Os torcedores não têm mais o benefício do ingresso do Todos com a Nota. E ainda “ganharam” como incentivo um cenário de caos e violência urbana. Dissociar um coisa da outra é querer fantasiar um quadro extremamente preocupante.

É chegado o momento de se repensar o Náutico. Voltar aos Aflitos é mais do que uma obrigação. É a retomada de uma identidade perdida. Agora, mais do que nunca, está claro que nunca deveríamos de lá ter saído.

Quem de casa nos expulsou tem agora a obrigação moral de nos reconduzir de volta ao nosso único e verdadeiro lar: o Estádio Eládio de Barros Carvalho.

Saudações alvirrubras!

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