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Entre o desejo da torcida e o dever da gestão, Diretoria Executiva do Náutico joga nas costas da torcida responsabilidade financeira. Foto: José Araújo/Cortesia |
Campanha de marketing anunciada às vésperas para apresentar à imprensa a tão propalada volta aos Aflitos, na manhã desta terça-feira (23), no gramado do próprio Eládio de Barros Carvalho, com seis pessoas presentes.
Na ocasião, o presidente interino do Clube, o profissional liberal Ivan Brondi até comparece. Mas representa aos ex-atletas do futebol, que fizeram parte da memorável e única campanha do Hexa.
No comando do evento, o diretor de Patrimônio do Náutico, Stênio Cuentro, faz as honras da casa e apresenta até uma amosta de gramado artificial. Operários esboçam atividades ao redor da passagem dos convidados para impressionar e dar um ar convincente.
Depois, o vice-presidente de Marketing e Comunicação do Timbu, Kléber Medeiros, fala aos presentes sobre as formas de adesão por parte de sócios e torcedores interessados em bancar a reforma do nonagenário estádio.
A vontade da maioria esmagadora da nossa torcida sendo colocada em prática... Só que não. É que tudo isso seria perfeito, não fosse a maneira como quase sempre as coisas são feitas no Náutico.
Invertendo a ordem dos fatos, e agindo de maneira açodada após a pressão exercida pelo Conselho Deliberativo do Clube para que uma comissão mista fosse formada, desde maio, a Diretoria Executiva demonstra que não está para agradar aos anseios de sócios e torcedores.
Assim como na tarde do dia da realização do Fórum Volta Aos Aflitos, 12 de julho, postaram no site oficial uma matéria com um conteúdo bem óbvio: será preciso trocar o gramado dos Aflitos.
Veja matéria do site oficial do Náutico do dia 12 de julho:
Agora, na semana que antecede a Assembleia Geral de Sócios, arregimentam uma “campanha” para angariar verbas para a reforma do estádio.
As taxas de colaboração não contemplam quem está disposto a contribuir com a quantidade que lhe convém. Ou mesmo que lhe cabe no bolso. Assim, o torcedor mais humilde, que deseja colaborar com R$ 2, R$ 5, R$ 10 ou R$ 20 está fora dos planos.
Essa maneira elitista e segregadora de enxergar o Náutico afasta o torcedor mais simples. Aliás, até mesmo o mais consciente e de visão crítica também.
É preciso admitir que os tempos mudaram. Estamos na segunda década do século 21. A instituição tem 115 anos e não é um negócio de família aristocrática. Não existe um clã, mais uma associação sócio-esportiva.
Após sete meses de "gestação", jogar nas costas única e exclusivamente do torcedor uma “campanha” baseada em contribuição pré-estabelecida, é não planejar o óbvio.
O papel do Executivo é informar, não apenas por um aplicativo, mas por todos os meios de comunicação disponíveis que abranjam o máximo possível de torcedores. O direito à informação ainda está em vigor no Brasil.
Queremos voltar ao Caldeirão alvirrubro. Porém, com coerência, planejamento, respeito e transparência das ações do Executivo em relação aos sócios e torcedores do Náutico.
Saudações alvirrubras!
Concordo!
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